Com a presença de mais de 130 autoridades de diversas instituições científicas de países das Américas, Europa, Oceania e Ásia, o último dia da conferência internacional ‘Antivirais para Influenza: Eficácia e Resistência’ (Influenza Antivirals: Efficacy and Resistance, no original em inglês), foi marcado por palavras de incentivo dos organizadores.
“O evento foi um sucesso. Passou das nossas expectativas em termos de números de participantes e do nível das palestras. Ficamos contentes porque durante os workshops muitos pesquisadores apresentaram resultados novos ainda não publicados, outros ainda em processo de patenteamento, e que foram compartilhados”, comemorou Marilda Siqueira, organizadora da conferência e chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
O evento aconteceu de 8 a 10 de novembro, no Othon Palace Hotel, em Copacabana (Rio de Janeiro) e foi organizado, pela primeira vez, pelo Antiviral Group of International Society for Influenza and Other Respiratory Diseases (ISIRV-AVG) em parceria com o IOC.
Alan Hay, presidente do Grupo de Antivirais da ISIRV e membro do National Institute for Medical Research, de Londres, disse que o foco do evento foi reunir pesquisadores com diferentes visões e opiniões sobre resistência e eficácia dos antivirais para discutirem juntos o tema.
“O que tentamos fazer foi ter um encontro abrangente para reunir pessoas com interesses muito diferentes e tentar integrá-los. E obtivemos sucesso. Nas considerações sobre a situação da gripe sazonal, por exemplo, observamos a resposta à pandemia e fomos capazes de colocar em perspectiva o que realmente deveríamos estar fazendo”, afirmou o organizador do evento.
No último dia de palestras, temas relacionados a políticas que facilitam o acesso a medicamentos e novos alvos para fármacos foram abordados.
“Olhamos para o futuro e percebemos quais são os desenvolvimentos científicos que podem iluminar a área de pesquisas de antivirais para combater o vírus Influenza e quais são aqueles que podem ajudar no desenvolvimento de novas vacinas. Fazer com que as pessoas se unissem e promovessem a colaboração entre elas foi o tom do encontro”, enfatizou Alan. “Espero que isto tenha sido o principal êxito do evento”, pontuou o pesquisador.
Confira aqui a cobertura do último dia da conferência.
Marilda Siqueira relata que muitos países na América Latina vêm trabalhando e desenvolvendo projetos relevantes contra Influenza. Ela destaca a importância do avanço de pesquisas científicas na região.
“O evento foi importante, especialmente para os latino-americanos, para mostrar que o que eles vêm realizando tem uma importância muito grande para a comunidade científica. A conferência gerou o compartilhamento de ideias entre países do hemisfério Norte, que têm sistemas bastante avançados em vigilância [do vírus da gripe] e monitoramento de amostras existentes, com outros do hemisfério Sul, que estão iniciando ou que não tenham ainda este mesmo nível. Eventos como este servem de incentivo para pesquisadores de países com poucos recursos técnicos”, avaliou.
De acordo com Alan Hay, para que o desenvolvimento da ciência na região latino-americana avance, não é necessário apenas apoio financeiro. Foto: Peter Ilicciev“Acredito que a América Latina vem melhorando a cada ano e é claro que o futuro de novas pesquisas depende de financiamento. Os pesquisadores precisam de dinheiro para financiar novos projetos, agora, o que eles também necessitam é daquela sensação de que estão sendo apoiados de forma consistente [pelas autoridades governamentais]. Caso contrário, o que pode acontecer é que ou os cientistas desistem do que estão fazendo ou vão realizar suas pesquisas em outros países”, conclui Alan Hay.
Na semana anterior à conferência, foi realizado no IOC o 2º Curso de Treinamento da Rede Sul-Americana de Vigilância do Influenza à Suscetibilidade Antiviral, com a presença de representantes de cinco países, além do Brasil: Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai.
Desenvolver pesquisa de alta qualidade, interpretar e compartilhar dados da circulação na América do Sul do vírus influenza H1N1 foi o mote do curso, que aconteceu entre 31 de outubro e 7 de novembro (véspera do início da conferência).
O treinamento foi ministrado por especialistas brasileiros do IOC e pela virologista Angie Lackenbly, da Unidade de Vírus Respiratório da Health Protection Agency (HPA), agência de saúde criada em 2003 e ligada ao governo do Reino Unido.
Para ler mais sobre o curso, clique aqui.
