Portuguese English Spanish
Interface
Adjust the interface to make it easier to use for different conditions.
This renders the document in high contrast mode.
This renders the document as white on black
This can help those with trouble processing rapid screen movements.
This loads a font easier to read for people with dyslexia.
Busca Avançada
Você está aqui: Notícias » Investimento no trabalho com animais silvestres

Investimento no trabalho com animais silvestres

Pesquisadores recebem treinamento especializado para captura e manejo de animais silvestres. Eles são importantes focos de pesquisa por atuar como reservatórios, mantendo o ciclo de diversas doenças
Por Jornalismo IOC06/10/2010 - Atualizado em 10/12/2019

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participam nesta semana do II Curso Básico de Biossegurança na Captura e Manuseio de Pequenos Mamíferos Silvestres realizado pela Comissão Interna de Biossegurança do IOC. O objetivo da iniciativa, que é coordenada pelos pesquisadores Elba Lemos e Paulo D’Andrea, é fazer com que os envolvidos em pesquisas de campo sejam treinados nas práticas adequadas de captura e manejo de animais silvestres, garantindo o bem-estar dos animais e reduzindo os riscos de acidentes.

 Laboratório de Hantaviroses e Rickettioses

 

 Colocação de armadilha contendo isca


“Acredito que por mais que o profissional tenha equipamentos excelentes, o conhecimento é fundamental para torná-lo mais sensibilizado sobre os procedimentos corretos”, destaca Elba, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettioses . A coordenadora do curso ressalta ainda que, no manuseio destes animais, é necessário levar em consideração o risco biológico de se adquirir uma infecção, seja por contato direto – com tecidos e secreção, por exemplo –, ou indireto, por meio de contato com uma pulga, carrapato ou outro agente intermediário.

“Conduzir um trabalho em campo é muito mais complexo do que no ambiente de laboratório. Há que se redobrar a atenção e reduzir os riscos”, sublinha Elba. Ela citou o exemplo de um fotógrafo que foi acompanhar um trabalho de campo de pesquisadores no Mato Grosso. “Para fotografar uma pegada de felino, ele acabou aproximando o rosto do solo. Com isso, inalou uma secreção do animal, no tempo seco da região do Centro-Oeste, e adoeceu de forma grave.” O fotógrafo ficou hospitalizado por dias com febre e mal-estar.

No curso, Maria Eveline de Castro Pereira, da CIBio/IOC, é responsável pelo módulo sobre uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e vestuário do trabalho de campo com animais silvestres. “Biossegurança tem muito a ver com ética e relação de alteridade. Você tem que saber manusear os equipamentos e se responsabilizar pela descontaminação e descarte dos mesmos”, adverte.

Temas abordados

O curso inclui tópicos como a importância da biossegurança no trabalho de campo com captura de animais silvestres e o risco de zoonose; orientações básicas sobre primeiros socorros durante trabalho de campo, vacinação e geomedicina; captura e manuseio de pequenos mamíferos silvestres - biossegurança nos procedimentos de campo; artrópodes associados a zoonoses e distribuição no território brasileiro; a importância dos insetos como vetores de doença nas atividades de campo, com ênfase em flebotomíneos e anofelinos; a importância de coleções científicas de mamíferos, em especial dos pequenos mamíferos, no conhecimento e controle das zoonoses; e a contribuição da taxonomia clássica à molecular na vigilância de zoonoses.

João Paulo Soldati

05/10/2010


Pesquisadores recebem treinamento especializado para captura e manejo de animais silvestres. Eles são importantes focos de pesquisa por atuar como reservatórios, mantendo o ciclo de diversas doenças
Por: 
jornalismo

Pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) participam nesta semana do II Curso Básico de Biossegurança na Captura e Manuseio de Pequenos Mamíferos Silvestres realizado pela Comissão Interna de Biossegurança do IOC. O objetivo da iniciativa, que é coordenada pelos pesquisadores Elba Lemos e Paulo D’Andrea, é fazer com que os envolvidos em pesquisas de campo sejam treinados nas práticas adequadas de captura e manejo de animais silvestres, garantindo o bem-estar dos animais e reduzindo os riscos de acidentes.


 Laboratório de Hantaviroses e Rickettioses

 

 Colocação de armadilha contendo isca



“Acredito que por mais que o profissional tenha equipamentos excelentes, o conhecimento é fundamental para torná-lo mais sensibilizado sobre os procedimentos corretos”, destaca Elba, chefe do Laboratório de Hantaviroses e Rickettioses . A coordenadora do curso ressalta ainda que, no manuseio destes animais, é necessário levar em consideração o risco biológico de se adquirir uma infecção, seja por contato direto – com tecidos e secreção, por exemplo –, ou indireto, por meio de contato com uma pulga, carrapato ou outro agente intermediário.

“Conduzir um trabalho em campo é muito mais complexo do que no ambiente de laboratório. Há que se redobrar a atenção e reduzir os riscos”, sublinha Elba. Ela citou o exemplo de um fotógrafo que foi acompanhar um trabalho de campo de pesquisadores no Mato Grosso. “Para fotografar uma pegada de felino, ele acabou aproximando o rosto do solo. Com isso, inalou uma secreção do animal, no tempo seco da região do Centro-Oeste, e adoeceu de forma grave.” O fotógrafo ficou hospitalizado por dias com febre e mal-estar.

No curso, Maria Eveline de Castro Pereira, da CIBio/IOC, é responsável pelo módulo sobre uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e vestuário do trabalho de campo com animais silvestres. “Biossegurança tem muito a ver com ética e relação de alteridade. Você tem que saber manusear os equipamentos e se responsabilizar pela descontaminação e descarte dos mesmos”, adverte.

Temas abordados

O curso inclui tópicos como a importância da biossegurança no trabalho de campo com captura de animais silvestres e o risco de zoonose; orientações básicas sobre primeiros socorros durante trabalho de campo, vacinação e geomedicina; captura e manuseio de pequenos mamíferos silvestres - biossegurança nos procedimentos de campo; artrópodes associados a zoonoses e distribuição no território brasileiro; a importância dos insetos como vetores de doença nas atividades de campo, com ênfase em flebotomíneos e anofelinos; a importância de coleções científicas de mamíferos, em especial dos pequenos mamíferos, no conhecimento e controle das zoonoses; e a contribuição da taxonomia clássica à molecular na vigilância de zoonoses.

João Paulo Soldati

05/10/2010


Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)