Além da pesquisa, outras prioridades para Moussatché eram a formação de recursos humanos e a luta pelo fomento à ciência e tecnologia. Jonas Perales e Renato Cordeiro, dois dos sucessores de Moussatché nas pesquisas em fisiologia e farmacodinânica no IOC, enaltecem suas atividades na formação de pesquisadores. “Ele era uma pessoa que gostava de ensinar e acreditava que a formação do cientista era consequência de um trabalho com outros cientistas mais experientes. Além disso, para ele, a formação de um cientista dependia não só do conhecimento, mas também do comportamento ético e moral”, lembra Perales, acrescentando que Moussatché “ensinava com exemplos e trabalhava muito e sempre com alegria”.
Peter Ilicciev
Uma de suas grandes motivações, Moussatché formou inúmeros pesquisadores tanto no Brasil como na Venzuela
Cordeiro, que é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e recentemente assumiu a coordenação do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), conta que estudava na Universidade do Estado da Guanabara e escolheu o IOC para fazer seu estágio. “Comecei em 1967 e me formei dois anos depois. Trabalhei diretamente com Moussatché desenvolvendo trabalhos com crio-epilepsia e ácido gama-aminobutirico (GABA), psicofarmacologia e farmacologia marinha, até 1970 quando houve o Massacre de Manguinhos. Haity foi para a Venezuela e me mandou para Ribeirão Preto para fazer o doutorado com Maurício Rocha e Silva. Retornei à Fiocruz em 1986, quando Sergio Arouca reintegrou Moussatché e os cientistas cassados e juntos enfrentamos o desafio de reconstruir o Departamento de Farmacodinâmica”, relata.
Anna Helena, hoje pesquisadora aposentada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, lembra que a dedicação de seu pai à ciência e aos seus alunos era tanta que ele quase não tirava férias. “Os pesquisadores brincavam de adivinhar quando o meu pai estava de férias. Eles nunca percebiam”, conta.
A defesa do fomento à ciência era outra característica do pesquisador. “Haity fez contribuições muito importantes ao desenvolvimento da ciência brasileira, não só na bancada, mas na política também. Ele foi um dos fundadores da SBPC e também integrou a comissão que planejou a Universidade de Brasília (UnB), além de ter participado de vários organismos internacionais em defesa da ciência”, explica Perales.
Luís Amorim
Além da pesquisa, outras prioridades para Moussatché eram a formação de recursos humanos e a luta pelo fomento à ciência e tecnologia. Jonas Perales e Renato Cordeiro, dois dos sucessores de Moussatché nas pesquisas em fisiologia e farmacodinânica no IOC, enaltecem suas atividades na formação de pesquisadores. “Ele era uma pessoa que gostava de ensinar e acreditava que a formação do cientista era consequência de um trabalho com outros cientistas mais experientes. Além disso, para ele, a formação de um cientista dependia não só do conhecimento, mas também do comportamento ético e moral”, lembra Perales, acrescentando que Moussatché “ensinava com exemplos e trabalhava muito e sempre com alegria”.
Peter Ilicciev
Uma de suas grandes motivações, Moussatché formou inúmeros pesquisadores tanto no Brasil como na Venzuela
Cordeiro, que é membro titular da Academia Brasileira de Ciências e recentemente assumiu a coordenação do Conselho Nacional de Controle da Experimentação Animal (Concea), conta que estudava na Universidade do Estado da Guanabara e escolheu o IOC para fazer seu estágio. “Comecei em 1967 e me formei dois anos depois. Trabalhei diretamente com Moussatché desenvolvendo trabalhos com crio-epilepsia e ácido gama-aminobutirico (GABA), psicofarmacologia e farmacologia marinha, até 1970 quando houve o Massacre de Manguinhos. Haity foi para a Venezuela e me mandou para Ribeirão Preto para fazer o doutorado com Maurício Rocha e Silva. Retornei à Fiocruz em 1986, quando Sergio Arouca reintegrou Moussatché e os cientistas cassados e juntos enfrentamos o desafio de reconstruir o Departamento de Farmacodinâmica”, relata.
Anna Helena, hoje pesquisadora aposentada da Universidade do Estado do Rio de Janeiro, lembra que a dedicação de seu pai à ciência e aos seus alunos era tanta que ele quase não tirava férias. “Os pesquisadores brincavam de adivinhar quando o meu pai estava de férias. Eles nunca percebiam”, conta.
A defesa do fomento à ciência era outra característica do pesquisador. “Haity fez contribuições muito importantes ao desenvolvimento da ciência brasileira, não só na bancada, mas na política também. Ele foi um dos fundadores da SBPC e também integrou a comissão que planejou a Universidade de Brasília (UnB), além de ter participado de vários organismos internacionais em defesa da ciência”, explica Perales.
Luís Amorim
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)