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Estudo reorienta controle da esquistossomose no interior de Pernambuco

Aplicar o conhecimento produzido em estudos epidemiológicos a estratégias de promoção da saúde pública é um objetivo constante entre os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Com base neste princípio, o Laboratório de Eco-epidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses do IOC desenvolve projetos para o controle dessas helmintoses em diferentes áreas endêmicas do Brasil através da avaliação epidemiológica da prevalência e da intensidade da infecção nos grupos mais vulneráveis. Os resultados dessas pesquisas serão publicados em breve na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
Por Jornalismo IOC02/05/2007 - Atualizado em 10/12/2019

Iniciado em 2004, um projeto realizado no interior de Pernambuco em parceria com o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fiocruz em Pernambuco, avaliou as ações de monitoramento da esquistossomose na área endêmica do Estado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) para identificar os principais desafios ao controle da doença e implementar novas estratégias de prevenção. A primeira etapa do projeto, que sinalizou a necessidade de reorientação da vigilância epidemiológica, foi a constatação de que as estimativas oficiais sobre a esquistossomose na maioria dos municípios da área endêmica do Estado não eram confiáveis, pois não obedeciam aos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), que pressupõem a coleta aleatória de amostras através de pelo menos 240 exames por município, apresenta o biólogo Otávio Pieri , chefe do Laboratório de Eco-epidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses do IOC.

Depois de identificada a necessidade de produzir dados confiáveis sobre a esquistossomose, a equipe de pesquisadores do IOC e do CPqAM se empenhou em realizar um amplo inquérito escolar já que a infecção atinge sobretudo crianças entre 7 e 14 anos a fim de avaliar a prevalência da doença nos 43 municípios da zona da mata pernambucana, área endêmica do Estado. A avaliação demonstrou que 23 desses municípios apresentam prevalência preocupante e que medidas de prevenção e controle mais eficientes são urgentes.

Para atender a esta demanda, a equipe do IOC envolvida no projeto pretende colocar em prática um modelo operacional recomendado pela OMS que consiste na formação de mutirões para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença em escolas de Ensino Fundamental da região. A idéia é capacitar profissionais de educação para a conscientização de pais e alunos, ampliando o trabalho dos agentes de saúde, Otávio explica. Assim será possível fortalecer a prevenção, principal estratégia para o controle da esquistossomose, conclui.

Bel Levy
24/08/2006

Aplicar o conhecimento produzido em estudos epidemiológicos a estratégias de promoção da saúde pública é um objetivo constante entre os pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC). Com base neste princípio, o Laboratório de Eco-epidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses do IOC desenvolve projetos para o controle dessas helmintoses em diferentes áreas endêmicas do Brasil através da avaliação epidemiológica da prevalência e da intensidade da infecção nos grupos mais vulneráveis. Os resultados dessas pesquisas serão publicados em breve na revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz.
Por: 
jornalismo

Iniciado em 2004, um projeto realizado no interior de Pernambuco em parceria com o Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães (CPqAM), unidade da Fiocruz em Pernambuco, avaliou as ações de monitoramento da esquistossomose na área endêmica do Estado no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) para identificar os principais desafios ao controle da doença e implementar novas estratégias de prevenção. A primeira etapa do projeto, que sinalizou a necessidade de reorientação da vigilância epidemiológica, foi a constatação de que as estimativas oficiais sobre a esquistossomose na maioria dos municípios da área endêmica do Estado não eram confiáveis, pois não obedeciam aos critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), que pressupõem a coleta aleatória de amostras através de pelo menos 240 exames por município, apresenta o biólogo Otávio Pieri , chefe do Laboratório de Eco-epidemiologia e Controle da Esquistossomose e Geohelmintoses do IOC.

Depois de identificada a necessidade de produzir dados confiáveis sobre a esquistossomose, a equipe de pesquisadores do IOC e do CPqAM se empenhou em realizar um amplo inquérito escolar já que a infecção atinge sobretudo crianças entre 7 e 14 anos a fim de avaliar a prevalência da doença nos 43 municípios da zona da mata pernambucana, área endêmica do Estado. A avaliação demonstrou que 23 desses municípios apresentam prevalência preocupante e que medidas de prevenção e controle mais eficientes são urgentes.

Para atender a esta demanda, a equipe do IOC envolvida no projeto pretende colocar em prática um modelo operacional recomendado pela OMS que consiste na formação de mutirões para a prevenção, o diagnóstico e o tratamento da doença em escolas de Ensino Fundamental da região. A idéia é capacitar profissionais de educação para a conscientização de pais e alunos, ampliando o trabalho dos agentes de saúde, Otávio explica. Assim será possível fortalecer a prevenção, principal estratégia para o controle da esquistossomose, conclui.

Bel Levy

24/08/2006

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)