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Na reta final do ano, mais prêmios e reconhecimentos

IOC foi destaque em premiações de ciência de animais de laboratório, protozoologia, história da ciência e eleição para Academia Brasileira de Ciências 
Por Maíra Menezes11/12/2024 - Atualizado em 18/12/2024

A excelência de pesquisadoras e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) não para de ser reconhecida. Na reta final do ano, honrarias foram concedidas por sociedades e entidades científicas. Confira abaixo: 

Membra afiliada da ABC  

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) elegeu, em 29 de novembro, a pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia, Tatiana Maron Gutierrez, como membra afiliada da Região Rio de Janeiro. 

Tatiana Maron Gutierrez foi eleita para a área de Ciências Biomédicas. Foto: Josué Damacena

A categoria contempla jovens pesquisadores de excelência, com até 40 anos, que são eleitos para fazer parte dos quadros da entidade por um período de cinco anos. Os candidatos são indicados por membros titulares da ABC e a eleição é conduzida pela comissão de seleção regional. 

A cerimônia de diplomação será realizada em setembro de 2025. 

Premiação do Iclas  

O Conselho Internacional para Ciência de Animais de Laboratório (Iclas, na sigla em inglês) concedeu premiação à coordenadora adjunta do Centro de Experimentação Animal, Isabele Barbieri dos Santos.  

Isabele Barbieri dos Santos recebeu placa de reconhecimento entregue por Rick Huneke, dos Estados Unidos, e Marcel Frajblat, do Brasil, que integram o comitê do Iclas nas Américas. Foto: divulgação

A especialista foi homenageada durante o Encontro Nacional da Associação Americana de Ciência de Animais de Laboratório (AALAS, na sigla em inglês), realizado de 3 a 7 de novembro, em Nashville, nos Estados Unidos.  

A premiação destaca profissionais com potencial para fazer contribuições significativas para o ensino, a pesquisa ou aspectos organizacionais da ciência de animais de laboratório em seu país de origem.  

Dissertação premiada 

A Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) premiou a dissertação de mestrado do museólogo do Museu da Patologia, Lucas Cuba Martins.  

Intitulado ‘Fotografias de peças anatômicas do museu da patologia no arquivo do Instituto Oswaldo Cruz: um estudo sobre contexto de produção de fotografias em atividades científicas’, o estudo teve como foco um acervo sobre o qual havia poucas informações disponíveis: um total de 529 negativos de vidro referentes a fotografias de peças anatômicas do Museu da Patologia, produzidas entre 1900 e 1960. 

À esquerda, Lucas Cuba Martins (de cinza) na premiação da SBHC. À direita, fotografia de coração preservado na Coleção da Seção de Anatomia Patológica, que integra o Museu da Patologia do IOC. Foto: J. Pinto / Acervo Casa de Oswaldo Cruz / Departamento de Arquivo e Documentação / Fundo Instituto Oswaldo Cruz

Cruzando dados de diversos documentos, Lucas conseguiu associar parte do acervo com peças preservadas do Museu da Patologia, laudos de necropsia e artigos publicados na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. A pesquisa identificou ainda peças anatômicas associadas com prontuários médicos do Hospital Evandro Chagas (atual INI).  

O estudo revelou dinâmicas de produção das fotografias relacionadas à patologia nas primeiras décadas do IOC e desenvolveu uma metodologia de pesquisa para reconstituir informações de contexto perdidas em coleções biológicas. 

O trabalho foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), sob orientação de Aline Lopes de Lacerda. Confira a dissertação

Melhores trabalhos na SBPz 

A mestranda do Programa de Biologia Celular e Molecular, Juliana Simonato Ferreira, e o estudante de iniciação científica do Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos, Guilherme do Espírito Santo da Silva, tiveram seus trabalhos reconhecidos durante a 39ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Protozoologia (SBPz). 

