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Fiocruz conclui sequenciamento genético de vírus monkeypox detectado no Rio de Janeiro

Microrganismo pertence à linhagem responsável pelo atual surto no mundo
Por Vinicius Ferreira e Max Gomes29/06/2022 - Atualizado em 06/07/2022

Partícula viral de monkeypox. Foto: CDC/ Cynthia S. Goldsmith, Russell Regnery

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de sua Rede Genômica, concluiu o sequenciamento genético do vírus monkeypox (MPXV) coletado de uma amostra proveniente do Rio de Janeiro. A técnica permite o detalhamento do DNA do patógeno, contribuindo para um melhor entendimento do atual surto – que já ultrapassa 4.700 casos pelo mundo, segundo dados reunidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA).

O sequenciamento foi realizado a partir do vírus detectado em amostras do primeiro caso com resultado positivo analisado pelo Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), chefiado pelo virologista Edson Elias. O laboratório é referência para o Ministério da Saúde para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos da doença. O paciente, do sexo masculino, foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em Manguinhos (RJ), em meados de junho.

Por meio da análise por metagenômica, utilizando a tecnologia Illumina, foi possível constatar que o vírus pertence ao clado B.1. Este é o grupo genético com a maior circulação atualmente e responsável pelo surto que já atingiu mais de 40 países. O procedimento — o primeiro realizado a partir de um caso de monkeypox do estado do Rio de Janeiro — foi conduzido pela Rede Genômica Fiocruz, sob orientação da pesquisadora Paola Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC.

O resultado com o genoma viral completo foi depositado no banco genômico internacional GISAID, sob o número de acesso EPI_ISL_13484458, para compartilhamento com toda a comunidade científica.

O Laboratório

Em junho de 2022, o Laboratório de Enterovírus do IOC foi formalizado como referência nacional para monkeypox, ficando responsável por analisar amostras provenientes do estado do Rio de Janeiro e de toda a região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).

Recentemente, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), o Laboratório promoveu treinamento em detecção do MPXV para sete países da América Latina (Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), como forma de preparar a região para um possível surto da doença.

Há mais de 60 anos, o Laboratório se dedica ao estudo da poliomielite e de meningites virais, tendo desempenhado um papel importante no estudo de diversos surtos de poli e no preparo dos primeiros lotes da vacina contra a doença no Brasil. Opera na vigilância virológica das paralisias flácidas agudas, das meningites assépticas e das meningoencefalites. Referência Nacional em Enteroviroses junto ao Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, atua no diagnóstico e participa ativamente na formação de recursos humanos.

Microrganismo pertence à linhagem responsável pelo atual surto no mundo
Por: 
viniciusferreira
max.gomes

Partícula viral de monkeypox. Foto: CDC/ Cynthia S. Goldsmith, Russell Regnery

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio de sua Rede Genômica, concluiu o sequenciamento genético do vírus monkeypox (MPXV) coletado de uma amostra proveniente do Rio de Janeiro. A técnica permite o detalhamento do DNA do patógeno, contribuindo para um melhor entendimento do atual surto – que já ultrapassa 4.700 casos pelo mundo, segundo dados reunidos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC/EUA).

O sequenciamento foi realizado a partir do vírus detectado em amostras do primeiro caso com resultado positivo analisado pelo Laboratório de Enterovírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), chefiado pelo virologista Edson Elias. O laboratório é referência para o Ministério da Saúde para diagnóstico laboratorial de casos suspeitos da doença. O paciente, do sexo masculino, foi atendido no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz), em Manguinhos (RJ), em meados de junho.

Por meio da análise por metagenômica, utilizando a tecnologia Illumina, foi possível constatar que o vírus pertence ao clado B.1. Este é o grupo genético com a maior circulação atualmente e responsável pelo surto que já atingiu mais de 40 países. O procedimento — o primeiro realizado a partir de um caso de monkeypox do estado do Rio de Janeiro — foi conduzido pela Rede Genômica Fiocruz, sob orientação da pesquisadora Paola Resende, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do IOC.

O resultado com o genoma viral completo foi depositado no banco genômico internacional GISAID, sob o número de acesso EPI_ISL_13484458, para compartilhamento com toda a comunidade científica.

O Laboratório

Em junho de 2022, o Laboratório de Enterovírus do IOC foi formalizado como referência nacional para monkeypox, ficando responsável por analisar amostras provenientes do estado do Rio de Janeiro e de toda a região Nordeste (Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe).

Recentemente, em parceria com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS), o Laboratório promoveu treinamento em detecção do MPXV para sete países da América Latina (Bolívia, Colômbia, Equador, Paraguai, Peru, Uruguai e Venezuela), como forma de preparar a região para um possível surto da doença.

Há mais de 60 anos, o Laboratório se dedica ao estudo da poliomielite e de meningites virais, tendo desempenhado um papel importante no estudo de diversos surtos de poli e no preparo dos primeiros lotes da vacina contra a doença no Brasil. Opera na vigilância virológica das paralisias flácidas agudas, das meningites assépticas e das meningoencefalites. Referência Nacional em Enteroviroses junto ao Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde, atua no diagnóstico e participa ativamente na formação de recursos humanos.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

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