Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.

vw_cabecalho_novo

Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Espaço aberto ao diálogo

Espaço aberto ao diálogo

Inserção no mercado de trabalho, estímulo à internacionalização e busca pela excelência foram alguns dos assuntos discutidos em sabatina com coordenadores realizada no terceiro dia de atividades da Semana da Pós-graduação
Por Lucas Rocha14/09/2018 - Atualizado em 12/04/2021

:: Acesse a cobertura especial da Semana de Pós-graduação

O terceiro dia de atividades da Semana da Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi dedicado à discussão dos desafios, perspectivas e anseios no âmbito do Ensino no Instituto. Estudantes, docentes e pesquisadores conduziram uma sabatina com a participação dos coordenadores dos sete Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC: Tania Araújo-Jorge (Ensino em Biociências e Saúde), Leila Mendonça (Biologia Celular e Molecular), Rafael Freitas (Biologia Parasitária), Ernesto Caffarena, coordenador adjunto, representando a coordenadora Ana Carolina Ramos Guimarães (Biologia Computacional e Sistemas), Martha Mutis (Medicina Tropical), Margareth Queiroz, coordenadora adjunta, representando o coordenador Cléber Galvão (Biodiversidade e Saúde), e Fernando Genta (Vigilância e Controle de Vetores). Confira aqui a programação do evento, que termina nesta sexta-feira (14/09).

No encontro, foram contemplados diversos assuntos, incluindo a inserção de novos doutores no mercado de trabalho, o estímulo às atividades que potencializam a internacionalização dos Programas, a busca pela excelência e a atenção à saúde mental dos estudantes. “Conhecer melhor as demandas dos alunos, assim como nossos pontos fortes e dificuldades, é primordial para o planejamento de ações que vão ajudar a construir um Instituto melhor no contexto do Ensino. Para isso, o diálogo deve ser amplo e franco. A diretoria do IOC está de portas abertas sempre”, destacou o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Marcelo Alves Pinto.

Coordenadores dos sete Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC participaram da mesa-redonda realizada no terceiro dia das atividades. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz


Integração e excelência

Entre os coordenadores, ficou destacada a percepção da importância da atividade para a integração entre os diferentes Programas de Pós-graduação. “A troca de informação entre os coordenadores tende a gerar melhorias na qualidade da formação do aluno. Essa mesa de discussão abre a possibilidade de incorporarmos na Biologia Parasitária, por exemplo, práticas que dão certo em nossos outros Programas. É uma inspiração para tentar fazer coisas diferentes”, ressaltou Rafael Freitas. “O encontro é uma oportunidade única para que os alunos conversem com todos os coordenadores em conjunto. O resultado disso é que eles passam a ter uma visão mais ampla da pós-graduação, para além dos programas dos quais fazem parte”, complementou Leila Mendonça. “Encontramos dificuldades em promover a interação dos alunos da Pós em Vigilância e Controle de Vetores com os demais estudantes e a participação em eventos que fazem parte da vida acadêmica do IOC. Nossos alunos possuem moradia em outros estados e precisam cumprir horários de trabalho. É preciso planejar eventos que possam agregar esses alunos, bem como estudantes da Pós-graduação Lato sensu”, apontou Genta. 

Ficou a cargo da pesquisadora Tania Araújo-Jorge apresentar aspectos que afetam de forma comum a todos os Programas de Pós-graduação do Instituto. O conceito de excelência junto ao Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG) foi um dos temas discutidos. Dos 4.175 programas submetidos à mais recente Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), cerca de 10% receberam os conceitos 6 e 7, que indicam desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência. Os seis programas do IOC que participaram da análise, referente ao período 2013-2016, tiveram suas notas elevadas ou mantidas com pontuação máxima. Entre os desafios para a manutenção da excelência, Tania destacou a importância da busca por recursos financeiros, a vigilância permanente em relação à infraestrutura física, a cooperação e articulação de redes temáticas e o estímulo à participação de estudantes e docentes nas discussões de políticas públicas de Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação.

Anseios dos estudantes

Fator de preocupação de estudantes, docentes e pesquisadores, a inserção no mercado de trabalho por recém-doutores também foi destaque das discussões. O receio é compartilhado pela estudante de mestrado Júlia Guimarães Barcellos de Abreu, da Pós-graduação em Biologia Parasitária. “Os alunos do IOC contam como uma formação de excelência, mas o destino dos profissionais formados é incerto. Muitos não são absorvidos pelo mercado de trabalho, devido às diversas questões enfrentadas pelo país. É fundamental que se discuta o assunto para a formulação de propostas de melhorias tanto no que diz respeito à formação como nas políticas que envolvem a pós-graduação”, destacou Júlia, que atua no Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC e participa do evento pela primeira vez. “Essa mesa-redonda, que reúne diferentes profissionais para discutir e talvez até formular novas redes de colaboração, é uma experiência de grande valia. Também acredito que é muito importante agregar a sociedade a esse conjunto acadêmico”, destacou o doutorando Rafael Ferreira Soares, da Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas.

