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IOC deposita sequências genéticas brasileiras do vírus influenza A (H1N1)

Análise permite acompanhamento evolutivo do vírus. Ao lado, imagem reproduz trecho de uma das sequências identificadas
Por Raquel Aguiar16/05/2009 - Atualizado em 18/03/2021

As primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) mapeadas no Brasil acabam de ser depositadas por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O depósito foi feito hoje, 15 de maio, no banco de informações genéticas do National Center for Biotechnology Information (NCBI), baseado no National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos. O banco reúne sequências genéticas de quase todos os organismos conhecidos, incluindo o genoma humano.

A colaboração com a comunidade científica internacional é uma das prioridades dos pesquisadores do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, que integra a rede de vigilância liderada pelo Ministério da Saúde e atua como referência nacional para influenza, realizando o diagnóstico da doença no país. Trata-se do mapeamento parcial dos vírus detectados em três pacientes - dois do Rio de Janeiro e um de Minas Gerais -, todos diagnosticados no laboratório.

Trechos do sequenciamento genético de amostra do vírus influenza A(H1N1), de caso confirmado no Rio de Janeiro. O código genético do vírus circulante no Brasil foi sequenciado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Foto: National Center for Biotechnology Information

Um dos principais desdobramentos do sequenciamento é a possibilidade de comparar os vírus detectados no país entre si e em relação aos vírus detectados em outras partes do mundo. “Uma análise preliminar mostrou que o vírus encontrado nos casos brasileiros são conservados entre si e, quando comparados com sequências depositadas por outros países, vemos que eles mantêm as mesmas características, ou seja, não existe indicativo de variação em relação ao vírus que circula em outras localidades”, aponta Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC. Segundo o especialista, o sequenciamento genético é uma ferramenta fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico.

As sequências genéticas parciais dos casos brasileiros foram submetidas ontem e, após avaliação pelo NCBI, foram publicadas hoje. Anteriormente, já haviam sido efetuados depósitos de sequências genéticas do influenza A (H1N1) por EUA, Canadá, Alemanha e Suíça, entre outros países.

Os pesquisadores optaram por sequenciar o gene da proteína de matriz (Proteína M) do vírus. Como o genoma do vírus influenza é segmentado – não é formado por uma sequência única de RNA, mas por oito segmentos –, foi escolhido o gene da proteína M, uma das mais importantes na estrutura viral. “Por ser um vírus segmentado, cada um dos oito genes evoluem de maneira distinta. A proteína M é uma proteína estrutural importante, a mais abundante na composição do vírus, capaz de codificar a síntese de duas proteínas. Por isso, ela é usada como  marcador para presença ou ausência de influenza A nos procedimentos de diagnóstico”, explica. Os pesquisadores aguardam a chegada de insumos para dar continuidade ao sequenciamento de outros genes do vírus. Mais quatro genes serão sequenciados: neuraminidase, hemaglutinina, NS e PB1. 

O IOC atua como Laboratório de Referência Nacional para Influenza, credenciado pelo Ministério da Saúde, e integra há mais de 50 anos a rede da Organização Mundial da Saúde (OMS) de centros nacionais de influenza. A rede nacional de laboratórios de vigilância em influenza também é integrada pelo Instituto Adolfo Lutz (SP) e pelo Instituto Evandro Chagas (PA), que atuam como Laboratórios de Referência Regional do Ministério da Saúde.

Acesse as sequências já cadastradas no mundo, inclusive as brasileiras, em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/genomes/FLU/SwineFlu.html

Mais informações na página do Ministério da Saúde sobre influenza A (H1N1):
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1534

Informações para a população pelo Disque Saúde: 0800-611997

Boletins atualizados com número de casos e países atingidos na página da Organização Mundial de Saúde: http://www.who.int

Análise permite acompanhamento evolutivo do vírus. Ao lado, imagem reproduz trecho de uma das sequências identificadas
Por: 
raquel

As primeiras sequências genéticas do vírus influenza A (H1N1) mapeadas no Brasil acabam de ser depositadas por pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). O depósito foi feito hoje, 15 de maio, no banco de informações genéticas do National Center for Biotechnology Information (NCBI), baseado no National Institute of Health (NIH), dos Estados Unidos. O banco reúne sequências genéticas de quase todos os organismos conhecidos, incluindo o genoma humano.