Guilherme do Espírito Santo da Silva e Juliana Simonato Ferreira conquistaram premiações na reunião anual da SBPz. Foto: divulgação

Juliana recebeu o Prêmio Walter Colli, de melhor apresentação oral, pelo trabalho ‘Novos candidatos para tratamento oral da leishmaniose visceral identificados por ancoragem molecular’.   

A estudante é orientada pelo pesquisador Elmo Eduardo de Almeida Amaral, e coorientada pelo pós-doutorando Job Domingos Inacio Filho. 

A pesquisa identificou duas moléculas promissoras para o tratamento da leishmaniose visceral por via oral. A primeira etapa do trabalho utilizou análise computacional em busca de compostos capazes de se ligar a uma enzima essencial para a sobrevivência do parasito Leishmania infantum, causador da doença. A partir de uma biblioteca de 4.228 compostos, foram identificadas 54 com características positivas para desenvolvimento de um tratamento oral. 

Dentre estes fármacos, dois foram selecionados para testes em cultura de células e em camundongos, considerados como modelos para estudo da leishmaniose visceral. Os ensaios confirmaram a ação contra L. infantum, indicando que os compostos podem ser uma arma para aprimorar o tratamento da doença. 

Já Guilherme recebeu o Prêmio Zigman Brener, de melhor pôster, pelo trabalho ‘Insights mecanísticos sobre híbridos de 4-quinolona-3-carboxamida triazol com atividade antileishmanicida’. 

O aluno é orientado pelo pesquisador Eduardo Caio Torres Santos. O estudo contou com parceria de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).  

Na pesquisa, foram desenvolvidos compostos que combinam moléculas de dois grupos farmacológicos, buscando potencializar a ação contra parasitos do gênero Leishmania.  

Análises em culturas de células apontaram maior atividade e menor toxicidade em comparação com moléculas desenvolvidas com base em apenas um grupo farmacológico. 

IOC foi destaque em premiações de ciência de animais de laboratório, protozoologia, história da ciência e eleição para Academia Brasileira de Ciências 
Por: 
maira

A excelência de pesquisadoras e estudantes do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) não para de ser reconhecida. Na reta final do ano, honrarias foram concedidas por sociedades e entidades científicas. Confira abaixo: 

Membra afiliada da ABC  

A Academia Brasileira de Ciências (ABC) elegeu, em 29 de novembro, a pesquisadora do Laboratório de Imunofarmacologia, Tatiana Maron Gutierrez, como membra afiliada da Região Rio de Janeiro. 

Tatiana Maron Gutierrez foi eleita para a área de Ciências Biomédicas. Foto: Josué Damacena

A categoria contempla jovens pesquisadores de excelência, com até 40 anos, que são eleitos para fazer parte dos quadros da entidade por um período de cinco anos. Os candidatos são indicados por membros titulares da ABC e a eleição é conduzida pela comissão de seleção regional. 

A cerimônia de diplomação será realizada em setembro de 2025. 

Premiação do Iclas  

O Conselho Internacional para Ciência de Animais de Laboratório (Iclas, na sigla em inglês) concedeu premiação à coordenadora adjunta do Centro de Experimentação Animal, Isabele Barbieri dos Santos.  

Isabele Barbieri dos Santos recebeu placa de reconhecimento entregue por Rick Huneke, dos Estados Unidos, e Marcel Frajblat, do Brasil, que integram o comitê do Iclas nas Américas. Foto: divulgação

A especialista foi homenageada durante o Encontro Nacional da Associação Americana de Ciência de Animais de Laboratório (AALAS, na sigla em inglês), realizado de 3 a 7 de novembro, em Nashville, nos Estados Unidos.  

A premiação destaca profissionais com potencial para fazer contribuições significativas para o ensino, a pesquisa ou aspectos organizacionais da ciência de animais de laboratório em seu país de origem.  

Dissertação premiada 

A Sociedade Brasileira de História da Ciência (SBHC) premiou a dissertação de mestrado do museólogo do Museu da Patologia, Lucas Cuba Martins.  

