A inovação no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi destaque na edição dos Seminários Temáticos de Pesquisa do IOC, realizada em 7 de dezembro, no Auditório Emmanuel Dias, Pavilhão Arthur Neiva, no campus Manguinhos da Fiocruz.
As conquistas e perspectivas após a conclusão do projeto piloto da Incubadora de Inovação do Instituto foram discutidas na palestra de Harvey Seifter, diretor e pesquisador principal da organização The Art of Science Learning (AoSL), dos Estados Unidos, que coordenou a iniciativa em parceria com a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, e o artecientista da AoSL, Todd Siler.
A mesa de abertura do evento destacou a importância dos esforços para fazer com que as inovações efetivamente cheguem à sociedade.
Da esquerda pra direita, Luciana Garzoni, Tania Araujo-Jorge, Aline Morais e Harvey Seifter. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz“Promover a cultura da inovação é muito importante e, a partir dessa experiência, vamos ampliar para todos os laboratórios e setores do Instituto”, disse a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni.
“Trabalhamos cerca de dez meses para chegar a uma proposta para alavancar a cultura de inovação dentro do Instituto, que estava numa das diretrizes do nosso plano quadrienal. Isso é o embrião do que queremos ver, com colaboração entre laboratórios internos e unidades da Fiocruz, para criação de projetos com relevância e impacto social”, afirmou Tania.
A cooperação com o Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) para o aprimoramento de duas tecnologias incubadas foi citada como exemplo de estratégia para acelerar o desenvolvimento de inovações.
“Esse é o caminho para avançarmos na inovação, unidos e trabalhando em prol do bem comum. Só temos a ganhar com essa parceria”, parabenizou o diretor do ICTB, Christoph Milewski, pela iniciativa.
Harvey Seifter, diretor e pesquisador principal da organização The Art of Science Learning (AoSL), dos Estados Unidos. Foto: Gutemberg Brito/IOC/FiocruzA Incubadora de Inovação é promovida pela Diretoria do IOC, com apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/IOC). Um dos diferenciais da proposta é a aplicação de metodologias de aprendizado baseado em artes para trabalhar habilidades e mentalidades de inovação e avançar no desenvolvimento de tecnologias para oferta ao mercado.
“A incubadora é uma iniciativa pioneira e já vemos resultados promissores. Estamos, de fato, em outro momento no IOC por conta do trabalho desenvolvido”, avaliou a coordenadora do NIT, Aline Morais.
Três tecnologias originais criadas no Instituto foram selecionadas e aproximadamente 40 profissionais integraram o projeto piloto da Incubadora de Inovação do IOC.
As atividades começaram no final de março, com uma oficina online. Em junho, foi realizada a primeira rodada de oficinas presenciais, que estabeleceu objetivos e traçou roteiros para o avanço de cada um dos projetos (clique aqui para conferir a etapa anterior).
Pesquisadores e profissionais do IOC durante as oficinas de planejamento das inovações. Foto: Gutemberg Brito/IOC/FiocruzAo longo de seis meses, as equipes estiveram envolvidas em mais de 100 reuniões e trabalharam com apoio online dos parceiros internacionais da Incubadora e do NIT.
Os resultados alcançados foram apresentados e discutidos na segunda rodada de oficinas presenciais, que aconteceu de 4 a 7 de dezembro. A etapa contou com financiamento por emenda parlamentar destinada pelo então deputado federal Paulo Ramos (PDT/RJ).
Na palestra, Harvey destacou que a arte contribui para desenvolver capacidades de prontidão para aprender, agilidade cognitiva, colaboração e ativação da inovação – elementos considerados fundamentais para o sucesso dos projetos de acordo com mais de 600 observações realizadas pela AoSL.
“Ao final de 20 horas, os grupos que trabalharam com arte triplicaram a colaboração em comparação com grupos que não trabalharam com essa metodologia. Temos dados que mostram impacto na amplitude de ideias, pensamento crítico, solução de problemas, foco, pensamento produtivo e inovação. Por isso, trabalhamos com arte”, disse Harvey.
O pesquisador salientou a contribuição do projeto piloto da Incubadora de Inovação do IOC para alavancar a cultura organizacional, além dos avanços no desenvolvimento nas três tecnologias.
Momento de imersão e trocas com o diretor e pesquisador da The Art of Science Learning (AoSL) fizeram parte das oficinas de preparação. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz“A cultura come a estratégia no café da manhã”, disse, citando a famosa frase de Peter Drucker, considerado pai da administração moderna.
“Temos que entender e aceitar que a inovação é caótica e imprevisível”, afirmou, reforçando a importância de equipes engajadas e planejamentos que deem espaço para tentativas e erros.
Para o pesquisador, o sucesso do projeto piloto mostra que a Incubadora de Inovação do IOC pode contribuir para a criação de novos produtos, processos e serviços valiosos, com benefício social e impacto econômico, além de fortalecer habilidades e mentalidades de liderança preparadas para o futuro e construir um motor sustentável para a resiliência e o crescimento organizacional.