A colaboração com a comunidade científica internacional é uma das prioridades dos pesquisadores do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC, que integra a rede de vigilância liderada pelo Ministério da Saúde e atua como referência nacional para influenza, realizando o diagnóstico da doença no país. Trata-se do mapeamento parcial dos vírus detectados em três pacientes - dois do Rio de Janeiro e um de Minas Gerais -, todos diagnosticados no laboratório.

Trechos do sequenciamento genético de amostra do vírus influenza A(H1N1), de caso confirmado no Rio de Janeiro. O código genético do vírus circulante no Brasil foi sequenciado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Foto: National Center for Biotechnology Information

Um dos principais desdobramentos do sequenciamento é a possibilidade de comparar os vírus detectados no país entre si e em relação aos vírus detectados em outras partes do mundo. “Uma análise preliminar mostrou que o vírus encontrado nos casos brasileiros são conservados entre si e, quando comparados com sequências depositadas por outros países, vemos que eles mantêm as mesmas características, ou seja, não existe indicativo de variação em relação ao vírus que circula em outras localidades”, aponta Fernando Motta, pesquisador do Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo do IOC. Segundo o especialista, o sequenciamento genético é uma ferramenta fundamental para acompanhar a evolução do vírus no país e abre a possibilidade para o desenvolvimento de protocolos de diagnóstico.

As sequências genéticas parciais dos casos brasileiros foram submetidas ontem e, após avaliação pelo NCBI, foram publicadas hoje. Anteriormente, já haviam sido efetuados depósitos de sequências genéticas do influenza A (H1N1) por EUA, Canadá, Alemanha e Suíça, entre outros países.

Os pesquisadores optaram por sequenciar o gene da proteína de matriz (Proteína M) do vírus. Como o genoma do vírus influenza é segmentado – não é formado por uma sequência única de RNA, mas por oito segmentos –, foi escolhido o gene da proteína M, uma das mais importantes na estrutura viral. “Por ser um vírus segmentado, cada um dos oito genes evoluem de maneira distinta. A proteína M é uma proteína estrutural importante, a mais abundante na composição do vírus, capaz de codificar a síntese de duas proteínas. Por isso, ela é usada como  marcador para presença ou ausência de influenza A nos procedimentos de diagnóstico”, explica. Os pesquisadores aguardam a chegada de insumos para dar continuidade ao sequenciamento de outros genes do vírus. Mais quatro genes serão sequenciados: neuraminidase, hemaglutinina, NS e PB1. 

O IOC atua como Laboratório de Referência Nacional para Influenza, credenciado pelo Ministério da Saúde, e integra há mais de 50 anos a rede da Organização Mundial da Saúde (OMS) de centros nacionais de influenza. A rede nacional de laboratórios de vigilância em influenza também é integrada pelo Instituto Adolfo Lutz (SP) e pelo Instituto Evandro Chagas (PA), que atuam como Laboratórios de Referência Regional do Ministério da Saúde.

Acesse as sequências já cadastradas no mundo, inclusive as brasileiras, em http://www.ncbi.nlm.nih.gov/genomes/FLU/SwineFlu.html

Mais informações na página do Ministério da Saúde sobre influenza A (H1N1):
http://portal.saude.gov.br/portal/saude/profissional/area.cfm?id_area=1534

Informações para a população pelo Disque Saúde: 0800-611997

Boletins atualizados com número de casos e países atingidos na página da Organização Mundial de Saúde: http://www.who.int

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)