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Fiocruz e Organização Pan-Americana da Saúde promovem capacitação para diagnóstico do novo coronavírus

Especialistas do Instituto Evandro Chagas e Instituto Adolfo Lutz estão aptos para a detecção laboratorial do patógeno
Por Vinicius Ferreira31/01/2020 - Atualizado em 30/06/2022

A partir da próxima semana, o Brasil ganhará um reforço de peso na resposta nacional a uma possível introdução do novo coronavírus (2019-nCoV) no país.

Juntamente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), especialistas do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus Respiratórios para o Ministério da Saúde, promoveram a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas e do Instituto Adolfo Lutz para o diagnóstico laboratorial do patógeno.

Até o momento, duas amostras eram coletadas de cada indivíduo com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. Enquanto uma era direcionada ao Laboratório Central de Saúde Pública do estado onde o paciente estava internado, a outra era encaminhada para análise no laboratório da Fiocruz.

"Essa capacitação representa um passo importantíssimo na resposta do sistema de vigilância brasileiro diante de uma possível emergência sanitária nacional. O suporte do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde possibilitará a descentralização do diagnóstico e, consequentemente, agilidade na investigação dos casos", sinalizou o virologista Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC/Fiocruz.

Juntamente com a OPAS, especialista do IOC promove treinamento para os centros de referência regionais. Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

A atividade, realizada nesta quinta e sexta-feiras, contou com a participação do assessor regional para Doenças Virais da OPAS/OMS, Jairo Méndez. O especialista atuou diretamente no estabelecimento de protocolos de diagnóstico da infecção.

"O Brasil possui uma das mais sólidas e preparadas redes de vigilância em vírus respiratórios da América Latina. A capacitação da rede brasileira foi o primeiro passo para a implementação do diagnóstico específico nos países latino-americanos", adiantou Jairo, em alusão ao treinamento de equipes técnicas de países do Cone Sul sob representação da OPAS que será realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro.

Integração entre Fiocruz e OPAS foi fundamental para a ampliação do conhecimento diante do novo vírus. Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Na ocasião, o assessor da OPAS repassou ao Laboratório insumos específicos para diagnóstico por RT-PCR em tempo real do novo coronavírus, capaz de detectar o genoma viral.

A capacitação dos Serviços de Referência Regionais foi acompanhada de perto pela Coordenação-Geral de Laboratórios (CGLAB/SVS/MS), por meio da responsável em vírus respiratórios da pasta, Miriam Teresinha Livorati.

"A experiência acumulada da rede de referência brasileira é o nosso ponto forte. A troca de experiência é bem grande e os profissionais muito competentes. A CGLAB está dando todo o suporte necessário para que as atividades sejam aprimoradas para o diagnóstico preciso do novo vírus", comentou.

A assistente de pesquisa do Instituto Adolfo Lutz, Margarete Benega, destacou o ponto-chave do treinamento.

“O objetivo é termos o alinhamento das informações para uma resposta mais rápida para a sociedade”. A pesquisadora do Instituto Evandro Chagas, Mirleide Santos, ressaltou a experiência da rede. “A nossa troca de conhecimento possibilitará a resposta de casos suspeitos de qualquer lugar do Brasil”.

Em reunião ampliada, Presidência da Fiocruz, Diretoria do IOC, representantes do Ministério da Saúde e dos institutos de referência regionais alinharam aspectos do treinamento. Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

O Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz integra há mais de 60 anos a rede da Organização Mundial da Saúde (OMS) de centros nacionais de Influenza e desempenhou papel estratégico na busca de respostas em episódios de emergência de saúde pública, como a atuação na linha de frente em surtos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, de Influenza A (H1N1), em 2009, e de Ebola, em 2015.

Especialistas do Instituto Evandro Chagas e Instituto Adolfo Lutz estão aptos para a detecção laboratorial do patógeno
Por: 
viniciusferreira

A partir da próxima semana, o Brasil ganhará um reforço de peso na resposta nacional a uma possível introdução do novo coronavírus (2019-nCoV) no país.

Juntamente com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS), especialistas do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que atua como Centro de Referência Nacional em Vírus Respiratórios para o Ministério da Saúde, promoveram a capacitação de profissionais do Instituto Evandro Chagas e do Instituto Adolfo Lutz para o diagnóstico laboratorial do patógeno.

Até o momento, duas amostras eram coletadas de cada indivíduo com suspeita de infecção pelo novo coronavírus. Enquanto uma era direcionada ao Laboratório Central de Saúde Pública do estado onde o paciente estava internado, a outra era encaminhada para análise no laboratório da Fiocruz.

"Essa capacitação representa um passo importantíssimo na resposta do sistema de vigilância brasileiro diante de uma possível emergência sanitária nacional. O suporte do Ministério da Saúde e da Organização Pan-Americana da Saúde possibilitará a descentralização do diagnóstico e, consequentemente, agilidade na investigação dos casos", sinalizou o virologista Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC/Fiocruz.

Juntamente com a OPAS, especialista do IOC promove treinamento para os centros de referência regionais. Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

A atividade, realizada nesta quinta e sexta-feiras, contou com a participação do assessor regional para Doenças Virais da OPAS/OMS, Jairo Méndez. O especialista atuou diretamente no estabelecimento de protocolos de diagnóstico da infecção.

"O Brasil possui uma das mais sólidas e preparadas redes de vigilância em vírus respiratórios da América Latina. A capacitação da rede brasileira foi o primeiro passo para a implementação do diagnóstico específico nos países latino-americanos", adiantou Jairo, em alusão ao treinamento de equipes técnicas de países do Cone Sul sob representação da OPAS que será realizado nos dias 6 e 7 de fevereiro.

Integração entre Fiocruz e OPAS foi fundamental para a ampliação do conhecimento diante do novo vírus. Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

Na ocasião, o assessor da OPAS repassou ao Laboratório insumos específicos para diagnóstico por RT-PCR em tempo real do novo coronavírus, capaz de detectar o genoma viral.

A capacitação dos Serviços de Referência Regionais foi acompanhada de perto pela Coordenação-Geral de Laboratórios (CGLAB/SVS/MS), por meio da responsável em vírus respiratórios da pasta, Miriam Teresinha Livorati.

"A experiência acumulada da rede de referência brasileira é o nosso ponto forte. A troca de experiência é bem grande e os profissionais muito competentes. A CGLAB está dando todo o suporte necessário para que as atividades sejam aprimoradas para o diagnóstico preciso do novo vírus", comentou.

A assistente de pesquisa do Instituto Adolfo Lutz, Margarete Benega, destacou o ponto-chave do treinamento.

“O objetivo é termos o alinhamento das informações para uma resposta mais rápida para a sociedade”. A pesquisadora do Instituto Evandro Chagas, Mirleide Santos, ressaltou a experiência da rede. “A nossa troca de conhecimento possibilitará a resposta de casos suspeitos de qualquer lugar do Brasil”.

Em reunião ampliada, Presidência da Fiocruz, Diretoria do IOC, representantes do Ministério da Saúde e dos institutos de referência regionais alinharam aspectos do treinamento. Foto: Josué Damacena/IOC/Fiocruz

O Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz integra há mais de 60 anos a rede da Organização Mundial da Saúde (OMS) de centros nacionais de Influenza e desempenhou papel estratégico na busca de respostas em episódios de emergência de saúde pública, como a atuação na linha de frente em surtos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), em 2002 e 2003, de Influenza A (H1N1), em 2009, e de Ebola, em 2015.

Edição: 
Raquel Aguiar

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)