A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) anunciou nesta terça-feira (12) que o Brasil está, novamente, livre do sarampo.
O certificado oficial foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Em cerimônia na sede da Opas, em Brasília, também nesta terça, pesquisadores e autoridades da saúde que contribuíram diretamente para a reconquista da certificação foram homenageados pela entidade.
Participaram da solenidade o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, a representante da entidade no Brasil, Socorro Gross, e a ministra Nísia.
A virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi uma das agraciadas. O Laboratório atua como referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Organização Mundial da Saúde (OMS) em rubéola e sarampo.
Em 2016, o Brasil havia alcançado o status de país livre do sarampo. No entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Agora, a recertificação marca a recuperação do status das Américas como uma região livre de sarampo endêmico.
A eliminação do sarampo é fruto de um esforço iniciado em 1991, a partir da criação do então Programa Nacional de Controle do Sarampo, do qual o Laboratório do IOC faz parte desde o início, contribuindo para a definição de estratégias para controlar e, posteriormente, eliminar o agravo.
Durante essas mais de três décadas, o Laboratório tem atuado na capacitação dos profissionais responsáveis pela vigilância epidemiológica e laboratorial do sarampo nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), com objetivo de garantir o correto diagnóstico e interpretação dos resultados de exames, além de prestar assessoria técnica para diversos países da América Latina.
A equipe também participa de reuniões e encontros com autoridades locais e internacionais, elabora documentos técnicos e artigos científicos e orienta dezenas de mestres e doutores na produção de teses e dissertações.
Como referência nacional para o agravo, o Laboratório contribuiu na elaboração dos relatórios sobre as evidências dos casos diagnosticados no país apresentados pelo Ministério da Saúde ao Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola, com o objetivo de retomar a certificação.
“Foi duro perder a certificação há cinco anos. Tivemos a introdução de casos importados que acabaram infectando brasileiros não imunizados. Toda a população precisa estar alerta. Essa é uma doença muito séria, de rápida propagação e que afeta principalmente as nossas crianças. Nos últimos anos, o mundo tem sido bombardeado por informações falsas sobre vacinação. Vacinas salvam milhões de vidas todos os anos”, frisou Marilda.
“Mesmo com a notícia da reconquista da eliminação do sarampo, a vigilância não vai parar. Precisamos continuar em alerta. Como ainda há incidência da doença no exterior, existe a possibilidade de importação de casos. Os responsáveis precisam manter o calendário de vacinação das crianças em dia", completou a virologista.
A Opas ressalta que o sarampo é uma das doenças mais contagiosas. O vírus é transmitido por secreções procedentes do nariz, boca e garganta de pessoas infectadas.
Os sintomas consistem em febre alta, erupção (manchas na pele) generalizada em todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. A infecção pode causar complicações graves, tais como cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.
A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS) anunciou nesta terça-feira (12) que o Brasil está, novamente, livre do sarampo.
O certificado oficial foi entregue ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e à ministra da Saúde, Nísia Trindade.
Em cerimônia na sede da Opas, em Brasília, também nesta terça, pesquisadores e autoridades da saúde que contribuíram diretamente para a reconquista da certificação foram homenageados pela entidade.
Participaram da solenidade o diretor da Opas, Jarbas Barbosa, a representante da entidade no Brasil, Socorro Gross, e a ministra Nísia.
A virologista Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), foi uma das agraciadas. O Laboratório atua como referência nacional para o Ministério da Saúde e regional para a Organização Mundial da Saúde (OMS) em rubéola e sarampo.
Em 2016, o Brasil havia alcançado o status de país livre do sarampo. No entanto, em 2018, as baixas coberturas vacinais permitiram a reintrodução do vírus no país. Agora, a recertificação marca a recuperação do status das Américas como uma região livre de sarampo endêmico.
A eliminação do sarampo é fruto de um esforço iniciado em 1991, a partir da criação do então Programa Nacional de Controle do Sarampo, do qual o Laboratório do IOC faz parte desde o início, contribuindo para a definição de estratégias para controlar e, posteriormente, eliminar o agravo.
Durante essas mais de três décadas, o Laboratório tem atuado na capacitação dos profissionais responsáveis pela vigilância epidemiológica e laboratorial do sarampo nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens), com objetivo de garantir o correto diagnóstico e interpretação dos resultados de exames, além de prestar assessoria técnica para diversos países da América Latina.
A equipe também participa de reuniões e encontros com autoridades locais e internacionais, elabora documentos técnicos e artigos científicos e orienta dezenas de mestres e doutores na produção de teses e dissertações.
Como referência nacional para o agravo, o Laboratório contribuiu na elaboração dos relatórios sobre as evidências dos casos diagnosticados no país apresentados pelo Ministério da Saúde ao Comitê Internacional de Especialistas para Eliminação do Sarampo e Rubéola, com o objetivo de retomar a certificação.
“Foi duro perder a certificação há cinco anos. Tivemos a introdução de casos importados que acabaram infectando brasileiros não imunizados. Toda a população precisa estar alerta. Essa é uma doença muito séria, de rápida propagação e que afeta principalmente as nossas crianças. Nos últimos anos, o mundo tem sido bombardeado por informações falsas sobre vacinação. Vacinas salvam milhões de vidas todos os anos”, frisou Marilda.
“Mesmo com a notícia da reconquista da eliminação do sarampo, a vigilância não vai parar. Precisamos continuar em alerta. Como ainda há incidência da doença no exterior, existe a possibilidade de importação de casos. Os responsáveis precisam manter o calendário de vacinação das crianças em dia", completou a virologista.
A Opas ressalta que o sarampo é uma das doenças mais contagiosas. O vírus é transmitido por secreções procedentes do nariz, boca e garganta de pessoas infectadas.
Os sintomas consistem em febre alta, erupção (manchas na pele) generalizada em todo o corpo, congestão nasal e irritação ocular. A infecção pode causar complicações graves, tais como cegueira, encefalite, diarreia intensa, infecções do ouvido e pneumonia, sobretudo em crianças com problemas de nutrição e pacientes imunodeprimidos.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)