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IOC se despede do pesquisador Sergio Coutinho Furtado de Mendonça

Ex-chefe do Laboratório de Imunoparasitologia atuou no desenvolvimento e avaliação de vacinas para leishmaniose
Por Maíra Menezes24/06/2024 - Atualizado em 27/06/2024

O enfrentamento da leishmaniose foi o foco da carreira científica do ex-chefe do Laboratório de Imunoparasitologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Sergio Coutinho Furtado de Mendonça. 

Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização na residência médica do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (Ieiss), Sergio ingressou no IOC em 1982, como aluno do mestrado em Biologia Parasitária. Em 1986, após a conclusão do curso, tornou-se pesquisador da unidade. 

Além do desenvolvimento de vacinas, Sergio Mendonça investigou imunpatogenia da leishmaniose tegumentar e novas terapias. Foto: Gutemberg Brito

Cursou o doutorado em Medicina, com concentração em Doenças Infecciosas e Parasitárias, na UFRJ, obtendo a titulação em 1992. No mestrado e no doutorado, foi orientado pelo pesquisador do IOC, Sérgio Gomes Coutinho, que se tornou o primeiro diretor eleito do Instituto, em 1989.  

Em sua formação acadêmica, o pesquisador realizou ainda duas etapas de pós-doutorado na Universidade de Lausanne, na Suíça, nos anos 1980 e 1990. 

Desde a pós-graduação e em seus 30 anos de atuação no IOC, investigou aspectos imunológicos da leishmaniose tegumentar e o desenvolvimento de vacinas para a doença. Suas linhas de pesquisa contemplaram também o aprimoramento de terapias para o agravo. Sergio é autor de mais de 40 artigos. 

Entre outros projetos, coordenou testes clínicos de fase I/II da vacina para leishmaniose tegumentar desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e produzida pela Biobrás, que teve fabricação autorizada, pelo Ministério da Saúde, para uso terapêutico, em 2001.  

O pesquisador assumiu a chefia do Laboratório de Imunoparasitologia em 2003, permanecendo no cargo até 2015.  

Como docente, ministrou disciplinas em diferentes Programas de Pós-graduação do IOC e integrou a comissão de Pós-graduação do Programa de Biologia Parasitária, do qual foi vice-coordenador, de 2004 a 2009. 

Em 2016, concluiu a especialização em Psicologia Junguiana, na Universidade Estácio de Sá (Unesa). Após sua aposentadoria em 2017, passou a se dedicar à carreira de psicoterapeuta.  

Sergio faleceu no domingo, 23 de junho, aos 70 anos. Ele deixa três filhos e uma neta. O velório foi realizado nesta segunda, 24, no cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ). 

Ex-chefe do Laboratório de Imunoparasitologia atuou no desenvolvimento e avaliação de vacinas para leishmaniose
Por: 
maira

O enfrentamento da leishmaniose foi o foco da carreira científica do ex-chefe do Laboratório de Imunoparasitologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), Sergio Coutinho Furtado de Mendonça. 

Médico formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com especialização na residência médica do Instituto Estadual de Infectologia São Sebastião (Ieiss), Sergio ingressou no IOC em 1982, como aluno do mestrado em Biologia Parasitária. Em 1986, após a conclusão do curso, tornou-se pesquisador da unidade. 

Além do desenvolvimento de vacinas, Sergio Mendonça investigou imunpatogenia da leishmaniose tegumentar e novas terapias. Foto: Gutemberg Brito

Cursou o doutorado em Medicina, com concentração em Doenças Infecciosas e Parasitárias, na UFRJ, obtendo a titulação em 1992. No mestrado e no doutorado, foi orientado pelo pesquisador do IOC, Sérgio Gomes Coutinho, que se tornou o primeiro diretor eleito do Instituto, em 1989.  

Em sua formação acadêmica, o pesquisador realizou ainda duas etapas de pós-doutorado na Universidade de Lausanne, na Suíça, nos anos 1980 e 1990. 

Desde a pós-graduação e em seus 30 anos de atuação no IOC, investigou aspectos imunológicos da leishmaniose tegumentar e o desenvolvimento de vacinas para a doença. Suas linhas de pesquisa contemplaram também o aprimoramento de terapias para o agravo. Sergio é autor de mais de 40 artigos. 

Entre outros projetos, coordenou testes clínicos de fase I/II da vacina para leishmaniose tegumentar desenvolvida pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e produzida pela Biobrás, que teve fabricação autorizada, pelo Ministério da Saúde, para uso terapêutico, em 2001.  

O pesquisador assumiu a chefia do Laboratório de Imunoparasitologia em 2003, permanecendo no cargo até 2015.  

Como docente, ministrou disciplinas em diferentes Programas de Pós-graduação do IOC e integrou a comissão de Pós-graduação do Programa de Biologia Parasitária, do qual foi vice-coordenador, de 2004 a 2009. 

Em 2016, concluiu a especialização em Psicologia Junguiana, na Universidade Estácio de Sá (Unesa). Após sua aposentadoria em 2017, passou a se dedicar à carreira de psicoterapeuta.  

Sergio faleceu no domingo, 23 de junho, aos 70 anos. Ele deixa três filhos e uma neta. O velório foi realizado nesta segunda, 24, no cemitério São João Batista, em Botafogo (RJ). 

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)