Com a presença de mais de 130 autoridades de diversas instituições científicas de países das Américas, Europa, Oceania e Ásia, o último dia da conferência internacional ‘Antivirais para Influenza: Eficácia e Resistência’ (Influenza Antivirals: Efficacy and Resistance, no original em inglês), foi marcado por palavras de incentivo dos organizadores.
“O evento foi um sucesso. Passou das nossas expectativas em termos de números de participantes e do nível das palestras. Ficamos contentes porque durante os workshops muitos pesquisadores apresentaram resultados novos ainda não publicados, outros ainda em processo de patenteamento, e que foram compartilhados”, comemorou Marilda Siqueira, organizadora da conferência e chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
O evento aconteceu de 8 a 10 de novembro, no Othon Palace Hotel, em Copacabana (Rio de Janeiro) e foi organizado, pela primeira vez, pelo Antiviral Group of International Society for Influenza and Other Respiratory Diseases (ISIRV-AVG) em parceria com o IOC.
Alan Hay, presidente do Grupo de Antivirais da ISIRV e membro do National Institute for Medical Research, de Londres, disse que o foco do evento foi reunir pesquisadores com diferentes visões e opiniões sobre resistência e eficácia dos antivirais para discutirem juntos o tema.
“O que tentamos fazer foi ter um encontro abrangente para reunir pessoas com interesses muito diferentes e tentar integrá-los. E obtivemos sucesso. Nas considerações sobre a situação da gripe sazonal, por exemplo, observamos a resposta à pandemia e fomos capazes de colocar em perspectiva o que realmente deveríamos estar fazendo”, afirmou o organizador do evento.
No último dia de palestras, temas relacionados a políticas que facilitam o acesso a medicamentos e novos alvos para fármacos foram abordados.
“Olhamos para o futuro e percebemos quais são os desenvolvimentos científicos que podem iluminar a área de pesquisas de antivirais para combater o vírus Influenza e quais são aqueles que podem ajudar no desenvolvimento de novas vacinas. Fazer com que as pessoas se unissem e promovessem a colaboração entre elas foi o tom do encontro”, enfatizou Alan. “Espero que isto tenha sido o principal êxito do evento”, pontuou o pesquisador.
Confira aqui a cobertura do último dia da conferência.
Marilda Siqueira relata que muitos países na América Latina vêm trabalhando e desenvolvendo projetos relevantes contra Influenza. Ela destaca a importância do avanço de pesquisas científicas na região.
“O evento foi importante, especialmente para os latino-americanos, para mostrar que o que eles vêm realizando tem uma importância muito grande para a comunidade científica. A conferência gerou o compartilhamento de ideias entre países do hemisfério Norte, que têm sistemas bastante avançados em vigilância [do vírus da gripe] e monitoramento de amostras existentes, com outros do hemisfério Sul, que estão iniciando ou que não tenham ainda este mesmo nível. Eventos como este servem de incentivo para pesquisadores de países com poucos recursos técnicos”, avaliou.
De acordo com Alan Hay, para que o desenvolvimento da ciência na região latino-americana avance, não é necessário apenas apoio financeiro. Foto: Peter Ilicciev“Acredito que a América Latina vem melhorando a cada ano e é claro que o futuro de novas pesquisas depende de financiamento. Os pesquisadores precisam de dinheiro para financiar novos projetos, agora, o que eles também necessitam é daquela sensação de que estão sendo apoiados de forma consistente [pelas autoridades governamentais]. Caso contrário, o que pode acontecer é que ou os cientistas desistem do que estão fazendo ou vão realizar suas pesquisas em outros países”, conclui Alan Hay.
Na semana anterior à conferência, foi realizado no IOC o 2º Curso de Treinamento da Rede Sul-Americana de Vigilância do Influenza à Suscetibilidade Antiviral, com a presença de representantes de cinco países, além do Brasil: Argentina, Chile, Colômbia, Peru e Uruguai.
Desenvolver pesquisa de alta qualidade, interpretar e compartilhar dados da circulação na América do Sul do vírus influenza H1N1 foi o mote do curso, que aconteceu entre 31 de outubro e 7 de novembro (véspera do início da conferência).
O treinamento foi ministrado por especialistas brasileiros do IOC e pela virologista Angie Lackenbly, da Unidade de Vírus Respiratório da Health Protection Agency (HPA), agência de saúde criada em 2003 e ligada ao governo do Reino Unido.
Para ler mais sobre o curso, clique aqui.
Texto de João Paulo Soldati
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)