Destaque da última edição da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, artigo publicado por pesquisadores do Programa Nacional de Controle da Dengue, da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal da Bahia e da Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres, na Inglaterra, propõe modelo matemático para estabelecer parâmetros relacionados à intensidade da transmissão da dengue e identificar fatores que possam indicar, no futuro, o risco de ocorrência da doença. A abordagem relaciona o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA) a três variáveis: o coeficiente de incidência e os índices de gravidade da infecção e de reprodução da doença.
Intitulado Dinâmicas da epidemia de dengue no Brasil em 2006/2007, o trabalho analisa a ocorrência de dengue no país entre outubro de 2006 e julho de 2007 nas 61 cidades brasileiras que, segundo o LIRA, registraram mais de 500 casos da doença no período estudado. A pesquisa aponta que, por levar em consideração aspectos epidemiológicos como a ocorrência de outras epidemias e características imunológicas, os índices de gravidade da infecção e de reprodutibilidade da doença são os preditores mais adequados.
Ainda sobre dengue, artigo publicado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto relaciona a proporção de ovos do A. aegypti à população adulta do vetor, à ocorrência de dengue e ao clima em uma cidade do interior de São Paulo entre 2004 e 2005. A coleta semanal de ovos e adultos do vetor da dengue, por aspiração manual e armadilhas de ovoposição, gerou índices entomológicos, relacionados posteriormente às estações chuvosa e seca. Os pesquisadores consideraram que os índices levantados a partir da coleta de fêmeas do mosquito mantêm maior correlação com a transmissão da dengue. Além disso, sugerem o monitoramento dos níveis de infestação e de dados climáticos para a detecção precoce de epidemias e para o estabelecimento de medidas de efetivas de prevenção.
Trabalho publicado pelo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE) associa o perfil de diferentes citocinas envolvidas na resposta imunológica da esquistossomose ao tipo de manifestação crônica ou aguda da doença em humanos. A partir da investigação em 43 pacientes, o estudo sugere que os mecanismos imuno-reguladores são distintos entre os diferentes estágios clínicos, algum dos quais são antígeno-específicos.
Na Argentina, pesquisadores analisaram a dispersão de vetores da leishmaniose cutânea na região do Chaco, que apresenta índices crescentes da doença. Os resultados apontam padrões diferenciados de distribuição de flebótomos, com predomínio da espécie Lutzomyia migonei na parte oeste, conhecida como Chaco úmido, e da espécie Lutzomyia neivai na parte leste, conhecida como Chaco seco.
A revista aborda também doença de Chagas, malária e toxoplasmose, entre outros temas relevantes para a saúde pública. A íntegra da edição está disponível gratuitamente online.
Bel Levy
12/11/08
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Destaque da última edição da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, artigo publicado por pesquisadores do Programa Nacional de Controle da Dengue, da Universidade de São Paulo, da Universidade Federal da Bahia e da Escola de Medicina Tropical e Higiene de Londres, na Inglaterra, propõe modelo matemático para estabelecer parâmetros relacionados à intensidade da transmissão da dengue e identificar fatores que possam indicar, no futuro, o risco de ocorrência da doença. A abordagem relaciona o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRA) a três variáveis: o coeficiente de incidência e os índices de gravidade da infecção e de reprodução da doença.
Intitulado Dinâmicas da epidemia de dengue no Brasil em 2006/2007, o trabalho analisa a ocorrência de dengue no país entre outubro de 2006 e julho de 2007 nas 61 cidades brasileiras que, segundo o LIRA, registraram mais de 500 casos da doença no período estudado. A pesquisa aponta que, por levar em consideração aspectos epidemiológicos como a ocorrência de outras epidemias e características imunológicas, os índices de gravidade da infecção e de reprodutibilidade da doença são os preditores mais adequados.
Ainda sobre dengue, artigo publicado pela Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto relaciona a proporção de ovos do A. aegypti à população adulta do vetor, à ocorrência de dengue e ao clima em uma cidade do interior de São Paulo entre 2004 e 2005. A coleta semanal de ovos e adultos do vetor da dengue, por aspiração manual e armadilhas de ovoposição, gerou índices entomológicos, relacionados posteriormente às estações chuvosa e seca. Os pesquisadores consideraram que os índices levantados a partir da coleta de fêmeas do mosquito mantêm maior correlação com a transmissão da dengue. Além disso, sugerem o monitoramento dos níveis de infestação e de dados climáticos para a detecção precoce de epidemias e para o estabelecimento de medidas de efetivas de prevenção.
Trabalho publicado pelo Centro de Pesquisa Aggeu Magalhães (Fiocruz-PE) associa o perfil de diferentes citocinas envolvidas na resposta imunológica da esquistossomose ao tipo de manifestação crônica ou aguda da doença em humanos. A partir da investigação em 43 pacientes, o estudo sugere que os mecanismos imuno-reguladores são distintos entre os diferentes estágios clínicos, algum dos quais são antígeno-específicos.
Na Argentina, pesquisadores analisaram a dispersão de vetores da leishmaniose cutânea na região do Chaco, que apresenta índices crescentes da doença. Os resultados apontam padrões diferenciados de distribuição de flebótomos, com predomínio da espécie Lutzomyia migonei na parte oeste, conhecida como Chaco úmido, e da espécie Lutzomyia neivai na parte leste, conhecida como Chaco seco.
A revista aborda também doença de Chagas, malária e toxoplasmose, entre outros temas relevantes para a saúde pública. A íntegra da edição está disponível gratuitamente online.
Bel Levy
12/11/08
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)