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Domingo de diversão e aprendizado

Crianças e adultos participaram de atividades promovidas pelo IOC na feira de ciências que comemorou 70 anos da SBPC, além dos Dias Nacionais da Ciência e do Pesquisador
Por Vinicius Ferreira09/07/2018 - Atualizado em 11/07/2024

Crianças e adultos lotaram a feira 'Domingo com Ciência na Quinta', realizada no último domingo, 8, Dia Nacional da Ciência e Dia Nacional do Pesquisador.

A atividade, que celebrou os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), contou com a participação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Nos estandes, pesquisadores e estudantes de pós-graduação do IOC promoveram atividades lúdicas e educativas, que chamaram a atenção dos visitantes, especialmente do público infantil. A feira ocorreu na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em frente ao Museu Nacional, que completou, recentemente, 200 anos.

O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, acompanhou as atividades junto ao vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto, Marcelo Alves Pinto. A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, também esteve presente.

"Esta é mais uma oportunidade de interação direta dos nossos pesquisadores e estudantes de Pós-graduação com a sociedade. Iniciativas como essa não apenas aproximam a população da ciência, mas também permitem estimular vocações para a carreira científica entre crianças e jovens", comentou o diretor.

Atividades promovidas pelo IOC chamaram atenção dos visitantes, especialmente das crianças. Foto: Divulgação

Realizada por pesquisadores do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo e estudantes da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, a atividade 'Você conhece o sistema imune?' contou com uma peça de teatro na qual as células de defesa do sistema imunológico enfrentavam vírus e bactérias causadores de doenças.

Jogos envolvendo as diferentes células de defesa e os órgãos linfóides também conquistaram o público.

Uma das coordenadoras da atividade, a pesquisadora Juliana De Meis, do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo, contou que, entre os assuntos abordados, estava a importância das vacinas para a prevenção de doenças.

"As atividades lúdicas, promovidas fora do ambiente escolar tradicional, podem estimular o interesse pelo aprendizado e ajudar as crianças a compreender situações do dia-a-dia, como a vacinação, fundamental para a proteção da nossa saúde", afirmou a pesquisadora, acrescentando que muitos adultos também aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas.

Através de jogos, os pequenos conheceram as diferentes células do sistema imune e os órgãos linfóides. Foto: Divulgação

Na atividade 'Museu da Patologia: da biópsia ao microscópio', os visitantes tiveram a oportunidade de ver de perto os danos provocados pelo tabagismo ao observar o pulmão de um fumante, uma das peças que fazem parte do acervo do Museu da Patologia do IOC.

Um vídeo apresentou as etapas envolvidas na produção de uma lâmina para análise patológica. E quem participou da atividade de observação de lâmina de tecido pulmonar de camundongo no microscópio pôde ainda levar uma lembrança para casa: o equipamento permitia tirar uma foto e transmiti-la para o celular.

"As crianças, principalmente, mostram muita curiosidade sobre o corpo humano e as peças patológicas apresentam, de forma concreta, muitas questões que costumam ser discutidas de maneira abstrata. A exibição do acervo do Museu da Patologia também incentiva a valorização desse patrimônio científico nacional, que ainda pode contribuir para muitas pesquisas no futuro", comentou a pesquisadora Barbara Dias, do Laboratório de Patologia do IOC e curadora adjunta do Museu da Patologia, que deve reabrir as portas em 2019.

Um pulmão com lesões provocados pelo fumo foi uma das peças do Museu da Patologia apresentadas no evento. Foto: Divulgação

O vetor da dengue, Zika e chikungunya também foi alvo de interesse das crianças, que encheram o estande do projeto 10 Minutos contra o Aedes.

Com a ajuda de lupas, os pequenos puderam observar o vetor em diferentes fases de desenvolvimento, do ovo até o mosquito adulto. Utilizando folhetos informativos e brincadeiras, pesquisadores e estudantes forneceram informações sobre os principais criadouros do inseto e a importância de dedicar dez minutos por semana para eliminá-los.

