O pesquisador da Universidad de los Andes, Felipe Guhl, relatou o avanço dos triatomíneos na América Latina e reforçou a necessidade de programas sustentáveis de contenção durante a palestra “Triatomíneos silvestres: um novo desafio no controle da transmissão vetorial”. Que ocorreu no segundo dia do Simpósio Internacional de Chagas, nesta quarta-feira (09/7), realizado no Rio de Janeiro.
Felipe Guhl durante apresentação no Simpósio Internacional de Chagas. Foto: Gutemberg BritoEm sua apresentação, o apresentador explicou que combater a transmissão de triatomíneos silvestres domiciliados será uma garantia para o controle da infecção: “este é um dos maiores desafios que temos pela frente, já que a erradicação dos vetores silvestres não é possível e está associada à pobreza. Ainda há muito trabalho pela frente”, enfatizou.
O pesquisador citou a ocorrência de surtos em áreas urbanas da Venezuela, por infestação oral, como exemplo da necessidade de manter a vigilância contínua.
“Em 2008, ocorreu contaminação de 1000 estudantes, por via oral, numa escola em Caracas. Neste ano houve um novo surto urbano no litoral, com 50 casos registrados, com quatro óbitos” informou.
Segundo Felipe, a melhoria das habitações (e do peridomicílio) reduz também o risco de reinfestação. Ele cita como exemplo a cobertura de casas, na Colômbia e na Venezuela, feita com folhas de palmeira – “verdadeiros abrigos de triatomíneos, responsáveis pela entrada do inseto na casa também”, reforça.
Estas palmeiras também são utilizadas para produção de óleo e vinho, amplamente consumidos no país. Buscas ativas mostraram a presença de triatomíneos em aproximadamente 50% das plantações de palmeira, o que segundo o pesquisador, representa um alto risco de contaminação.
Na última década, a mobilização dos países latinos no combate aos triatomíneos obteve êxito no Brasil, Chile e Uruguai, certificados pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) por ter controlado o Triatoma infestans.
O pesquisador ressaltou que as ações e atividades de controle sustentáveis levam a redução da mortalidade, da morbidade e diminuem o risco de reinfestação.
Diversos pesquisadores do IOC participam do Simpósio Internacional da Descoberta da Doença de Chagas, que segue com sua programação até sexta-feira. Palestras e mesas redondas debatem aspectos relativos ao vetor, à epidemiologia, ao diagnóstico e ao tratamento da enfermidade.
O pesquisador da Universidad de los Andes, Felipe Guhl, relatou o avanço dos triatomíneos na América Latina e reforçou a necessidade de programas sustentáveis de contenção durante a palestra “Triatomíneos silvestres: um novo desafio no controle da transmissão vetorial”. Que ocorreu no segundo dia do Simpósio Internacional de Chagas, nesta quarta-feira (09/7), realizado no Rio de Janeiro.
Felipe Guhl durante apresentação no Simpósio Internacional de Chagas. Foto: Gutemberg BritoEm sua apresentação, o apresentador explicou que combater a transmissão de triatomíneos silvestres domiciliados será uma garantia para o controle da infecção: “este é um dos maiores desafios que temos pela frente, já que a erradicação dos vetores silvestres não é possível e está associada à pobreza. Ainda há muito trabalho pela frente”, enfatizou.
O pesquisador citou a ocorrência de surtos em áreas urbanas da Venezuela, por infestação oral, como exemplo da necessidade de manter a vigilância contínua.
“Em 2008, ocorreu contaminação de 1000 estudantes, por via oral, numa escola em Caracas. Neste ano houve um novo surto urbano no litoral, com 50 casos registrados, com quatro óbitos” informou.
Segundo Felipe, a melhoria das habitações (e do peridomicílio) reduz também o risco de reinfestação. Ele cita como exemplo a cobertura de casas, na Colômbia e na Venezuela, feita com folhas de palmeira – “verdadeiros abrigos de triatomíneos, responsáveis pela entrada do inseto na casa também”, reforça.
Estas palmeiras também são utilizadas para produção de óleo e vinho, amplamente consumidos no país. Buscas ativas mostraram a presença de triatomíneos em aproximadamente 50% das plantações de palmeira, o que segundo o pesquisador, representa um alto risco de contaminação.
Na última década, a mobilização dos países latinos no combate aos triatomíneos obteve êxito no Brasil, Chile e Uruguai, certificados pela Organização Pan-americana de Saúde (OPAS) por ter controlado o Triatoma infestans.
O pesquisador ressaltou que as ações e atividades de controle sustentáveis levam a redução da mortalidade, da morbidade e diminuem o risco de reinfestação.
Diversos pesquisadores do IOC participam do Simpósio Internacional da Descoberta da Doença de Chagas, que segue com sua programação até sexta-feira. Palestras e mesas redondas debatem aspectos relativos ao vetor, à epidemiologia, ao diagnóstico e ao tratamento da enfermidade.
Matéria de Pâmela Pinto
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)