Intitulado ‘Fotografias de peças anatômicas do museu da patologia no arquivo do Instituto Oswaldo Cruz: um estudo sobre contexto de produção de fotografias em atividades científicas’, o estudo teve como foco um acervo sobre o qual havia poucas informações disponíveis: um total de 529 negativos de vidro referentes a fotografias de peças anatômicas do Museu da Patologia, produzidas entre 1900 e 1960. 

À esquerda, Lucas Cuba Martins (de cinza) na premiação da SBHC. À direita, fotografia de coração preservado na Coleção da Seção de Anatomia Patológica, que integra o Museu da Patologia do IOC. Foto: J. Pinto / Acervo Casa de Oswaldo Cruz / Departamento de Arquivo e Documentação / Fundo Instituto Oswaldo Cruz

Cruzando dados de diversos documentos, Lucas conseguiu associar parte do acervo com peças preservadas do Museu da Patologia, laudos de necropsia e artigos publicados na revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz. A pesquisa identificou ainda peças anatômicas associadas com prontuários médicos do Hospital Evandro Chagas (atual INI).  

O estudo revelou dinâmicas de produção das fotografias relacionadas à patologia nas primeiras décadas do IOC e desenvolveu uma metodologia de pesquisa para reconstituir informações de contexto perdidas em coleções biológicas. 

O trabalho foi desenvolvido no Programa de Pós-Graduação em Preservação e Gestão do Patrimônio Cultural das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), sob orientação de Aline Lopes de Lacerda. Confira a dissertação. 

Melhores trabalhos na SBPz 

A mestranda do Programa de Biologia Celular e Molecular, Juliana Simonato Ferreira, e o estudante de iniciação científica do Laboratório de Bioquímica de Tripanossomatídeos, Guilherme do Espírito Santo da Silva, tiveram seus trabalhos reconhecidos durante a 39ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Protozoologia (SBPz). 

Guilherme do Espírito Santo da Silva e Juliana Simonato Ferreira conquistaram premiações na reunião anual da SBPz. Foto: divulgação

Juliana recebeu o Prêmio Walter Colli, de melhor apresentação oral, pelo trabalho ‘Novos candidatos para tratamento oral da leishmaniose visceral identificados por ancoragem molecular’.   

A estudante é orientada pelo pesquisador Elmo Eduardo de Almeida Amaral, e coorientada pelo pós-doutorando Job Domingos Inacio Filho. 

A pesquisa identificou duas moléculas promissoras para o tratamento da leishmaniose visceral por via oral. A primeira etapa do trabalho utilizou análise computacional em busca de compostos capazes de se ligar a uma enzima essencial para a sobrevivência do parasito Leishmania infantum, causador da doença. A partir de uma biblioteca de 4.228 compostos, foram identificadas 54 com características positivas para desenvolvimento de um tratamento oral. 

Dentre estes fármacos, dois foram selecionados para testes em cultura de células e em camundongos, considerados como modelos para estudo da leishmaniose visceral. Os ensaios confirmaram a ação contra L. infantum, indicando que os compostos podem ser uma arma para aprimorar o tratamento da doença. 

Já Guilherme recebeu o Prêmio Zigman Brener, de melhor pôster, pelo trabalho ‘Insights mecanísticos sobre híbridos de 4-quinolona-3-carboxamida triazol com atividade antileishmanicida’. 

O aluno é orientado pelo pesquisador Eduardo Caio Torres Santos. O estudo contou com parceria de pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz).  

Na pesquisa, foram desenvolvidos compostos que combinam moléculas de dois grupos farmacológicos, buscando potencializar a ação contra parasitos do gênero Leishmania.  

Análises em culturas de células apontaram maior atividade e menor toxicidade em comparação com moléculas desenvolvidas com base em apenas um grupo farmacológico. 

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)