Entre 17 e 20 de setembro, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com apoio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), proporcionou treinamento avançado em bioinformática para pesquisadores da Rede Genômica Fiocruz.
Conduzido por Kimihito Ito, do Instituto Internacional de Controle de Zoonoses da Universidade de Hokkaido (Japão), o ‘Workshop on the Mathematical Modelling of Variant Replacement of Infectious Diseases Pathogens’ abordou metodologias em modelagem matemática que permitem prever tendências epidemiológicas de organismos infecciosos, como o SARS-CoV-2 — vírus responsável pela Covid-19.
"Desenvolvi um programa que prevê os prazos de substituição de variantes de organismos infecciosos usando a razão entre os números de reprodução para duas variantes diferentes. A partir desses dados é possível prever quando novas variantes podem substituir as antigas e, assim, entender o desenvolvimento de doenças, suas principais tendências e avaliar a eficácia de medidas de controle", explicou o pesquisador.
Chamada de ‘RelRe’, a ferramenta foi apresentada aos participantes da Rede Genômica Fiocruz, que receberam treinamento prático.
“É um conhecimento que, sem dúvidas, será de grande utilidade para a Rede” , ressaltou Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, que organizou a oficina em parceria com o Laboratório de Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto.
“Nossa colaboração com o Kimihito Ito foi iniciada em 2021, durante a pandemia da Covid-19, com a identificação da variante gama na Região Norte do Brasil. Agora, com o financiamento da JICA, finalmente tivemos esse encontro presencial, com ainda mais trocas científicas”, completou Marilda.
A diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, que prestigiou o primeiro dia da oficina, destacou o perfil de cooperação interinstitucional da iniciativa.
“É muito bom ver, reunidos nesta sala, grandes especialistas em genômica, vindos de diferentes unidades da Fiocruz pelo Brasil. Essa parceria com o Japão fortalece ainda mais o nosso fazer científico e a capacidade de enfrentar ameaças globais”, afirmou.
A cooperação Brasil-Japão foi também enfatizada pelo consultor científico da JICA, Shigeyuki Itamura, que reforçou a necessidade de colaborações em um cenário contemporâneo no qual há rápida disseminação de doenças infecciosas.
“Brasil e Japão podem ser diferentes em clima e geografia, mas compartilham desafios comuns no enfrentamento de doenças infecciosas. Quando estive aqui na Fiocruz, no ano passado, percebi que tínhamos muitos objetivos em comum e que, se trabalhássemos juntos, conseguiríamos alcançar resultados mais profundos”, refletiu.
Desde 2023, a JICA tem financiado a ida de pesquisadores brasileiros ao Japão para aprofundarem conhecimentos em ferramentas de análise e técnicas de bioinformática usadas no país asiático.
“Temos a expectativa de enviar cerca de 15 pesquisadores da Rede Genômica Fiocruz ao Japão ao longo desses três anos de projeto, garantindo uma troca constante de experiências entre os países”, compartilhou Marilda Siqueira.
O workshop foi finalizado com seminário apresentado em sessão extraordinária do Centro de Estudos, no dia 20/09.
O pesquisador Kimihito Ito discutiu o tema ‘Predicting the trajectory of replacements of SARS-CoV-2 variants using relative reproduction numbers’ (em tradução livre, ‘Prevendo a trajetória de substituições de variantes do SARS-CoV-2 usando números de reprodução relativa’). A mediação ficou a cargo de Siqueira.
Assista:
Entre 17 e 20 de setembro, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), com apoio da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA), proporcionou treinamento avançado em bioinformática para pesquisadores da Rede Genômica Fiocruz.
Conduzido por Kimihito Ito, do Instituto Internacional de Controle de Zoonoses da Universidade de Hokkaido (Japão), o ‘Workshop on the Mathematical Modelling of Variant Replacement of Infectious Diseases Pathogens’ abordou metodologias em modelagem matemática que permitem prever tendências epidemiológicas de organismos infecciosos, como o SARS-CoV-2 — vírus responsável pela Covid-19.
"Desenvolvi um programa que prevê os prazos de substituição de variantes de organismos infecciosos usando a razão entre os números de reprodução para duas variantes diferentes. A partir desses dados é possível prever quando novas variantes podem substituir as antigas e, assim, entender o desenvolvimento de doenças, suas principais tendências e avaliar a eficácia de medidas de controle", explicou o pesquisador.
Chamada de ‘RelRe’, a ferramenta foi apresentada aos participantes da Rede Genômica Fiocruz, que receberam treinamento prático.
“É um conhecimento que, sem dúvidas, será de grande utilidade para a Rede” , ressaltou Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do IOC, que organizou a oficina em parceria com o Laboratório de Laboratório de Arbovírus e Vírus Hemorrágicos do Instituto.
“Nossa colaboração com o Kimihito Ito foi iniciada em 2021, durante a pandemia da Covid-19, com a identificação da variante gama na Região Norte do Brasil. Agora, com o financiamento da JICA, finalmente tivemos esse encontro presencial, com ainda mais trocas científicas”, completou Marilda.
A diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, que prestigiou o primeiro dia da oficina, destacou o perfil de cooperação interinstitucional da iniciativa.
“É muito bom ver, reunidos nesta sala, grandes especialistas em genômica, vindos de diferentes unidades da Fiocruz pelo Brasil. Essa parceria com o Japão fortalece ainda mais o nosso fazer científico e a capacidade de enfrentar ameaças globais”, afirmou.
A cooperação Brasil-Japão foi também enfatizada pelo consultor científico da JICA, Shigeyuki Itamura, que reforçou a necessidade de colaborações em um cenário contemporâneo no qual há rápida disseminação de doenças infecciosas.
“Brasil e Japão podem ser diferentes em clima e geografia, mas compartilham desafios comuns no enfrentamento de doenças infecciosas. Quando estive aqui na Fiocruz, no ano passado, percebi que tínhamos muitos objetivos em comum e que, se trabalhássemos juntos, conseguiríamos alcançar resultados mais profundos”, refletiu.
Desde 2023, a JICA tem financiado a ida de pesquisadores brasileiros ao Japão para aprofundarem conhecimentos em ferramentas de análise e técnicas de bioinformática usadas no país asiático.
“Temos a expectativa de enviar cerca de 15 pesquisadores da Rede Genômica Fiocruz ao Japão ao longo desses três anos de projeto, garantindo uma troca constante de experiências entre os países”, compartilhou Marilda Siqueira.
O workshop foi finalizado com seminário apresentado em sessão extraordinária do Centro de Estudos, no dia 20/09.
O pesquisador Kimihito Ito discutiu o tema ‘Predicting the trajectory of replacements of SARS-CoV-2 variants using relative reproduction numbers’ (em tradução livre, ‘Prevendo a trajetória de substituições de variantes do SARS-CoV-2 usando números de reprodução relativa’). A mediação ficou a cargo de Siqueira.
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)