"Foi muito bom ver o interesse das crianças, que vinham correndo participar das atividades. É importante que a mobilização e o estímulo à participação popular no controle do Aedes ocorram o ano todo e não apenas no verão, quando a transmissão de doenças é mais intensa", ressaltou a pesquisadora Denise Valle, do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus e uma das idealizadoras do projeto.

Realizada com apoio dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e Biologia Parasitária, a atividade contou com a participação dos Laboratórios de Biologia Molecular de Flavivírus, de Biologia Molecular de Insetos e de Mosquitos Transmissores de Hematozoários.

No estande do projeto '10 Minutos contra o Aedes', as crianças aprenderam sobre o desenvolvimento do vetor: do ovo ao mosquito adulto. Foto: Divulgação

Os estandes montados por pesquisadores e estudantes do IOC na feira abordaram ainda diversos temas. Em atividade promovida pelo Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos, os visitantes puderam observar os insetos flebotomíneos, vetores das leishmanioses, e os parasitos do gênero Leishmania, causadores da infecção.

Pesquisadores do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos e estudantes da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde realizaram oficinas unindo ciência e arte.

Jogos de perguntas e respostas sobre má alimentação, diabetes e obesidade foram promovidos pelo Laboratório de Inflamação. Já o Laboratório de Doenças Parasitárias realizou um jogo para ensinar os visitantes como se defender do Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.

O Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores da Fundação Oswaldo Cruz (Nosmove/Fiocruz) realizou atividades como foco no mosquito Aedes aegypti.

Representando mais de 100 sociedades científicas e cerca de seis mil sócios, a SBPC atua na defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Além do Rio de Janeiro, o aniversário da entidade foi comemorado, no domingo, 8, com atividades em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.

Crianças e adultos participaram de atividades promovidas pelo IOC na feira de ciências que comemorou 70 anos da SBPC, além dos Dias Nacionais da Ciência e do Pesquisador
Por: 
viniciusferreira

Crianças e adultos lotaram a feira 'Domingo com Ciência na Quinta', realizada no último domingo, 8, Dia Nacional da Ciência e Dia Nacional do Pesquisador.

A atividade, que celebrou os 70 anos da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), contou com a participação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Nos estandes, pesquisadores e estudantes de pós-graduação do IOC promoveram atividades lúdicas e educativas, que chamaram a atenção dos visitantes, especialmente do público infantil. A feira ocorreu na Quinta da Boa Vista, na Zona Norte do Rio de Janeiro, em frente ao Museu Nacional, que completou, recentemente, 200 anos.

O diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, acompanhou as atividades junto ao vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do Instituto, Marcelo Alves Pinto. A presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Nísia Trindade Lima, também esteve presente.

"Esta é mais uma oportunidade de interação direta dos nossos pesquisadores e estudantes de Pós-graduação com a sociedade. Iniciativas como essa não apenas aproximam a população da ciência, mas também permitem estimular vocações para a carreira científica entre crianças e jovens", comentou o diretor.

Atividades promovidas pelo IOC chamaram atenção dos visitantes, especialmente das crianças. Foto: Divulgação

Realizada por pesquisadores do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo e estudantes da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, a atividade 'Você conhece o sistema imune?' contou com uma peça de teatro na qual as células de defesa do sistema imunológico enfrentavam vírus e bactérias causadores de doenças.

Jogos envolvendo as diferentes células de defesa e os órgãos linfóides também conquistaram o público.

Uma das coordenadoras da atividade, a pesquisadora Juliana De Meis, do Laboratório de Pesquisa sobre o Timo, contou que, entre os assuntos abordados, estava a importância das vacinas para a prevenção de doenças.

"As atividades lúdicas, promovidas fora do ambiente escolar tradicional, podem estimular o interesse pelo aprendizado e ajudar as crianças a compreender situações do dia-a-dia, como a vacinação, fundamental para a proteção da nossa saúde", afirmou a pesquisadora, acrescentando que muitos adultos também aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas.

