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Julho Amarelo: ações marcam luta contra as hepatites virais

Equipe do Ambulatório de Hepatites Virais do Instituto ofertou cerca de 2 mil testes rápidos em diferentes regiões do Rio de Janeiro
Por Max Gomes31/07/2024 - Atualizado em 06/08/2024
Testes rápidos para hepatites B e C, sífilis e hiv foram realizados pelo Ambulatório de Hepatites Virais do IOC. Foto: Gutemberg Brito

Durante o mês de julho, dedicado à luta contra as hepatites virais, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reafirmou o compromisso de promover saúde e disseminar informação de qualidade em prol do bem-estar da população.

Equipes do Ambulatório e do Laboratório de Hepatites Virais do IOC participaram e promoveram diversas ações de conscientização e oferta de testes rápidos na cidade do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana.

Ao todo, mais de 500 pessoas receberam atendimento gratuito. Foram realizados cerca de 2000 testes para as hepatites B e C, sífilis e HIV.

“Além de conscientizar a população sobre os riscos atrelados às hepatites virais, essas ações também foram uma oportunidade para identificar e encaminhar para tratamento pessoas que testaram positivo para esses vírus, evitando a evolução para um quadro grave. Grande parte não imaginava que estava infectada, visto que esses agravos podem evoluir de forma silenciosa durante anos”, destacou a médica Lia Lewis, coordenadora do Ambulatório de Hepatites Virais do IOC.

As hepatites virais são infecções que atingem o fígado e são causadas por diferentes vírus, que possuem formas de transmissão variadas, como alimentos e água contaminados, sangue infectado ou transmissão sexual (mais informações no final da matéria).

Testes mais acessíveis
 

Além dos testes rápidos, também foram aplicadas vacinas contra a hepatite B. Fotos: Gutemberg Brito

A primeira ação em alusão ao 'julho amarelo' (como é chamado o mês de luta contra as hepatites virais) ocorreu no dia 9. A equipe do Ambulatório esteve na aldeia indígena Mata Verde Bonita, localizada em Maricá, no Leste Fluminense.

A ação integrou a campanha AcessaJus, da Justiça Federal, que facilita o acesso da população a diversos serviços essenciais (saúde, direito do consumidor, acesso à justiça, assistência social, entre outros).

O Ambulatório atendeu 24 indígenas e 9 voluntários da campanha, com o total de 142 testes rápidos aplicados. Na ocasião, também foram realizadas coletas de sangue para verificar a imunidade vacinal contra as hepatites A e B.

Integrantes do Laboratório também se reuniram com professores da aldeia para a elaboração de materiais informativos sobre as hepatites virais no idioma guarani, nativo da aldeia.

No dia 18, uma ação nas dependências do Ambulatório, no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, aplicou 638 testes rápidos e 92 vacinas contra a hepatite B. Entre as mais de 160 pessoas atendidas, estavam profissionais e estudantes da Fundação, e público em geral, em especial, moradores das comunidades vizinhas.

Também foram realizadas 149 práticas integrativas e complementares em saúde, como reiki e auriculoterapia.


Todas as pessoas atendidas receberam orientações sobre as hepatites virais e formas de prevenção. Foto: Gutemberg Brito

A convite da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, no dia 22 de julho, o Ambulatório participou da ação ‘Porto Seguro', que atendeu 114 trabalhadores do Cais do Porto do Rio de Janeiro, com a realização de 452 testes.

Já nos dias 24 e 25, o Ambulatório mais uma vez reforçou seu compromisso com as comunidades do entorno da Fiocruz e realizou atendimentos direcionados aos moradores de Manguinhos.

Integrando ações de saúde e apoio social, foram realizados 452 testes rápidos em 144 pessoas beneficiadas pela distribuição mensal de cestas básicas, fornecidas pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz).

Encerrando as ações em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado no último domingo (28), o Ambulatório participou de campanha no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS III) de Nova Iguaçu, em parceria com a prefeitura local.

Durante a ação, realizada no dia 26, foram aplicados 292 testes, com o atendimento de 74 pessoas, incluindo pacientes, acompanhantes e funcionários do CAPS. A ação contou com a participação das equipes do CAPS, da vigilância epidemiológica e coordenação de IST, HIV e hepatites virais de Nova Iguaçu.

As hepatites virais

A transmissão das hepatites virais varia de acordo com o tipo de vírus (A, B, C, D e E). As hepatites A e E são transmitidas principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus presente em fezes de pessoas infectadas. Essa situação ocorre com mais frequência em regiões com condições sanitárias inadequadas.

Já a transmissão das hepatites B, C e D ocorre pelo contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas infectadas, como nas relações sexuais desprotegidas, no compartilhamento de agulhas e seringas (comum entre usuários de drogas) e de gestante para filho durante o parto. A hepatite D, no entanto, ocorre apenas em pessoas já infectadas com o tipo B.

A vacinação está disponível para as hepatites A e B e é uma forma eficaz de prevenção. No caso da hepatite C, não há vacina, mas os tratamentos podem curar a infecção.

Outras formas de prevenção são práticas sexuais seguras, não compartilhar ou esterilizar objetos pessoais cortantes ou perfurantes e a garantia de condições adequadas de higiene e saneamento.