Para a estudante de mestrado Júlia Guimarães Barcellos de Abreu, da Pós-graduação em Biologia Parasitária, a inserção no mercado de trabalho é uma preocupação. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Experimentos em laboratório, publicação de artigos científicos, participação em congressos, seminários e apresentações de trabalho são apenas algumas das diversas atividades dos cursos de mestrado e doutorado. Essa sobrecarga de trabalho pode impactar negativamente a saúde mental dos alunos. “A Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas é relativamente pequena em relação ao número de discentes. Isso nos permite realizar um acompanhamento individual dos alunos. Além disso, este é mais um espaço de comunicação entre os alunos e a coordenação. É um momento rico para que sejam abordadas questões que possam causar angústia nos alunos”, ressaltou Ernesto Caffarena.

O doutorando Rafael Ferreira Soares, da Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas, destacou a importância da integração entre a pós-graduação e a sociedade. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

 

Incentivo à internacionalização

O encontro abriu espaço, ainda, para a discussão acerca da necessidade de incentivo à internacionalização do Ensino. A pesquisadora Martha Mutis destacou a importância da formação de redes de colaboração nacionais e internacionais e lembrou a parceria entre a Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), no contexto do Programa de Cooperação Internacional de Pós-graduação em Ciências da Saúde. A iniciativa, que conta com a participação ativa do IOC, já soma a formação de mais de 40 mestres ao longo de nove anos de parceria. Dentre as recentes cooperações internacionais firmadas pelo Ensino do Instituto, podem ser destacadas as parcerias com a Universidade do Texas Medical Branch (UTMB), dos Estados Unidos, e com a Universidade de Glasgow, na Escócia. Atualmente, cerca de 25 estudantes estrangeiros compõem o quadro de discentes de cinco dos sete Programas do Instituto. Entre os países de origem estão: Paquistão, Moçambique, Escócia, Portugal, Colômbia, Equador, Cuba, Haiti, Argentina, Peru e Paraguai. 

O pesquisador Rafael Freitas ressaltou a importância da disponibilização de conteúdos em inglês e espanhol dos sites dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu. Desde 2016, páginas sobre o histórico dos Programas, áreas de concentração, linhas de pesquisa e informações sobre o ingresso no mestrado e doutorado podem ser acessadas em versão trilíngue. A iniciativa tem por objetivo expandir o acesso e o ingresso de candidatos estrangeiros. O estímulo ao intercâmbio e à participação em eventos internacionais e a realização de cursos e disciplinas por professores estrangeiros também são alguns dos passos dados rumo à internacionalização do Ensino.

Inserção no mercado de trabalho, estímulo à internacionalização e busca pela excelência foram alguns dos assuntos discutidos em sabatina com coordenadores realizada no terceiro dia de atividades da Semana da Pós-graduação
Por: 
lucas

:: Acesse a cobertura especial da Semana de Pós-graduação

O terceiro dia de atividades da Semana da Pós-graduação Stricto sensu do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi dedicado à discussão dos desafios, perspectivas e anseios no âmbito do Ensino no Instituto. Estudantes, docentes e pesquisadores conduziram uma sabatina com a participação dos coordenadores dos sete Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC: Tania Araújo-Jorge (Ensino em Biociências e Saúde), Leila Mendonça (Biologia Celular e Molecular), Rafael Freitas (Biologia Parasitária), Ernesto Caffarena, coordenador adjunto, representando a coordenadora Ana Carolina Ramos Guimarães (Biologia Computacional e Sistemas), Martha Mutis (Medicina Tropical), Margareth Queiroz, coordenadora adjunta, representando o coordenador Cléber Galvão (Biodiversidade e Saúde), e Fernando Genta (Vigilância e Controle de Vetores). Confira aqui a programação do evento, que termina nesta sexta-feira (14/09).

No encontro, foram contemplados diversos assuntos, incluindo a inserção de novos doutores no mercado de trabalho, o estímulo às atividades que potencializam a internacionalização dos Programas, a busca pela excelência e a atenção à saúde mental dos estudantes. “Conhecer melhor as demandas dos alunos, assim como nossos pontos fortes e dificuldades, é primordial para o planejamento de ações que vão ajudar a construir um Instituto melhor no contexto do Ensino. Para isso, o diálogo deve ser amplo e franco. A diretoria do IOC está de portas abertas sempre”, destacou o vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Marcelo Alves Pinto.

Coordenadores dos sete Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC participaram da mesa-redonda realizada no terceiro dia das atividades. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Integração e excelência

Entre os coordenadores, ficou destacada a percepção da importância da atividade para a integração entre os diferentes Programas de Pós-graduação. “A troca de informação entre os coordenadores tende a gerar melhorias na qualidade da formação do aluno. Essa mesa de discussão abre a possibilidade de incorporarmos na Biologia Parasitária, por exemplo, práticas que dão certo em nossos outros Programas. É uma inspiração para tentar fazer coisas diferentes”, ressaltou Rafael Freitas. “O encontro é uma oportunidade única para que os alunos conversem com todos os coordenadores em conjunto. O resultado disso é que eles passam a ter uma visão mais ampla da pós-graduação, para além dos programas dos quais fazem parte”, complementou Leila Mendonça. “Encontramos dificuldades em promover a interação dos alunos da Pós em Vigilância e Controle de Vetores com os demais estudantes e a participação em eventos que fazem parte da vida acadêmica do IOC. Nossos alunos possuem moradia em outros estados e precisam cumprir horários de trabalho. É preciso planejar eventos que possam agregar esses alunos, bem como estudantes da Pós-graduação Lato sensu”, apontou Genta. 

