Inaugurado nesta terça-feira, 31/08, o Jardim das Borboletas é a mais nova opção de visitação no campus de Manguinhos da Fiocruz. O espaço de 84m² reproduz o habitat natural das borboletas e abriga cerca de 50 exemplares de três espécies. Os visitantes poderão conhecer de perto a rotina desses insetos, desde sua alimentação com néctar das flores até a postura de ovos. A iniciativa é fruto de uma parceria entre o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz),o Museu da Vida (COC/Fiocruz)  e a  Diretoria de Administração do Campus (Dirac/Fiocruz). 

“Além da beleza e do colorido proporcionado pelos exemplares, o visitante ainda poderá ter o contato direto com o inseto vivo, observando suas variadas formas  e hábitos. Isso pode estimular a vocação de futuros naturalistas, no caso dos jovens. Além disso, leva à reflexão sobre como a biodiversidade é importante por si só e para a preservação do equilíbrio ecológico do planeta”, pontua o pesquisador do IOC, Ricardo Lourenço, idealizador do espaço.

Peter Ilicciev/ Fiocruz

O borboletário abriga cerca de 50 exemplares de três espécies

Em sua fala durante a inauguração do espaço, o presidente da Fiocruz Paulo Gadelha reforçou a importância da iniciativa. “O tempo de sol que faz hoje está anunciando um dia de muita alegria. Estão todos de parabéns pelo trabalho. Estamos vivendo o Ano Internacional da Biodiversidade e além da alegria e da beleza, as borboletas tem um papel fundamental como indicadores de biodiversidade”, declarou. A vice-presidente de Pesquisa e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Claude Pirmez, agradeceu às equipes envolvidas na realização do projeto. “Gostaria de prestar uma homenagem ao pessoal da Diretoria de Administração do Campus, que realizou o trabalho de montagem e de jardinagem com muito empenho e alegria”, ressaltou. “Cabe lembrar, por fim, que o borboletário ficará em frente ao Pavilhão Lauro Travassos, que foi justamente um especialista em borboletas”, concluiu a vice-presidente.

O Jardim das Borboletas também passa a fazer parte do circuito de visitação do Museu da Vida, que inclui locais como o Centro de Recepção, o Parque da Ciência, o Ciência em Cena e o Espaço da Biodescoberta. Os exemplares são das espécies Olho-de-coruja (Caligo illioneus), encontrada em toda a América do Sul tropical, incluindo o sul do Brasil; Julia (Dryas iulia); e Borboleta-Brancão (Ascia monuste), vista no sul dos Estados Unidos, México, Américas Central e do Sul e Caribe. Plantas como a palmeira-rafis (Rafphis excelsa) e arbustos como camarão-azul (Eranthemum pulchellum) e dracena vermelha (Cordyline terminalis) compõem o Jardim. 



A entrada é gratuita e o Jardim das Borboletas está aberto ao público de terça à sexta-feira, das 9h às 16h30 e aos sábados de 10h às 16h.  O espaço promete despertar o interesse de crianças e adultos, como já demonstrado durante a temporada, no início do ano, da exposição Insetos na Cultura Brasileira realizada pelo IOC no Museu da República, no Catete, que teve mais de 30 mil visitantes em apenas dois meses. 

Renata Fontoura

01/09/2010 

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