Equipe do Ambulatório de Hepatites Virais do Instituto ofertou cerca de 2 mil testes rápidos em diferentes regiões do Rio de Janeiro
Por: 
max.gomes
Testes rápidos para hepatites B e C, sífilis e hiv foram realizados pelo Ambulatório de Hepatites Virais do IOC. Foto: Gutemberg Brito

Durante o mês de julho, dedicado à luta contra as hepatites virais, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) reafirmou o compromisso de promover saúde e disseminar informação de qualidade em prol do bem-estar da população.

Equipes do Ambulatório e do Laboratório de Hepatites Virais do IOC participaram e promoveram diversas ações de conscientização e oferta de testes rápidos na cidade do Rio de Janeiro e na Região Metropolitana.

Ao todo, mais de 500 pessoas receberam atendimento gratuito. Foram realizados cerca de 2000 testes para as hepatites B e C, sífilis e HIV.

“Além de conscientizar a população sobre os riscos atrelados às hepatites virais, essas ações também foram uma oportunidade para identificar e encaminhar para tratamento pessoas que testaram positivo para esses vírus, evitando a evolução para um quadro grave. Grande parte não imaginava que estava infectada, visto que esses agravos podem evoluir de forma silenciosa durante anos”, destacou a médica Lia Lewis, coordenadora do Ambulatório de Hepatites Virais do IOC.

As hepatites virais são infecções que atingem o fígado e são causadas por diferentes vírus, que possuem formas de transmissão variadas, como alimentos e água contaminados, sangue infectado ou transmissão sexual (mais informações no final da matéria).

Testes mais acessíveis
 

Além dos testes rápidos, também foram aplicadas vacinas contra a hepatite B. Fotos: Gutemberg Brito

A primeira ação em alusão ao 'julho amarelo' (como é chamado o mês de luta contra as hepatites virais) ocorreu no dia 9. A equipe do Ambulatório esteve na aldeia indígena Mata Verde Bonita, localizada em Maricá, no Leste Fluminense.

A ação integrou a campanha AcessaJus, da Justiça Federal, que facilita o acesso da população a diversos serviços essenciais (saúde, direito do consumidor, acesso à justiça, assistência social, entre outros).

O Ambulatório atendeu 24 indígenas e 9 voluntários da campanha, com o total de 142 testes rápidos aplicados. Na ocasião, também foram realizadas coletas de sangue para verificar a imunidade vacinal contra as hepatites A e B.

Integrantes do Laboratório também se reuniram com professores da aldeia para a elaboração de materiais informativos sobre as hepatites virais no idioma guarani, nativo da aldeia.

No dia 18, uma ação nas dependências do Ambulatório, no campus da Fiocruz, em Manguinhos, no Rio de Janeiro, aplicou 638 testes rápidos e 92 vacinas contra a hepatite B. Entre as mais de 160 pessoas atendidas, estavam profissionais e estudantes da Fundação, e público em geral, em especial, moradores das comunidades vizinhas.

Também foram realizadas 149 práticas integrativas e complementares em saúde, como reiki e auriculoterapia.


Todas as pessoas atendidas receberam orientações sobre as hepatites virais e formas de prevenção. Foto: Gutemberg Brito

A convite da Secretaria Municipal de Saúde do Rio, no dia 22 de julho, o Ambulatório participou da ação ‘Porto Seguro', que atendeu 114 trabalhadores do Cais do Porto do Rio de Janeiro, com a realização de 452 testes.

Já nos dias 24 e 25, o Ambulatório mais uma vez reforçou seu compromisso com as comunidades do entorno da Fiocruz e realizou atendimentos direcionados aos moradores de Manguinhos.

Integrando ações de saúde e apoio social, foram realizados 452 testes rápidos em 144 pessoas beneficiadas pela distribuição mensal de cestas básicas, fornecidas pela Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz).

Encerrando as ações em alusão ao Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, celebrado no último domingo (28), o Ambulatório participou de campanha no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS III) de Nova Iguaçu, em parceria com a prefeitura local.

Durante a ação, realizada no dia 26, foram aplicados 292 testes, com o atendimento de 74 pessoas, incluindo pacientes, acompanhantes e funcionários do CAPS. A ação contou com a participação das equipes do CAPS, da vigilância epidemiológica e coordenação de IST, HIV e hepatites virais de Nova Iguaçu.

As hepatites virais

A transmissão das hepatites virais varia de acordo com o tipo de vírus (A, B, C, D e E). As hepatites A e E são transmitidas principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com o vírus presente em fezes de pessoas infectadas. Essa situação ocorre com mais frequência em regiões com condições sanitárias inadequadas.

Já a transmissão das hepatites B, C e D ocorre pelo contato com sangue ou fluidos corporais de pessoas infectadas, como nas relações sexuais desprotegidas, no compartilhamento de agulhas e seringas (comum entre usuários de drogas) e de gestante para filho durante o parto. A hepatite D, no entanto, ocorre apenas em pessoas já infectadas com o tipo B.

A vacinação está disponível para as hepatites A e B e é uma forma eficaz de prevenção. No caso da hepatite C, não há vacina, mas os tratamentos podem curar a infecção.

Outras formas de prevenção são práticas sexuais seguras, não compartilhar ou esterilizar objetos pessoais cortantes ou perfurantes e a garantia de condições adequadas de higiene e saneamento.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)