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Diagnóstico da dengue vence Prêmio Capes-Interfarma

Premiação é a terceira conquistada pela tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical
Por Maíra Menezes26/11/2015 - Atualizado em 08/12/2024

Premiação é a terceira conquistada pela tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical

 

Pela terceira vez, a tese de doutorado da bióloga Monique da Rocha Queiroz Lima, defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi reconhecida por sua contribuição para a ciência e a saúde. O estudo, que apresentou melhorias para os testes rápidos de diagnóstico da dengue, foi anunciado nesta quinta-feira, 26/11, como um dos

 

Monique estudou métodos de diagnóstico rápido da dengue e ainda desenvolveu um procedimento que otimiza seu uso nos serviços de saúde

 

A tese ‘Antígeno NS1 dos Vírus Dengue: desempenho de testes disponíveis comercialmente e aplicações alternativas para o diagnóstico precoce das infecções por dengue’ foi orientada pela virologista Flavia Barreto, pesquisadora do Laboratório de Flavivírus do IOC, e co-orientada pela virologista Rita Nogueira, do mesmo Laboratório. Um dos ganhadores do Prêmio IOC de Teses Alexandre Peixoto deste ano, o estudo já tinha sido reconhecido com o primeiro lugar na categoria tese de doutorado do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS de 2014. “Estou muito feliz com essa premiação. Além de agradecer às minhas orientadoras e ao Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical, quero ressaltar a colaboração de toda a equipe do Laboratório de Flavivírus. Não é possível fazer pesquisa sozinha, e o grupo foi muito importante para os resultados desse projeto”, comemorou Monique.

 

Foto: Arquivo pessoal

Em 2014, Monique recebeu o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. A tese da estudante foi orientada pelas virologistas Flavia Barreto (à direita) e Rita Nogueira (à esquerda)

 

O estudo premiado abordou métodos para diagnóstico da dengue chamados de testes do antígeno NS1. Fabricados por diferentes companhias farmacêuticas, estes exames chegaram ao Brasil entre 2007 e 2008, com a promessa de tornar mais fácil a identificação da doença logo nos primeiros dias de infecção. Em sua dissertação de mestrado, defendida em 2009 no mesmo programa de pós-graduação, Monique apresentou a primeira avaliação da eficácia deste tipo teste no Brasil, apontando uma sensibilidade satisfatória para a detecção dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue. Já no doutorado, a pesquisa foi aprofundada e ampliada, incluindo o sorotipo 4 do vírus, que voltou a circular no Brasil em 2010, após quase 30 anos sem ser identificado. O estudo revelou que os testes diagnosticavam menos da metade dos casos de infecção por esta variedade do vírus e propôs uma solução para o problema. “Mostramos que ferver as amostras de soro por cinco minutos antes de realizar a análise aumenta consideravelmente a taxa de detecção. Foi uma ideia que se mostrou eficiente, fácil e barata. Isso é importante para o sistema de saúde”, diz a pesquisadora. Novas aplicações para os testes de antígeno NS1 também foram desenvolvidas durante a pesquisa. Uma delas foi a utilização da metodologia para confirmar mortes por dengue, o que pode ser feito através da análise de órgãos de pacientes que morreram com suspeita da doença. Outra aplicação foi o uso dos exames para identificar a presença do vírus da dengue em mosquitos Aedes aegypti.

 

A cerimônia de entrega do Prêmio Capes-Interfarma de Inovação e Pesquisa ocorre no dia 10 de dezembro em Brasília. Além de certificado e troféu, os vencedores vão receber uma premiação em dinheiro e uma bolsa para estágio de pós-doutorado. Os orientadores dos projetos ganhadores também serão contemplados com uma bolsa para participação em congresso científico. Reportagem: Maíra Menezes 26/11/2015

Premiação é a terceira conquistada pela tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical
Por: 
maira

Premiação é a terceira conquistada pela tese de doutorado defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical

 

Pela terceira vez, a tese de doutorado da bióloga Monique da Rocha Queiroz Lima, defendida no Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi reconhecida por sua contribuição para a ciência e a saúde. O estudo, que apresentou melhorias para os testes rápidos de diagnóstico da dengue, foi anunciado nesta quinta-feira, 26/11, como um dos

 

Monique estudou métodos de diagnóstico rápido da dengue e ainda desenvolveu um procedimento que otimiza seu uso nos serviços de saúde

 

A tese ‘Antígeno NS1 dos Vírus Dengue: desempenho de testes disponíveis comercialmente e aplicações alternativas para o diagnóstico precoce das infecções por dengue’ foi orientada pela virologista Flavia Barreto, pesquisadora do Laboratório de Flavivírus do IOC, e co-orientada pela virologista Rita Nogueira, do mesmo Laboratório. Um dos ganhadores do Prêmio IOC de Teses Alexandre Peixoto deste ano, o estudo já tinha sido reconhecido com o primeiro lugar na categoria tese de doutorado do Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS de 2014. “Estou muito feliz com essa premiação. Além de agradecer às minhas orientadoras e ao Programa de Pós-graduação em Medicina Tropical, quero ressaltar a colaboração de toda a equipe do Laboratório de Flavivírus. Não é possível fazer pesquisa sozinha, e o grupo foi muito importante para os resultados desse projeto”, comemorou Monique.

 

Foto: Arquivo pessoal

Em 2014, Monique recebeu o Prêmio de Incentivo em Ciência e Tecnologia para o SUS. A tese da estudante foi orientada pelas virologistas Flavia Barreto (à direita) e Rita Nogueira (à esquerda)

 

O estudo premiado abordou métodos para diagnóstico da dengue chamados de testes do antígeno NS1. Fabricados por diferentes companhias farmacêuticas, estes exames chegaram ao Brasil entre 2007 e 2008, com a promessa de tornar mais fácil a identificação da doença logo nos primeiros dias de infecção. Em sua dissertação de mestrado, defendida em 2009 no mesmo programa de pós-graduação, Monique apresentou a primeira avaliação da eficácia deste tipo teste no Brasil, apontando uma sensibilidade satisfatória para a detecção dos sorotipos 1, 2 e 3 do vírus da dengue. Já no doutorado, a pesquisa foi aprofundada e ampliada, incluindo o sorotipo 4 do vírus, que voltou a circular no Brasil em 2010, após quase 30 anos sem ser identificado. O estudo revelou que os testes diagnosticavam menos da metade dos casos de infecção por esta variedade do vírus e propôs uma solução para o problema. “Mostramos que ferver as amostras de soro por cinco minutos antes de realizar a análise aumenta consideravelmente a taxa de detecção. Foi uma ideia que se mostrou eficiente, fácil e barata. Isso é importante para o sistema de saúde”, diz a pesquisadora. Novas aplicações para os testes de antígeno NS1 também foram desenvolvidas durante a pesquisa. Uma delas foi a utilização da metodologia para confirmar mortes por dengue, o que pode ser feito através da análise de órgãos de pacientes que morreram com suspeita da doença. Outra aplicação foi o uso dos exames para identificar a presença do vírus da dengue em mosquitos Aedes aegypti.

 

A cerimônia de entrega do Prêmio Capes-Interfarma de Inovação e Pesquisa ocorre no dia 10 de dezembro em Brasília. Além de certificado e troféu, os vencedores vão receber uma premiação em dinheiro e uma bolsa para estágio de pós-doutorado. Os orientadores dos projetos ganhadores também serão contemplados com uma bolsa para participação em congresso científico. Reportagem: Maíra Menezes 26/11/2015

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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