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Memórias do IOC: edição de novembro disponível online

Estudo sobre herpesvírus no Rio de Janeiro é um dos destaques do periódico, que também traz investigação que descartou a correlação entre a hanseníase e a ingestão de carne de tatu
Por Jornalismo IOC26/11/2010 - Atualizado em 10/12/2019

A detecção de herpesvírus na saliva de adultos saudáveis do Rio de Janeiro (RJ) foi o tema do estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e publicado na edição de novembro da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz [clique aqui para acessar gratuitamente o conteúdo da revista]. O objetivo foi avaliar a disseminação do vírus na saliva de adultos saudáveis da região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, a fim de verificar a prevalência de herpesvírus humanos 6 e 7 (HHV-6, HHV-7). Para a pesquisa, foram selecionados 182 indivíduos saudáveis atendidos no Hospital Universitário Pedro Ernesto, que participavam de revisões odontológicas anuais. Amostras de saliva destes indivíduos foram submetidas a uma reação de PCR para detectar a presença de HHV-6, HHV-6B e HHV-7. O teste detectou a prevalência de HHV-6 de 9,8%, com presença de HHV-6A em 7,1% das amostras e HHV-6B em 2,7%. O HHV-7 foi revelado em 12,6% dos casos estudados. Infecções múltiplas causadas pelo HHV-6 e 7 foram encontrados em 2,1% das amostras.

Em outro estudo, pesquisadores da Fundação Pró-Hansen (Curitiba-PR) e Universidade Estadual Paulista (Botucatu-SP) avaliaram a correlação entre o consumo de carne de tatu e a infecção por hanseníase. A investigação é importante na medida em que o mamífero é um dos poucos seres que desenvolve a doença. A pesquisa avaliou 121 casos e 242 controles que se diferenciavam em variáveis socioeconômicas, como renda familiar e acesso a água tratada. A análise multivariada não mostrou uma associação entre a ingestão de carne de tatu e a hanseníase e concluiu que a doença não está associada ao consumo de carne de tatu nestes pacientes.

Artigo desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz-Minas, Centro Colaborador para leishmaniose da Organização Mundial da Saúde, Instituto de Saúde Carlos III (Espanha) e Universidade Federal de Minas Gerais abordou o desenvolvimento de uma alternativa de protocolo de teste de PCR (metodologia de base molecular) para avaliação de um conjunto de diversos tecidos de uma grande variedade de espécies de mamíferos que vivem em áreas endêmicas de leishmaniose. O trabalho adaptou o protocolo da técnica de PCR para a amplificação de uma sequência altamente conservada em mamíferos, a fim de determinar a qualidade do DNA total da amostra para várias espécies de mamíferos que habitam áreas endêmicas para leishmaniose.

As técnicas de imunodiagnóstico e de ensaio imunoenzimático (teste de ELISA) para diagnóstico da angiostrongilíase abdominal (uma doença parasitária originária de ratos e recentemente introduzida na América do Sul) foram investigadas e comparadas por pesquisadores da Universidade do Rio Grande do Sul (PUC - RS). Soros de indivíduos não infectados e infectados com parasitas foram usados como controle. A sensibilidade e a especificidade dos ensaios foram estimadas em 88,4% (imunodiagnóstico) e 78,7% (ELISA). Como o uso de antígenos purificados ou clonados não foi estabelecido como uma ferramenta diagnóstica confiável, os autores sugerem que o uso de antígenos heterólogos pode representar uma alternativa viável para o desenvolvimento de um teste ELISA para o diagnóstico de angiostrongilíase abdominal humana.

Também está entre os temas desta edição a análise de genes de proteína de membrana de Anaplasma marginale, agente causador da tristeza parasitária bovina, uma doença que afeta o gado com importantes perdas econômicas. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Corte), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e Instituto de Biologia Molecular de Curitiba, o objetivo do estudo foi determinar o grau de conservação de sequências de aminoácidos e proteínas em um isolado brasileiro de A. marginale a partir da comparação com outros isolados. Com exceção da proteína de membrana externa (OMP) 7, todas as proteínas apresentaram de 92% a 100% de homologia para o A. marginale de outras procedências. Os aminoácidos OMP1, OMP5, EF-Tu, VirB3, SODb e VirB9-1 foram selecionados como potenciais imunógenos capazes de promover a proteção cruzada entre os isolados devido ao alto grau de homologia (mais de 72%).