Ficou a cargo da pesquisadora Tania Araújo-Jorge apresentar aspectos que afetam de forma comum a todos os Programas de Pós-graduação do Instituto. O conceito de excelência junto ao Sistema Nacional de Pós-graduação (SNPG) foi um dos temas discutidos. Dos 4.175 programas submetidos à mais recente Avaliação Quadrienal da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), cerca de 10% receberam os conceitos 6 e 7, que indicam desempenho equivalente a padrões internacionais de excelência. Os seis programas do IOC que participaram da análise, referente ao período 2013-2016, tiveram suas notas elevadas ou mantidas com pontuação máxima. Entre os desafios para a manutenção da excelência, Tania destacou a importância da busca por recursos financeiros, a vigilância permanente em relação à infraestrutura física, a cooperação e articulação de redes temáticas e o estímulo à participação de estudantes e docentes nas discussões de políticas públicas de Educação e Ciência, Tecnologia e Inovação.

Anseios dos estudantes

Fator de preocupação de estudantes, docentes e pesquisadores, a inserção no mercado de trabalho por recém-doutores também foi destaque das discussões. O receio é compartilhado pela estudante de mestrado Júlia Guimarães Barcellos de Abreu, da Pós-graduação em Biologia Parasitária. “Os alunos do IOC contam como uma formação de excelência, mas o destino dos profissionais formados é incerto. Muitos não são absorvidos pelo mercado de trabalho, devido às diversas questões enfrentadas pelo país. É fundamental que se discuta o assunto para a formulação de propostas de melhorias tanto no que diz respeito à formação como nas políticas que envolvem a pós-graduação”, destacou Júlia, que atua no Laboratório de Aids e Imunologia Molecular do IOC e participa do evento pela primeira vez. “Essa mesa-redonda, que reúne diferentes profissionais para discutir e talvez até formular novas redes de colaboração, é uma experiência de grande valia. Também acredito que é muito importante agregar a sociedade a esse conjunto acadêmico”, destacou o doutorando Rafael Ferreira Soares, da Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas.

Para a estudante de mestrado Júlia Guimarães Barcellos de Abreu, da Pós-graduação em Biologia Parasitária, a inserção no mercado de trabalho é uma preocupação. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

Experimentos em laboratório, publicação de artigos científicos, participação em congressos, seminários e apresentações de trabalho são apenas algumas das diversas atividades dos cursos de mestrado e doutorado. Essa sobrecarga de trabalho pode impactar negativamente a saúde mental dos alunos. “A Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas é relativamente pequena em relação ao número de discentes. Isso nos permite realizar um acompanhamento individual dos alunos. Além disso, este é mais um espaço de comunicação entre os alunos e a coordenação. É um momento rico para que sejam abordadas questões que possam causar angústia nos alunos”, ressaltou Ernesto Caffarena.

O doutorando Rafael Ferreira Soares, da Pós-graduação em Biologia Computacional e Sistemas, destacou a importância da integração entre a pós-graduação e a sociedade. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz

 

Incentivo à internacionalização

O encontro abriu espaço, ainda, para a discussão acerca da necessidade de incentivo à internacionalização do Ensino. A pesquisadora Martha Mutis destacou a importância da formação de redes de colaboração nacionais e internacionais e lembrou a parceria entre a Fiocruz e o Instituto Nacional de Saúde de Moçambique (INS), no contexto do Programa de Cooperação Internacional de Pós-graduação em Ciências da Saúde. A iniciativa, que conta com a participação ativa do IOC, já soma a formação de mais de 40 mestres ao longo de nove anos de parceria. Dentre as recentes cooperações internacionais firmadas pelo Ensino do Instituto, podem ser destacadas as parcerias com a Universidade do Texas Medical Branch (UTMB), dos Estados Unidos, e com a Universidade de Glasgow, na Escócia. Atualmente, cerca de 25 estudantes estrangeiros compõem o quadro de discentes de cinco dos sete Programas do Instituto. Entre os países de origem estão: Paquistão, Moçambique, Escócia, Portugal, Colômbia, Equador, Cuba, Haiti, Argentina, Peru e Paraguai. 

O pesquisador Rafael Freitas ressaltou a importância da disponibilização de conteúdos em inglês e espanhol dos sites dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu. Desde 2016, páginas sobre o histórico dos Programas, áreas de concentração, linhas de pesquisa e informações sobre o ingresso no mestrado e doutorado podem ser acessadas em versão trilíngue. A iniciativa tem por objetivo expandir o acesso e o ingresso de candidatos estrangeiros. O estímulo ao intercâmbio e à participação em eventos internacionais e a realização de cursos e disciplinas por professores estrangeiros também são alguns dos passos dados rumo à internacionalização do Ensino.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)