O conteúdo desse portal pode ser acessível em Libras usando o VLibras
Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.

vw_cabecalho_novo

Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » As interfaces da cognição nos sistemas imune e nervoso

As interfaces da cognição nos sistemas imune e nervoso

1ª Jornada Fluminense sobre Cognição Imune e Neural enfatizou a necessidade de interação entre as áreas biomédicas como estímulo a ampliação de paradigmas e incentivo à criatividade na pesquisa
Por Jornalismo IOC13/08/2009 - Atualizado em 10/12/2019

Quatro neurocientistas e quatro imunologistas tiveram a cognição como tema proposto para iniciar um grande debate, diante de uma plateia de pesquisadores, professores e estudantes, nesta terça-feira (11/08). Este foi o desafio da 1ª Jornada Fluminense sobre Cognição Imune e Neural, promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pela Academia Fluminense de Medicina, com apoio da Faperj, que fomentou a interlocução entres estas duas áreas biomédicas.

 Peter Ilicciev

 

 Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro (IOC/Fiocruz) durante a palestra Uso do Repertório de Imagens Internas na Cognição Imune e Neural

As discussões foram amplas envolvendo desde exposições sobre as relações entre os sistemas neurais, imune e endócrino no nível molecular ao questionamento acerca da influência dos sentimentos e dos estressores nas reações do sistema imune sob o ponto de vista de experimentador veterinário, passando pela exposição de um quadro inovador dos distúrbios de comportamento, humor e personalidade, feita por um médico psiquiatra. Durante as palestras e plenárias houve sintonia na fala dos expositores quanto à necessidade de ampliar as relações entre estes campos de conhecimento.

 Peter Ilicciev

 

 O pesquisador Wilson Savino (Fiocruz) explica a relação entre os sistemas imune e nervoso por meio das moléculas de sintaxe e conexões neuroimuno-endócrinas

De acordo com o imunologista Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisas em Malária do IOC e coordenador da jornada junto com o Neurocientista Luiz Carlos de Lima Silveira da UFPA, “o encontro foi uma oportunidade para colocar em xeque o dilema da produção de conhecimento baseada na superespecialização, um contexto do qual não é mais possível fugir. Aumentamos o número de especialidades, de subáreas das ciências médicas e biomédicas. Hoje não temos mais a figura do grande generalista. Ao mesmo tempo que esta perspectiva nos possibilita ir mais fundo no estudo dos assuntos, ela torna mandatória a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade (como no caso da Jornada) para permitir a geração de insigths criativos e o enriquecimento, e mesmo a reformatação, dos paradigmas com os quais trabalhamos olhando do alto de nossas competências específicas”, pontua.

A perspectiva é compartilhada pelo neurocientista da UFRJ Roberto Lent: “Estou maravilhado com a gama de possibilidades que eventos desta grandeza nos mostram, pois nos acostumamos a uma abordagem da ciência muito focal, reducionista. Quem sabe do sistema nervoso, não sabe nada de sistema imune ou não sabe nada do sistema cardiovascular e eles têm muito em comum. Entretanto, nós pesquisadores temos dificuldade em trabalhar em um mar de conhecimento como o atual, por isso nos habituamos a focar e mergulhar e isso não nos deixa olhar para os lados. Este tipo de evento é uma necessidade. Isso pode ser percebido pelo interesse do público e pela interação com as perguntas”, afirma.

Walter Sena, aluno do 9º período de Medicina da UFRJ e bolsista do laboratório de Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva avaliou a jornada como um momento de integração. “Foi muito proveitoso participar destas discussões e poder fazer contatos com pesquisadores de outras áreas, que nem sempre teria oportunidade de conhecer. Aprendi muito aqui”, relata.

Pâmela Pinto

13/08/09

.


 

1ª Jornada Fluminense sobre Cognição Imune e Neural enfatizou a necessidade de interação entre as áreas biomédicas como estímulo a ampliação de paradigmas e incentivo à criatividade na pesquisa
Por: 
jornalismo

Quatro neurocientistas e quatro imunologistas tiveram a cognição como tema proposto para iniciar um grande debate, diante de uma plateia de pesquisadores, professores e estudantes, nesta terça-feira (11/08). Este foi o desafio da 1ª Jornada Fluminense sobre Cognição Imune e Neural, promovida pelo Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e pela Academia Fluminense de Medicina, com apoio da Faperj, que fomentou a interlocução entres estas duas áreas biomédicas.

 Peter Ilicciev

 

 Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro (IOC/Fiocruz) durante a palestra Uso do Repertório de Imagens Internas na Cognição Imune e Neural

As discussões foram amplas envolvendo desde exposições sobre as relações entre os sistemas neurais, imune e endócrino no nível molecular ao questionamento acerca da influência dos sentimentos e dos estressores nas reações do sistema imune sob o ponto de vista de experimentador veterinário, passando pela exposição de um quadro inovador dos distúrbios de comportamento, humor e personalidade, feita por um médico psiquiatra. Durante as palestras e plenárias houve sintonia na fala dos expositores quanto à necessidade de ampliar as relações entre estes campos de conhecimento.

 Peter Ilicciev

 

 O pesquisador Wilson Savino (Fiocruz) explica a relação entre os sistemas imune e nervoso por meio das moléculas de sintaxe e conexões neuroimuno-endócrinas

De acordo com o imunologista Cláudio Tadeu Daniel-Ribeiro, chefe do Laboratório de Pesquisas em Malária do IOC e coordenador da jornada junto com o Neurocientista Luiz Carlos de Lima Silveira da UFPA, “o encontro foi uma oportunidade para colocar em xeque o dilema da produção de conhecimento baseada na superespecialização, um contexto do qual não é mais possível fugir. Aumentamos o número de especialidades, de subáreas das ciências médicas e biomédicas. Hoje não temos mais a figura do grande generalista. Ao mesmo tempo que esta perspectiva nos possibilita ir mais fundo no estudo dos assuntos, ela torna mandatória a interdisciplinaridade e transdisciplinaridade (como no caso da Jornada) para permitir a geração de insigths criativos e o enriquecimento, e mesmo a reformatação, dos paradigmas com os quais trabalhamos olhando do alto de nossas competências específicas”, pontua.

A perspectiva é compartilhada pelo neurocientista da UFRJ Roberto Lent: “Estou maravilhado com a gama de possibilidades que eventos desta grandeza nos mostram, pois nos acostumamos a uma abordagem da ciência muito focal, reducionista. Quem sabe do sistema nervoso, não sabe nada de sistema imune ou não sabe nada do sistema cardiovascular e eles têm muito em comum. Entretanto, nós pesquisadores temos dificuldade em trabalhar em um mar de conhecimento como o atual, por isso nos habituamos a focar e mergulhar e isso não nos deixa olhar para os lados. Este tipo de evento é uma necessidade. Isso pode ser percebido pelo interesse do público e pela interação com as perguntas”, afirma.

Walter Sena, aluno do 9º período de Medicina da UFRJ e bolsista do laboratório de Neuropsicologia e Reabilitação Cognitiva avaliou a jornada como um momento de integração. “Foi muito proveitoso participar destas discussões e poder fazer contatos com pesquisadores de outras áreas, que nem sempre teria oportunidade de conhecer. Aprendi muito aqui”, relata.

Pâmela Pinto

13/08/09

.



 

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)

Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.