Através de jogos, os pequenos conheceram as diferentes células do sistema imune e os órgãos linfóides. Foto: Divulgação

Na atividade 'Museu da Patologia: da biópsia ao microscópio', os visitantes tiveram a oportunidade de ver de perto os danos provocados pelo tabagismo ao observar o pulmão de um fumante, uma das peças que fazem parte do acervo do Museu da Patologia do IOC.

Um vídeo apresentou as etapas envolvidas na produção de uma lâmina para análise patológica. E quem participou da atividade de observação de lâmina de tecido pulmonar de camundongo no microscópio pôde ainda levar uma lembrança para casa: o equipamento permitia tirar uma foto e transmiti-la para o celular.

"As crianças, principalmente, mostram muita curiosidade sobre o corpo humano e as peças patológicas apresentam, de forma concreta, muitas questões que costumam ser discutidas de maneira abstrata. A exibição do acervo do Museu da Patologia também incentiva a valorização desse patrimônio científico nacional, que ainda pode contribuir para muitas pesquisas no futuro", comentou a pesquisadora Barbara Dias, do Laboratório de Patologia do IOC e curadora adjunta do Museu da Patologia, que deve reabrir as portas em 2019.

Um pulmão com lesões provocados pelo fumo foi uma das peças do Museu da Patologia apresentadas no evento. Foto: Divulgação

O vetor da dengue, Zika e chikungunya também foi alvo de interesse das crianças, que encheram o estande do projeto 10 Minutos contra o Aedes.

Com a ajuda de lupas, os pequenos puderam observar o vetor em diferentes fases de desenvolvimento, do ovo até o mosquito adulto. Utilizando folhetos informativos e brincadeiras, pesquisadores e estudantes forneceram informações sobre os principais criadouros do inseto e a importância de dedicar dez minutos por semana para eliminá-los.

"Foi muito bom ver o interesse das crianças, que vinham correndo participar das atividades. É importante que a mobilização e o estímulo à participação popular no controle do Aedes ocorram o ano todo e não apenas no verão, quando a transmissão de doenças é mais intensa", ressaltou a pesquisadora Denise Valle, do Laboratório de Biologia Molecular de Flavivírus e uma das idealizadoras do projeto.

Realizada com apoio dos Programas de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e Biologia Parasitária, a atividade contou com a participação dos Laboratórios de Biologia Molecular de Flavivírus, de Biologia Molecular de Insetos e de Mosquitos Transmissores de Hematozoários.

No estande do projeto '10 Minutos contra o Aedes', as crianças aprenderam sobre o desenvolvimento do vetor: do ovo ao mosquito adulto. Foto: Divulgação

Os estandes montados por pesquisadores e estudantes do IOC na feira abordaram ainda diversos temas. Em atividade promovida pelo Laboratório de Bioquímica e Fisiologia de Insetos, os visitantes puderam observar os insetos flebotomíneos, vetores das leishmanioses, e os parasitos do gênero Leishmania, causadores da infecção.

Pesquisadores do Laboratório de Inovações em Terapias, Ensino e Bioprodutos e estudantes da Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde realizaram oficinas unindo ciência e arte.

Jogos de perguntas e respostas sobre má alimentação, diabetes e obesidade foram promovidos pelo Laboratório de Inflamação. Já o Laboratório de Doenças Parasitárias realizou um jogo para ensinar os visitantes como se defender do Trypanosoma cruzi, causador da doença de Chagas.

O Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores da Fundação Oswaldo Cruz (Nosmove/Fiocruz) realizou atividades como foco no mosquito Aedes aegypti.

Representando mais de 100 sociedades científicas e cerca de seis mil sócios, a SBPC atua na defesa do avanço científico e tecnológico e do desenvolvimento educacional e cultural do Brasil. Além do Rio de Janeiro, o aniversário da entidade foi comemorado, no domingo, 8, com atividades em São Paulo, Minas Gerais e Pernambuco.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)