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Instituto participa de encontro para fortalecimento de vigilância e resposta a emergências provocadas por influenza animal

Tendo em vista os recentes surtos de H5N1 em aves e mamíferos, reunião organizada pela OPAS identificou os principais aspectos para o enfrentamento do vírus
Por Max Gomes17/03/2023 - Atualizado em 03/04/2023
Encontro reuniu representantes de oito países da América para discussões sobre influenza animal, como foco nos recentes surtos de H5N1. Foto: Reprodução

Especialistas em ambiente, saúde humana e animal de países do continente americano se reuniram entre os dias 14 e 16 de março, no Rio de Janeiro, para discutir as atuais diretrizes sobre influenza de origem animal, visando fortalecer a capacidade da região em detectar e responder a possíveis surtos causados por esse patógeno. 

O encontro – promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) – foi fundamentado no aumento de casos de influenza A em animais, provocados pelo subtipo H5N1, que tem acometido aves e alguns grupos de mamíferos em diferentes localidades pelo mundo. 

Apesar de já possuir ampla circulação, o vírus tem alcançado novos territórios nas Américas, sendo detectado em aves e mamíferos em vários países. No entanto, em humanos, apenas dois casos de H5N1 foram registrados no continente: nos Estados Unidos e no Equador. É a primeira vez, desde sua descoberta, que o vírus é encontrado em um país da América do Sul. 

“Durante a reunião, foram discutidas várias ferramentas que precisam ser padronizadas para que os países possam realizar ações e análises em conjunto”, compartilhou Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). 


Marilda Siqueira (terceira da esquerda para direita) ao lado de especialistas. Foto: Acervo pessoal 

“Esteve em foco a preparação para o diagnóstico laboratorial dos casos suspeitos de influenza aviária pelos laboratórios que integram a rede de trabalho coordenada pela OPAS. Também foi destacada a sustentabilidade das atividades de detecção precoce desses casos, e a preparação de protocolos para uma vigilância epidemiológica em diferentes níveis, em trabalho conjunto com os setores de agricultura e do meio ambiente”, completou. 

A pesquisadora participou do encontro representando o Brasil, no âmbito de Laboratórios de Referência, ao lado de Greice Madeleine Ikeda do Carmo, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. 

Participaram também profissionais dos serviços de saúde e agricultura da Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala e México. Membros de instituições internacionais, como a Organização Mundial de Saúde Animal e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), também estiveram presentes, bem como representantes técnicos de centros colaboradores da OMS. 

“Essa preparação visa a integração de ações de diversos setores que atuam em saúde humana, animal e do meio ambiente. É importante termos protocolos de uso comum facilmente compreendidos em todos os níveis, bem como plataformas integradas de informação. Essas ações incluem também a capacitação de recursos humanos para que todos trabalhem de forma alinhada e saibam responder, de acordo com a sua área de atuação, no momento em que um caso suspeito, tanto animal quanto humano, seja detectado”, concluiu. 

Tendo em vista os recentes surtos de H5N1 em aves e mamíferos, reunião organizada pela OPAS identificou os principais aspectos para o enfrentamento do vírus
Por: 
max.gomes
Encontro reuniu representantes de oito países da América para discussões sobre influenza animal, como foco nos recentes surtos de H5N1. Foto: Reprodução

Especialistas em ambiente, saúde humana e animal de países do continente americano se reuniram entre os dias 14 e 16 de março, no Rio de Janeiro, para discutir as atuais diretrizes sobre influenza de origem animal, visando fortalecer a capacidade da região em detectar e responder a possíveis surtos causados por esse patógeno. 

O encontro – promovido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), Organização Mundial da Saúde (OMS) e Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (PANAFTOSA) – foi fundamentado no aumento de casos de influenza A em animais, provocados pelo subtipo H5N1, que tem acometido aves e alguns grupos de mamíferos em diferentes localidades pelo mundo. 

Apesar de já possuir ampla circulação, o vírus tem alcançado novos territórios nas Américas, sendo detectado em aves e mamíferos em vários países. No entanto, em humanos, apenas dois casos de H5N1 foram registrados no continente: nos Estados Unidos e no Equador. É a primeira vez, desde sua descoberta, que o vírus é encontrado em um país da América do Sul. 

“Durante a reunião, foram discutidas várias ferramentas que precisam ser padronizadas para que os países possam realizar ações e análises em conjunto”, compartilhou Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). 


Marilda Siqueira (terceira da esquerda para direita) ao lado de especialistas. Foto: Acervo pessoal 

“Esteve em foco a preparação para o diagnóstico laboratorial dos casos suspeitos de influenza aviária pelos laboratórios que integram a rede de trabalho coordenada pela OPAS. Também foi destacada a sustentabilidade das atividades de detecção precoce desses casos, e a preparação de protocolos para uma vigilância epidemiológica em diferentes níveis, em trabalho conjunto com os setores de agricultura e do meio ambiente”, completou. 

A pesquisadora participou do encontro representando o Brasil, no âmbito de Laboratórios de Referência, ao lado de Greice Madeleine Ikeda do Carmo, da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde. 

Participaram também profissionais dos serviços de saúde e agricultura da Argentina, Canadá, Chile, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala e México. Membros de instituições internacionais, como a Organização Mundial de Saúde Animal e a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO, na sigla em inglês), também estiveram presentes, bem como representantes técnicos de centros colaboradores da OMS. 

“Essa preparação visa a integração de ações de diversos setores que atuam em saúde humana, animal e do meio ambiente. É importante termos protocolos de uso comum facilmente compreendidos em todos os níveis, bem como plataformas integradas de informação. Essas ações incluem também a capacitação de recursos humanos para que todos trabalhem de forma alinhada e saibam responder, de acordo com a sua área de atuação, no momento em que um caso suspeito, tanto animal quanto humano, seja detectado”, concluiu. 

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)