O livro A Virologia no estado do Rio de Janeiro: uma visão global foi lançado nesta quarta-feira (23/09) pelo pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Hermann Schatzmayr, durante encontro Pesquisa em Viroses no Instituto Oswaldo Cruz: história e impactos na saúde pública, que reuniu virologistas de todo o país para debater os avanços e desafios da área. A obra homenageia personalidades como Helio e Peggy Pereira, cientistas centrais na consolidação das atividades em Virologia na Fiocruz, e remonta a trajetória das pesquisas com vírus no país.
Gutemberg Brito
Hermann Schatzmayr durante o lançamento do livro
Em uma iniciativa pioneira, Hermann remonta a memória dos estudos em Virologia -iniciados no Rio de Janeiro, com a chegada da Coroa Portuguesa, em 1808, e a epidemia de varíola. Nas páginas do livro, história e biologia se complementam: o autor resgatou personagens como o Marquês de Barbacena, que importou a vacina da Europa para combater a varíola no Rio. Cita também o trabalho de Oswaldo Cruz no processo de urbanização da cidade e suas ações para o controle da varíola, peste e febre amarela. O sanitarista erradicou a varíola na capital da República, passando de 3.500 óbitos em 1904 para 6 em 1906.
Outras epidemias do passado ocorridas no Rio de Janeiro foram lembradas pelo autor como a febre amarela, responsável pela morte de 58 mil pessoas, entre 1850 e 1902; Gripe Espanhola, ocorrida em 1918, infectando cerca de 700 mil pessoas; a poliomelite, erradicada apenas em 1994 do Brasil. No livro, o pesquisador reforça a necessidade de prevenção de dois vírus que têm causado epidemias atuais, dengue e AIDS, com impactos socioeconômicos.
Para o pesquisador, o estudo dos vírus é um campo em expansão que precisa de colaboradores. “A Virologia é um campo complexo que abriga muitas incógnitas a serem desvendadas. Há muito trabalho para ser feito, ainda há muito o que descobrir”, pontua.
Além do IOC, o livro também mapeia o trabalho de outras instituições que pesquisam vírus no estado como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto Vital Brasil e Hemorio.
Hermann possui doutorado pelas Universidades de Giessen e Freiburg (Alemanha) e obteve a Livre-Docência em Virologia pela UFF, em 1975. É graduado em Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 1957, e atua como pesquisador do IOC desde a década de 1960. É membro da Organização Mundial da Saúde, desde 1982 e membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Brasileira de Medicina Veterinária. Foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Virologia, onde é editor do periódico Virus Reviews & Research. Desenvolve pesquisas em Virologia focando o trabalho em temas como flavivirus em especial dengue e febre amarela e poxvirus.
Pâmela Pinto
24/09/09
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O livro A Virologia no estado do Rio de Janeiro: uma visão global foi lançado nesta quarta-feira (23/09) pelo pesquisador do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) Hermann Schatzmayr, durante encontro Pesquisa em Viroses no Instituto Oswaldo Cruz: história e impactos na saúde pública, que reuniu virologistas de todo o país para debater os avanços e desafios da área. A obra homenageia personalidades como Helio e Peggy Pereira, cientistas centrais na consolidação das atividades em Virologia na Fiocruz, e remonta a trajetória das pesquisas com vírus no país.
Gutemberg Brito
Hermann Schatzmayr durante o lançamento do livro
Em uma iniciativa pioneira, Hermann remonta a memória dos estudos em Virologia -iniciados no Rio de Janeiro, com a chegada da Coroa Portuguesa, em 1808, e a epidemia de varíola. Nas páginas do livro, história e biologia se complementam: o autor resgatou personagens como o Marquês de Barbacena, que importou a vacina da Europa para combater a varíola no Rio. Cita também o trabalho de Oswaldo Cruz no processo de urbanização da cidade e suas ações para o controle da varíola, peste e febre amarela. O sanitarista erradicou a varíola na capital da República, passando de 3.500 óbitos em 1904 para 6 em 1906.
Outras epidemias do passado ocorridas no Rio de Janeiro foram lembradas pelo autor como a febre amarela, responsável pela morte de 58 mil pessoas, entre 1850 e 1902; Gripe Espanhola, ocorrida em 1918, infectando cerca de 700 mil pessoas; a poliomelite, erradicada apenas em 1994 do Brasil. No livro, o pesquisador reforça a necessidade de prevenção de dois vírus que têm causado epidemias atuais, dengue e AIDS, com impactos socioeconômicos.
Para o pesquisador, o estudo dos vírus é um campo em expansão que precisa de colaboradores. “A Virologia é um campo complexo que abriga muitas incógnitas a serem desvendadas. Há muito trabalho para ser feito, ainda há muito o que descobrir”, pontua.
Além do IOC, o livro também mapeia o trabalho de outras instituições que pesquisam vírus no estado como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade Federal Fluminense (UFF), Instituto Vital Brasil e Hemorio.
Hermann possui doutorado pelas Universidades de Giessen e Freiburg (Alemanha) e obteve a Livre-Docência em Virologia pela UFF, em 1975. É graduado em Veterinária pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, em 1957, e atua como pesquisador do IOC desde a década de 1960. É membro da Organização Mundial da Saúde, desde 1982 e membro da Academia Brasileira de Ciências e da Academia Brasileira de Medicina Veterinária. Foi um dos fundadores da Sociedade Brasileira de Virologia, onde é editor do periódico Virus Reviews & Research. Desenvolve pesquisas em Virologia focando o trabalho em temas como flavivirus em especial dengue e febre amarela e poxvirus.
Pâmela Pinto
24/09/09
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)