24/11/10


Estudo sobre herpesvírus no Rio de Janeiro é um dos destaques do periódico, que também traz investigação que descartou a correlação entre a hanseníase e a ingestão de carne de tatu
Por: 
jornalismo

A detecção de herpesvírus na saliva de adultos saudáveis do Rio de Janeiro (RJ) foi o tema do estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e publicado na edição de novembro da revista Memórias do Instituto Oswaldo Cruz [clique aqui para acessar gratuitamente o conteúdo da revista]. O objetivo foi avaliar a disseminação do vírus na saliva de adultos saudáveis da região metropolitana da cidade do Rio de Janeiro, a fim de verificar a prevalência de herpesvírus humanos 6 e 7 (HHV-6, HHV-7). Para a pesquisa, foram selecionados 182 indivíduos saudáveis atendidos no Hospital Universitário Pedro Ernesto, que participavam de revisões odontológicas anuais. Amostras de saliva destes indivíduos foram submetidas a uma reação de PCR para detectar a presença de HHV-6, HHV-6B e HHV-7. O teste detectou a prevalência de HHV-6 de 9,8%, com presença de HHV-6A em 7,1% das amostras e HHV-6B em 2,7%. O HHV-7 foi revelado em 12,6% dos casos estudados. Infecções múltiplas causadas pelo HHV-6 e 7 foram encontrados em 2,1% das amostras.

Em outro estudo, pesquisadores da Fundação Pró-Hansen (Curitiba-PR) e Universidade Estadual Paulista (Botucatu-SP) avaliaram a correlação entre o consumo de carne de tatu e a infecção por hanseníase. A investigação é importante na medida em que o mamífero é um dos poucos seres que desenvolve a doença. A pesquisa avaliou 121 casos e 242 controles que se diferenciavam em variáveis socioeconômicas, como renda familiar e acesso a água tratada. A análise multivariada não mostrou uma associação entre a ingestão de carne de tatu e a hanseníase e concluiu que a doença não está associada ao consumo de carne de tatu nestes pacientes.

Artigo desenvolvido por pesquisadores da Fiocruz-Minas, Centro Colaborador para leishmaniose da Organização Mundial da Saúde, Instituto de Saúde Carlos III (Espanha) e Universidade Federal de Minas Gerais abordou o desenvolvimento de uma alternativa de protocolo de teste de PCR (metodologia de base molecular) para avaliação de um conjunto de diversos tecidos de uma grande variedade de espécies de mamíferos que vivem em áreas endêmicas de leishmaniose. O trabalho adaptou o protocolo da técnica de PCR para a amplificação de uma sequência altamente conservada em mamíferos, a fim de determinar a qualidade do DNA total da amostra para várias espécies de mamíferos que habitam áreas endêmicas para leishmaniose.

As técnicas de imunodiagnóstico e de ensaio imunoenzimático (teste de ELISA) para diagnóstico da angiostrongilíase abdominal (uma doença parasitária originária de ratos e recentemente introduzida na América do Sul) foram investigadas e comparadas por pesquisadores da Universidade do Rio Grande do Sul (PUC - RS). Soros de indivíduos não infectados e infectados com parasitas foram usados como controle. A sensibilidade e a especificidade dos ensaios foram estimadas em 88,4% (imunodiagnóstico) e 78,7% (ELISA). Como o uso de antígenos purificados ou clonados não foi estabelecido como uma ferramenta diagnóstica confiável, os autores sugerem que o uso de antígenos heterólogos pode representar uma alternativa viável para o desenvolvimento de um teste ELISA para o diagnóstico de angiostrongilíase abdominal humana.

Também está entre os temas desta edição a análise de genes de proteína de membrana de Anaplasma marginale, agente causador da tristeza parasitária bovina, uma doença que afeta o gado com importantes perdas econômicas. Desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa Gado de Corte), Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, e Instituto de Biologia Molecular de Curitiba, o objetivo do estudo foi determinar o grau de conservação de sequências de aminoácidos e proteínas em um isolado brasileiro de A. marginale a partir da comparação com outros isolados. Com exceção da proteína de membrana externa (OMP) 7, todas as proteínas apresentaram de 92% a 100% de homologia para o A. marginale de outras procedências. Os aminoácidos OMP1, OMP5, EF-Tu, VirB3, SODb e VirB9-1 foram selecionados como potenciais imunógenos capazes de promover a proteção cruzada entre os isolados devido ao alto grau de homologia (mais de 72%).

24/11/10




Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)