Diante da emergência de agentes com capacidade para provocar doenças em humanos, como o novo coronavírus – Covid-19, cientistas de todo o mundo passam a atuar intensamente na busca por respostas sobre o comportamento do patógeno. Funciona como um grande quebra-cabeças: a cada nova pesquisa, um conjunto de dados cada vez mais robusto se forma, de modo a contribuir para elucidar características importantes para a resposta à emergência. Dentre elas, questões fundamentais como o tempo de incubação de um vírus, as formas de transmissão e a taxa de mortalidade, por exemplo.
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram de um estudo que teve como objetivo esclarecer as dinâmicas de transmissão do novo coronavírus e os vestígios do início e dispersão do surto.
Os pesquisadores Marta Giovanetti e Luiz Alcantara do Laboratório de Flavivírus do IOC participaram do estudo que reconstruiu a trajetória do novo coronavírus. Foto: Lucas Rocha/IOC/FiocruzA pesquisa, publicada no periódico científico ‘Pathogens and Global Health’, foi conduzida por um grupo de trabalho que reúne especialistas do Laboratório de Flavivírus do IOC, da Universidade Campus Biomédico de Roma e da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores analisaram 29 sequências genéticas completas do Covid-19 e duas sequências altamente semelhantes de coronavírus do tipo SARS originadas em morcegos disponíveis nos bancos de dados internacionais GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data) e NCBI (National Center for Biotechnology Information).
“Identificar as características genéticas do novo coronavírus é parte fundamental para uma resposta em tempo real a respeito da dispersão do vírus, especialmente com base nos genomas que estão sendo publicados”, ressaltou o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcantara, do Laboratório de Flavivírus do IOC.
Com o uso de ferramentas de bioinformática, os especialistas construíram análises filogeográficas, que estimam a possível trajetória do microrganismo, e filogenéticas – uma espécie de árvore genealógica, só que do vírus.
“Os dados encontrados corroboraram o atual cenário epidemiológico, indicando a cidade de Wuhan, na China, como a mais provável origem geográfica do surto”, explica Marta Giovanetti, pesquisadora visitante do Laboratório de Flavivírus do IOC. Os pesquisadores estimam que a emergência do surto teve início no final de novembro de 2019. Os resultados reforçam, ainda, a hipótese de que o Covid-19 tenha se originado de morcegos, possivelmente do gênero Rhinolophus.
O estudo ressalta, ainda, a importância do rastreamento da emergência de novas rotas ou padrões de transmissão devido à rápida taxa de evolução e dinâmica populacional do vírus.
Diante da emergência de agentes com capacidade para provocar doenças em humanos, como o novo coronavírus – Covid-19, cientistas de todo o mundo passam a atuar intensamente na busca por respostas sobre o comportamento do patógeno. Funciona como um grande quebra-cabeças: a cada nova pesquisa, um conjunto de dados cada vez mais robusto se forma, de modo a contribuir para elucidar características importantes para a resposta à emergência. Dentre elas, questões fundamentais como o tempo de incubação de um vírus, as formas de transmissão e a taxa de mortalidade, por exemplo.
Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participaram de um estudo que teve como objetivo esclarecer as dinâmicas de transmissão do novo coronavírus e os vestígios do início e dispersão do surto.
Os pesquisadores Marta Giovanetti e Luiz Alcantara do Laboratório de Flavivírus do IOC participaram do estudo que reconstruiu a trajetória do novo coronavírus. Foto: Lucas Rocha/IOC/FiocruzA pesquisa, publicada no periódico científico ‘Pathogens and Global Health’, foi conduzida por um grupo de trabalho que reúne especialistas do Laboratório de Flavivírus do IOC, da Universidade Campus Biomédico de Roma e da Universidade da Flórida, nos Estados Unidos.
Os pesquisadores analisaram 29 sequências genéticas completas do Covid-19 e duas sequências altamente semelhantes de coronavírus do tipo SARS originadas em morcegos disponíveis nos bancos de dados internacionais GISAID (Global Initiative on Sharing All Influenza Data) e NCBI (National Center for Biotechnology Information).
“Identificar as características genéticas do novo coronavírus é parte fundamental para uma resposta em tempo real a respeito da dispersão do vírus, especialmente com base nos genomas que estão sendo publicados”, ressaltou o pesquisador Luiz Carlos Júnior Alcantara, do Laboratório de Flavivírus do IOC.
Com o uso de ferramentas de bioinformática, os especialistas construíram análises filogeográficas, que estimam a possível trajetória do microrganismo, e filogenéticas – uma espécie de árvore genealógica, só que do vírus.
“Os dados encontrados corroboraram o atual cenário epidemiológico, indicando a cidade de Wuhan, na China, como a mais provável origem geográfica do surto”, explica Marta Giovanetti, pesquisadora visitante do Laboratório de Flavivírus do IOC. Os pesquisadores estimam que a emergência do surto teve início no final de novembro de 2019. Os resultados reforçam, ainda, a hipótese de que o Covid-19 tenha se originado de morcegos, possivelmente do gênero Rhinolophus.
O estudo ressalta, ainda, a importância do rastreamento da emergência de novas rotas ou padrões de transmissão devido à rápida taxa de evolução e dinâmica populacional do vírus.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)