O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) é o anfitrião de um encontro que reúne até sexta-feira, 08/04, no campus de Maguinhos da Fiocruz (RJ), representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), do Ministério da Saúde e do Comitê Técnico Assessor de Eliminação do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita. A iniciativa, que contou com uma programação de dois dias, tem como objetivo atualizar dados e avaliar estratégias adotadas para a comprovação da não circulação dos vírus causadores desses agravos em território nacional.
“O Comitê, que acompanha a documentação sobre o processo de erradicação do sarampo e da rubéola à OPAS, precisa estar atualizado. Este encontro é uma forma de avaliar as estratégias, atualizar os dados mais recentes do país, incluindo os surtos de sarampo que ocorreram no ano passado”, explica a pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC. Referência nacional na vigilância epidemiológica laboratorial do sarampo e da rubéola no país, o Laboratório é responsável por confirmar ou descartar casos positivos no Brasil e identificar, por métodos moleculares, a origem do vírus responsável pela infecção. “Os casos registrados durante estes surtos se limitaram a linhagens que circulam no exterior, apontando que o vírus não circula no país e permanece limitado a casos importados”, define a especialista.
Gutemberg Brito
Representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), do Ministério da Saúde e do Comitê Técnico Assessor de Eliminação do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita participaram do encontro
Vacinação e vigilância
Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a reunião reforça o compromisso assumido pelo Brasil na erradicação dos agravos. “Já enviamos preliminarmente uma documentação à OPAS. Agora, estamos discutindo o que ainda precisa ser feito”, pontua, ressaltando os esforços já realizados para a eliminação da circulação dos vírus no país, como a vacinação contra a rubéola, em 2008, de 67 milhões de pessoas com idade até 39 anos.
“Durante este encontro, as medidas adotadas estão sendo debatidas e analisadas”, pontuou Ricardo Gadelha, da Coordenadoria de Vigilância de Doenças de Transmissão Respiratória do Ministério da Saúde. Para Cristiane Segatto, que também atua na Coordenadoria, o trabalho integrado entre laboratório, vigilância e imunização é um diferencial. “Formamos um grupo que trabalha em todas as esferas para contribuir para o trabalho do Comitê, formado por um grupo mais isento, não relacionado diretamente aos programas da eliminação”.
Segundo o representante da OPAS, Brendan Flannery, a certificação da eliminação da circulação dos vírus do sarampo e da rubéola no país fará parte de uma conquista mais ampla. “A OPAS vai solicitar uma única certificação para toda a região das Américas. Já existem evidências de que estes vírus não circulam em todos os países da região. Porém, o Brasil está mais avançado na elaboração dos documentos necessários. Esta iniciativa deve servir de exemplo para os outros países. Nossa meta é que, até maio de 2012, a OPAS tenha toda a documentação necessária para entregar à Organização Mundial da Saúde”, concluiu.
08/04/2011
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O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) é o anfitrião de um encontro que reúne até sexta-feira, 08/04, no campus de Maguinhos da Fiocruz (RJ), representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), do Ministério da Saúde e do Comitê Técnico Assessor de Eliminação do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita. A iniciativa, que contou com uma programação de dois dias, tem como objetivo atualizar dados e avaliar estratégias adotadas para a comprovação da não circulação dos vírus causadores desses agravos em território nacional.
“O Comitê, que acompanha a documentação sobre o processo de erradicação do sarampo e da rubéola à OPAS, precisa estar atualizado. Este encontro é uma forma de avaliar as estratégias, atualizar os dados mais recentes do país, incluindo os surtos de sarampo que ocorreram no ano passado”, explica a pesquisadora Marilda Siqueira, chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC. Referência nacional na vigilância epidemiológica laboratorial do sarampo e da rubéola no país, o Laboratório é responsável por confirmar ou descartar casos positivos no Brasil e identificar, por métodos moleculares, a origem do vírus responsável pela infecção. “Os casos registrados durante estes surtos se limitaram a linhagens que circulam no exterior, apontando que o vírus não circula no país e permanece limitado a casos importados”, define a especialista.
Gutemberg Brito
Representantes da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), do Ministério da Saúde e do Comitê Técnico Assessor de Eliminação do Sarampo e Eliminação da Rubéola e da Síndrome da Rubéola Congênita participaram do encontro
Vacinação e vigilância
Para a coordenadora do Programa Nacional de Imunizações do Ministério da Saúde, Carla Domingues, a reunião reforça o compromisso assumido pelo Brasil na erradicação dos agravos. “Já enviamos preliminarmente uma documentação à OPAS. Agora, estamos discutindo o que ainda precisa ser feito”, pontua, ressaltando os esforços já realizados para a eliminação da circulação dos vírus no país, como a vacinação contra a rubéola, em 2008, de 67 milhões de pessoas com idade até 39 anos.
“Durante este encontro, as medidas adotadas estão sendo debatidas e analisadas”, pontuou Ricardo Gadelha, da Coordenadoria de Vigilância de Doenças de Transmissão Respiratória do Ministério da Saúde. Para Cristiane Segatto, que também atua na Coordenadoria, o trabalho integrado entre laboratório, vigilância e imunização é um diferencial. “Formamos um grupo que trabalha em todas as esferas para contribuir para o trabalho do Comitê, formado por um grupo mais isento, não relacionado diretamente aos programas da eliminação”.
Segundo o representante da OPAS, Brendan Flannery, a certificação da eliminação da circulação dos vírus do sarampo e da rubéola no país fará parte de uma conquista mais ampla. “A OPAS vai solicitar uma única certificação para toda a região das Américas. Já existem evidências de que estes vírus não circulam em todos os países da região. Porém, o Brasil está mais avançado na elaboração dos documentos necessários. Esta iniciativa deve servir de exemplo para os outros países. Nossa meta é que, até maio de 2012, a OPAS tenha toda a documentação necessária para entregar à Organização Mundial da Saúde”, concluiu.
08/04/2011
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)