Participantes do projeto ressaltaram os benefícios da metodologia aplicada na Incubadora para vencer os desafios de levar uma nova tecnologia ao mercado.
“Foi incrível olhar de outra forma para um projeto que há anos vem sendo desenvolvido. As perspectivas de pessoas externas ao nosso Laboratório fizeram diferença no crescimento do projeto”, apontou a chefe do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental, Clélia Christina Mello da Costa.
A pesquisadora lidera a equipe que está trabalhando em uma estratégia voltada à avaliação da qualidade da água de rios e recursos hídricos.
Diretora do IOC e coordenadora da iniciativa, Tania Araujo-Jorge durante oficina preparatória. Foto: Gutemberg Brito/IOC/FiocruzOutros projetos em fase de incubação estão dedicados a temas como arboviroses e vigilância epidemiológica.
“A Incubadora uniu várias expertises e nos ajudou a entender o que precisava melhorar. A partir disso, vamos começar outra etapa de apresentação do produto para os stakeholders, especialmente para a população”, disse Luciana Garzoni.
Após a palestra, foi lançada a chamada interna para a composição da ‘Vitrine de Obras Autorais e Softwares’. A iniciativa é uma parceria entre as vice-diretorias de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e de Ensino, Informação e Comunicação, desenvolvida por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), vinculado à Plataforma de Apoio à Pesquisa e Inovação (PAPI).
O projeto visa constituir um portfólio online de livros, materiais educacionais, produtos audiovisuais, jogos, expressões gráficas e aplicativos produzidos no Instituto. O objetivo é dar visibilidade e facilitar a prospecção de parcerias de forma a ampliar o acesso da sociedade aos produtos. Após cadastro e seleção internos, a expectativa é de que a vitrine seja compartilhada com o público no primeiro semestre de 2024.
A sessão foi encerrada com homenagem ao físico Ennio Candotti, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por quatro vezes entre 1989 e 2007, que faleceu em 6 de dezembro. A salva de palmas foi puxada pela diretora do IOC, que destacou o papel do professor na divulgação científica e na defesa do compromisso da ciência com a sociedade.
Em seguida, outra novidade foi apresentada pela diretora e pela vice-diretora adjunta de Pesquisa: a instalação física das atividades da incubadora de inovação e aceleradora do IOC no espaço compartilhado com a Plataforma de Tecnologias Sociais, recém implementada no módulo de Expansão do Ensino. A sala ganhará o nome de 'Incubadora de Inovação Ennio Candotti'.
A inovação no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi destaque na edição dos Seminários Temáticos de Pesquisa do IOC, realizada em 7 de dezembro, no Auditório Emmanuel Dias, Pavilhão Arthur Neiva, no campus Manguinhos da Fiocruz.
As conquistas e perspectivas após a conclusão do projeto piloto da Incubadora de Inovação do Instituto foram discutidas na palestra de Harvey Seifter, diretor e pesquisador principal da organização The Art of Science Learning (AoSL), dos Estados Unidos, que coordenou a iniciativa em parceria com a diretora do IOC, Tania Araujo-Jorge, e o artecientista da AoSL, Todd Siler.
A mesa de abertura do evento destacou a importância dos esforços para fazer com que as inovações efetivamente cheguem à sociedade.
Da esquerda pra direita, Luciana Garzoni, Tania Araujo-Jorge, Aline Morais e Harvey Seifter. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz“Promover a cultura da inovação é muito importante e, a partir dessa experiência, vamos ampliar para todos os laboratórios e setores do Instituto”, disse a vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, Luciana Garzoni.
“Trabalhamos cerca de dez meses para chegar a uma proposta para alavancar a cultura de inovação dentro do Instituto, que estava numa das diretrizes do nosso plano quadrienal. Isso é o embrião do que queremos ver, com colaboração entre laboratórios internos e unidades da Fiocruz, para criação de projetos com relevância e impacto social”, afirmou Tania.
A cooperação com o Instituto de Ciência e Tecnologia em Biomodelos (ICTB/Fiocruz) para o aprimoramento de duas tecnologias incubadas foi citada como exemplo de estratégia para acelerar o desenvolvimento de inovações.
“Esse é o caminho para avançarmos na inovação, unidos e trabalhando em prol do bem comum. Só temos a ganhar com essa parceria”, parabenizou o diretor do ICTB, Christoph Milewski, pela iniciativa.
Harvey Seifter, diretor e pesquisador principal da organização The Art of Science Learning (AoSL), dos Estados Unidos. Foto: Gutemberg Brito/IOC/FiocruzA Incubadora de Inovação é promovida pela Diretoria do IOC, com apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT/IOC). Um dos diferenciais da proposta é a aplicação de metodologias de aprendizado baseado em artes para trabalhar habilidades e mentalidades de inovação e avançar no desenvolvimento de tecnologias para oferta ao mercado.
“A incubadora é uma iniciativa pioneira e já vemos resultados promissores. Estamos, de fato, em outro momento no IOC por conta do trabalho desenvolvido”, avaliou a coordenadora do NIT, Aline Morais.
