Estudos desenvolvidos por profissionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foram premiados como melhores pôsteres do IV Seminário de Ciência e Tecnologia em Biomodelos. Promovido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz), o evento foi realizado nos dias 10 e 11 de dezembro, na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Uma pesquisa realizada no Centro de Experimentação Animal do IOC apresenta uma técnica que permite minimizar o estresse de camundongos utilizados em estudos, validando uma metodologia considerada de refinamento para a experimentação animal. Apresentado pela técnica em saúde pública Daiani Cotrim de Paiva Campbell, o estudo contou com a participação da médica veterinária e tecnologista Isabele Barbieri dos Santos, do técnico em saúde pública Jhonata Willy Rocha Coelho e da estagiária Thamires Fernandes Figueiredo González. O trabalho foi orientado pela médica veterinária Monique Ribeiro de Lima.
A pesquisa teve como alvo a espécie Sigmodon hispidus, conhecida como rato-do-algodão, modelo para o estudo de diversas doenças causadas por vÃrus, bactérias, fungos e parasitos, além de testes toxicológicos de importância para a saúde humana. Os animais escolhidos para a pesquisa preservam traços selvagens, podendo apresentar episódios de estresse durante o manejo.
A coleta de sangue e a administração intravenosa de substâncias são procedimentos necessários para o desenvolvimento de uma ampla gama de estudos. Pensando nisso, foi avaliado o uso da técnica de coleta de sangue pela veia gengival, que tem sido descrita como uma alternativa a outras rotas utilizadas de forma mais frequente. No estudo, a coleta foi precedida pela indução anestésica de uma substância chamada isoflurano, liberada na forma de gás em uma espécie de contêiner de plástico, sem a necessidade de manipulação dos animais.
O uso da dosagem mÃnima do anestésico foi suficiente para minimizar o estresse relacionado à contenção fÃsica. A coleta de sangue precedida por indução anestésica foi minimamente invasiva, podendo ser estendida para múltiplas coletas e também para a administração de substâncias.
Outro trabalho premiado no evento teve como alvo a bactéria Coxiella burnetii, causadora de uma doença chamada coxielose, em animais, e da febre Q, em humanos. A pesquisa apresentada pela estudante do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, Danielle da Silva Forneas, foi orientada pela pesquisadora Elba Sampaio Lemos, chefe do Laboratório.
O estudo teve como objetivo verificar a presença do microrganismo, que tem como principais reservatórios os ruminantes, em animais carnÃvoros silvestres. Para isso, foram analisadas amostras de soro e sangue de sete espécies de animais, incluindo lobos-guarás, raposas-do-campo, onças-pardas e quatis, coletadas em duas localidades da região Centro-Oeste do Brasil.
Os testes de detecção molecular e sorológica revelaram a infecção em 15 amostras. Os achados sugerem a existência de um complexo ciclo de manutenção da bactéria no território brasileiro e aponta a importância do desenvolvimento de novos estudos sobre a participação dos vertebrados na ecologia e na dinâmica da infecção pelo microrganismo em humanos e animais.
Estudos desenvolvidos por profissionais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foram premiados como melhores pôsteres do IV Seminário de Ciência e Tecnologia em Biomodelos. Promovido pelo Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz), o evento foi realizado nos dias 10 e 11 de dezembro, na Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Uma pesquisa realizada no Centro de Experimentação Animal do IOC apresenta uma técnica que permite minimizar o estresse de camundongos utilizados em estudos, validando uma metodologia considerada de refinamento para a experimentação animal. Apresentado pela técnica em saúde pública Daiani Cotrim de Paiva Campbell, o estudo contou com a participação da médica veterinária e tecnologista Isabele Barbieri dos Santos, do técnico em saúde pública Jhonata Willy Rocha Coelho e da estagiária Thamires Fernandes Figueiredo González. O trabalho foi orientado pela médica veterinária Monique Ribeiro de Lima.
A pesquisa teve como alvo a espécie Sigmodon hispidus, conhecida como rato-do-algodão, modelo para o estudo de diversas doenças causadas por vÃrus, bactérias, fungos e parasitos, além de testes toxicológicos de importância para a saúde humana. Os animais escolhidos para a pesquisa preservam traços selvagens, podendo apresentar episódios de estresse durante o manejo.
A coleta de sangue e a administração intravenosa de substâncias são procedimentos necessários para o desenvolvimento de uma ampla gama de estudos. Pensando nisso, foi avaliado o uso da técnica de coleta de sangue pela veia gengival, que tem sido descrita como uma alternativa a outras rotas utilizadas de forma mais frequente. No estudo, a coleta foi precedida pela indução anestésica de uma substância chamada isoflurano, liberada na forma de gás em uma espécie de contêiner de plástico, sem a necessidade de manipulação dos animais.
O uso da dosagem mÃnima do anestésico foi suficiente para minimizar o estresse relacionado à contenção fÃsica. A coleta de sangue precedida por indução anestésica foi minimamente invasiva, podendo ser estendida para múltiplas coletas e também para a administração de substâncias.
Outro trabalho premiado no evento teve como alvo a bactéria Coxiella burnetii, causadora de uma doença chamada coxielose, em animais, e da febre Q, em humanos. A pesquisa apresentada pela estudante do Laboratório de Hantaviroses e Rickettsioses do IOC, Danielle da Silva Forneas, foi orientada pela pesquisadora Elba Sampaio Lemos, chefe do Laboratório.
O estudo teve como objetivo verificar a presença do microrganismo, que tem como principais reservatórios os ruminantes, em animais carnÃvoros silvestres. Para isso, foram analisadas amostras de soro e sangue de sete espécies de animais, incluindo lobos-guarás, raposas-do-campo, onças-pardas e quatis, coletadas em duas localidades da região Centro-Oeste do Brasil.
Os testes de detecção molecular e sorológica revelaram a infecção em 15 amostras. Os achados sugerem a existência de um complexo ciclo de manutenção da bactéria no território brasileiro e aponta a importância do desenvolvimento de novos estudos sobre a participação dos vertebrados na ecologia e na dinâmica da infecção pelo microrganismo em humanos e animais.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)