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Fotografia: uma história de ciência e de arte

daguerreDos primeiros daguerreótipos à era digital, o papel da fotografia na sociedade
Por Jornalismo IOC19/08/2008 - Atualizado em 10/12/2019

As primeiras pesquisas no campo da fotografia surgiram ainda no inicio do século XVIII. O francês Joseph Nicéphore Niépce foi o primeiro a dedicar-se a captura de imagens, de forma permanente, com o auxílio de uma câmara escura. Suas primeiras experiências utilizavam como base de fixação para a imagem uma placa de metal revestida com uma resina chamada de Betume da Judéia, que endurecia ao entrar em contato com a luz. O processo, batizado por Niépce de Heliografia, necessitava de cerca de oito horas para produzir imagens, praticamente sem meios tons.

Anos mais tarde, conheceu Louis Jacques Mandé Daguerre, inventor parisiense que desenvolvia experimentos ópticos e também era fascinado pela possibilidade de obter imagens quimicamente impressionadas. Tornaram-se sócios, mas logo se separaram, pois Daguerre abandonou o uso do betume da Judéia e passou a adotar como base para suas imagens placas de cobre revestidas de prata polida que, sensibilizadas por vapor de iodo, formava uma capa de iodeto de prata, sensível à luz.

Conta-se que Daguerre, ao deixar uma dessas placas dentro de um armário onde um termômetro de mercúrio se quebrara, percebeu que o vapor do metal era capaz de dar densidade à imagem e torná-la mais visível. Também aprendeu a utilizar, a princípio, sal de cozinha como fixador das imagens, impedindo que a luz do sol destruísse as destruísse com rapidez. Dessa forma, reduziu toda a duração do processo para alguns minutos e criou imagens mais duradouras.

Em 1939 Daguerre apresentou seu invento à Academia de Ciências e Belas Artes da França e, em troca de uma pensão anula de seis mil francos, descreveu minuciosamento o processo que havia desenvolvido. O impacto da invenção foi rápido, os daguerreótipos se multiplicaram nos grandes centros urbanos europeus. Nas artes, levaram importantes pintores da época, como Dellaroche, a afirmar A pintura morreu, sentimento fundamental para o surgimento do movimento impressionista.

Durante o resto do século XIX e XX a fotografia se desenvolveu, o papel substituiu o metal como substrato, as químicas e os equipamentos avançaram, surgiram máquinas instantâneas, filmes coloridos e a foto ganhou importância nas artes, na ciência e em todas as áreas do conhecimento humano. Na ciência, se uniu à ilustração tradicional, facilitando seu trabalho, completando-a, e desempenhou importante papel na divulgação da ciência e na promoção da saúde pública e do meio ambiente. Nas últimas décadas, o avanço da digitalização, apesar de reduzir cada vez mais o espaço do processo tradicional e de seus delicados procedimentos de revelação, permitiu a fotografia atingir uma importância e um papel jamais antes experimentado.

daguerreDos primeiros daguerreótipos à era digital, o papel da fotografia na sociedade
Por: 
jornalismo

As primeiras pesquisas no campo da fotografia surgiram ainda no inicio do século XVIII. O francês Joseph Nicéphore Niépce foi o primeiro a dedicar-se a captura de imagens, de forma permanente, com o auxílio de uma câmara escura. Suas primeiras experiências utilizavam como base de fixação para a imagem uma placa de metal revestida com uma resina chamada de Betume da Judéia, que endurecia ao entrar em contato com a luz. O processo, batizado por Niépce de Heliografia, necessitava de cerca de oito horas para produzir imagens, praticamente sem meios tons.

Anos mais tarde, conheceu Louis Jacques Mandé Daguerre, inventor parisiense que desenvolvia experimentos ópticos e também era fascinado pela possibilidade de obter imagens quimicamente impressionadas. Tornaram-se sócios, mas logo se separaram, pois Daguerre abandonou o uso do betume da Judéia e passou a adotar como base para suas imagens placas de cobre revestidas de prata polida que, sensibilizadas por vapor de iodo, formava uma capa de iodeto de prata, sensível à luz.

Conta-se que Daguerre, ao deixar uma dessas placas dentro de um armário onde um termômetro de mercúrio se quebrara, percebeu que o vapor do metal era capaz de dar densidade à imagem e torná-la mais visível. Também aprendeu a utilizar, a princípio, sal de cozinha como fixador das imagens, impedindo que a luz do sol destruísse as destruísse com rapidez. Dessa forma, reduziu toda a duração do processo para alguns minutos e criou imagens mais duradouras.

Em 1939 Daguerre apresentou seu invento à Academia de Ciências e Belas Artes da França e, em troca de uma pensão anula de seis mil francos, descreveu minuciosamento o processo que havia desenvolvido. O impacto da invenção foi rápido, os daguerreótipos se multiplicaram nos grandes centros urbanos europeus. Nas artes, levaram importantes pintores da época, como Dellaroche, a afirmar A pintura morreu, sentimento fundamental para o surgimento do movimento impressionista.

Durante o resto do século XIX e XX a fotografia se desenvolveu, o papel substituiu o metal como substrato, as químicas e os equipamentos avançaram, surgiram máquinas instantâneas, filmes coloridos e a foto ganhou importância nas artes, na ciência e em todas as áreas do conhecimento humano. Na ciência, se uniu à ilustração tradicional, facilitando seu trabalho, completando-a, e desempenhou importante papel na divulgação da ciência e na promoção da saúde pública e do meio ambiente. Nas últimas décadas, o avanço da digitalização, apesar de reduzir cada vez mais o espaço do processo tradicional e de seus delicados procedimentos de revelação, permitiu a fotografia atingir uma importância e um papel jamais antes experimentado.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)