Três tecnologias originais criadas no Instituto foram selecionadas e aproximadamente 40 profissionais integraram o projeto piloto da Incubadora de Inovação do IOC.
As atividades começaram no final de março, com uma oficina online. Em junho, foi realizada a primeira rodada de oficinas presenciais, que estabeleceu objetivos e traçou roteiros para o avanço de cada um dos projetos (clique aqui para conferir a etapa anterior).
Pesquisadores e profissionais do IOC durante as oficinas de planejamento das inovações. Foto: Gutemberg Brito/IOC/FiocruzAo longo de seis meses, as equipes estiveram envolvidas em mais de 100 reuniões e trabalharam com apoio online dos parceiros internacionais da Incubadora e do NIT.
Os resultados alcançados foram apresentados e discutidos na segunda rodada de oficinas presenciais, que aconteceu de 4 a 7 de dezembro. A etapa contou com financiamento por emenda parlamentar destinada pelo então deputado federal Paulo Ramos (PDT/RJ).
Na palestra, Harvey destacou que a arte contribui para desenvolver capacidades de prontidão para aprender, agilidade cognitiva, colaboração e ativação da inovação – elementos considerados fundamentais para o sucesso dos projetos de acordo com mais de 600 observações realizadas pela AoSL.
“Ao final de 20 horas, os grupos que trabalharam com arte triplicaram a colaboração em comparação com grupos que não trabalharam com essa metodologia. Temos dados que mostram impacto na amplitude de ideias, pensamento crítico, solução de problemas, foco, pensamento produtivo e inovação. Por isso, trabalhamos com arte”, disse Harvey.
O pesquisador salientou a contribuição do projeto piloto da Incubadora de Inovação do IOC para alavancar a cultura organizacional, além dos avanços no desenvolvimento nas três tecnologias.
Momento de imersão e trocas com o diretor e pesquisador da The Art of Science Learning (AoSL) fizeram parte das oficinas de preparação. Foto: Gutemberg Brito/IOC/Fiocruz“A cultura come a estratégia no café da manhã”, disse, citando a famosa frase de Peter Drucker, considerado pai da administração moderna.
“Temos que entender e aceitar que a inovação é caótica e imprevisível”, afirmou, reforçando a importância de equipes engajadas e planejamentos que deem espaço para tentativas e erros.
Para o pesquisador, o sucesso do projeto piloto mostra que a Incubadora de Inovação do IOC pode contribuir para a criação de novos produtos, processos e serviços valiosos, com benefício social e impacto econômico, além de fortalecer habilidades e mentalidades de liderança preparadas para o futuro e construir um motor sustentável para a resiliência e o crescimento organizacional.
Participantes do projeto ressaltaram os benefícios da metodologia aplicada na Incubadora para vencer os desafios de levar uma nova tecnologia ao mercado.
“Foi incrível olhar de outra forma para um projeto que há anos vem sendo desenvolvido. As perspectivas de pessoas externas ao nosso Laboratório fizeram diferença no crescimento do projeto”, apontou a chefe do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental, Clélia Christina Mello da Costa.
A pesquisadora lidera a equipe que está trabalhando em uma estratégia voltada à avaliação da qualidade da água de rios e recursos hídricos.
Diretora do IOC e coordenadora da iniciativa, Tania Araujo-Jorge durante oficina preparatória. Foto: Gutemberg Brito/IOC/FiocruzOutros projetos em fase de incubação estão dedicados a temas como arboviroses e vigilância epidemiológica.
“A Incubadora uniu várias expertises e nos ajudou a entender o que precisava melhorar. A partir disso, vamos começar outra etapa de apresentação do produto para os stakeholders, especialmente para a população”, disse Luciana Garzoni.
Após a palestra, foi lançada a chamada interna para a composição da ‘Vitrine de Obras Autorais e Softwares’. A iniciativa é uma parceria entre as vice-diretorias de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação e de Ensino, Informação e Comunicação, desenvolvida por meio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), vinculado à Plataforma de Apoio à Pesquisa e Inovação (PAPI).
O projeto visa constituir um portfólio online de livros, materiais educacionais, produtos audiovisuais, jogos, expressões gráficas e aplicativos produzidos no Instituto. O objetivo é dar visibilidade e facilitar a prospecção de parcerias de forma a ampliar o acesso da sociedade aos produtos. Após cadastro e seleção internos, a expectativa é de que a vitrine seja compartilhada com o público no primeiro semestre de 2024.
A sessão foi encerrada com homenagem ao físico Ennio Candotti, presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) por quatro vezes entre 1989 e 2007, que faleceu em 6 de dezembro. A salva de palmas foi puxada pela diretora do IOC, que destacou o papel do professor na divulgação científica e na defesa do compromisso da ciência com a sociedade.
Em seguida, outra novidade foi apresentada pela diretora e pela vice-diretora adjunta de Pesquisa: a instalação física das atividades da incubadora de inovação e aceleradora do IOC no espaço compartilhado com a Plataforma de Tecnologias Sociais, recém implementada no módulo de Expansão do Ensino. A sala ganhará o nome de 'Incubadora de Inovação Ennio Candotti'.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)