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Nova metodologia facilita mapeamento de doenças transmitidas pelo Aedes

Desenvolvida pelo Projeto Arboalvo, ferramenta contribui para políticas públicas de saúde
Por Maíra Menezes16/06/2023 - Atualizado em 21/06/2023

Treze profissionais de quatro cidades-sentinelas que integram o Projeto Arboalvo foram capacitados para implantar mais uma das tecnologias desenvolvidas pelo programa com objetivo de reforçar o combate às arboviroses, incluindo dengue, Zika e chikungunya, em áreas urbanizadas.

Equipes das secretarias municipais de Saúde de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Natal (RN) foram treinadas para a produção de dois tipos de relatórios automatizados: entomológico, referente ao mosquito Aedes aegypti, e epidemiológico, referente aos casos das doenças.

Profissionais de diferentes regiões do país participaram da capacitação e trocaram experiências sobre ações desenvolvidas a partir do Projeto Arboalvo. Foto: Gutemberg Brito 

A partir de dados coletados pelos serviços de vigilância das cidades e informações sobre os territórios, os relatórios automatizados apresentam análises estatísticas realizadas com um software gratuito utilizado pelo projeto. 

Com gráficos, tabelas, mapas e textos, os relatórios traçam um panorama do cenário das arboviroses, facilitando tomadas de decisões pelos gestores.

A capacitação foi organizada pela pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e coordenadora do Arboalvo, Nildimar Honório, em parceria com os professores do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal Fluminense (IME/UFF), Rafael Erbisti, e do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IM/UFRJ), Mariane Branco Alves.

As atividades ocorreram de 22 a 26 de maio no Laboratório de Estatística, na sede do IME, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Além de Nildimar e Mariane, a mesa de abertura do evento contou com a participação de Luzia Nogueira Pinto, chefe do Laboratório das Interações Vírus Hospedeiros do IOC; Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde; Vagner Ricardo dos Santos, coordenador de Controle de Zoonoses de Campo Grande e representante dos profissionais das cidades sentinela integrantes do projeto, e Alex Farah, chefe de Departamento de Análise e vice-diretor do IME/UFF.

Mesa de abertura do evento destacou importância da colaboração entre Ministério da Saúde, secretarias de Saúde e instituições científicas no combate às arboviroses. Foto: Gutemberg Brito

Ao comentar a nova ferramenta, a coordenadora do Arboalvo ressaltou que os relatórios automatizados podem ser produzidos com a periodicidade desejada pelos gestores, o que contribui para a organização das ações de combate às arboviroses em curto e longo prazo, com custos reduzidos.

“A confecção dos relatórios depende somente da leitura de bases de dados epidemiológicos ou entomológicos atualizados. Os resultados são apresentados de forma imediata, exibindo gráficos, tabelas, mapas e análise textual em diversas escalas espaciais, fornecendo um panorama do cenário entomológico e epidemiológico, com a frequência estipulada pela gestão local. Isso permite a realização de análise retrospectiva e em tempo real”, afirmou Nildimar, que é pesquisadora do Laboratório das Interações Vírus Hospedeiros do IOC e coordenadora o Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores da Fiocruz (Nosmove/Fiocruz).

Nildimar Honório apontou que estratificação de áreas de risco realizada pelo Projeto Arboalvo potencializa ações de controle e economiza recursos. Foto: Gutemberg Brito

Financiado pelo Ministério da Saúde, desde 2019, o Projeto Arboalvo desenvolveu e implantou metodologias para estratificação de áreas de risco para transmissão de arboviroses nos municípios, com o objetivo de otimizar as ações de controle das doenças.

O programa trabalha com a capacitação das equipes locais para produção e análise de dados na rotina dos serviços de vigilância. As metodologias para a estratificação de risco desenvolvidas no projeto consideram a distribuição espacial e temporal dos registros de dengue, Zika e chikungunya, assim como o monitoramento do Aedes com armadilhas chamadas de ovitrampas, que permitem qualificar e quantificar a presença e a densidade de ovos depositados, respectivamente. Também levam em conta as condições sociais, sanitárias e climáticas dos territórios, que são determinantes para a transmissão das arboviroses.

O Arboalvo é uma iniciativa da Fiocruz, com coordenação geral do IOC e colaboração da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas). O programa conta com as parcerias da UFRJ, da UFF e das secretarias municipais de Saúde de Belém, Belo Horizonte, Campo Grande e Natal.

Desenvolvida pelo Projeto Arboalvo, ferramenta contribui para políticas públicas de saúde
Por: 
maira

Treze profissionais de quatro cidades-sentinelas que integram o Projeto Arboalvo foram capacitados para implantar mais uma das tecnologias desenvolvidas pelo programa com objetivo de reforçar o combate às arboviroses, incluindo dengue, Zika e chikungunya, em áreas urbanizadas.

Equipes das secretarias municipais de Saúde de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS) e Natal (RN) foram treinadas para a produção de dois tipos de relatórios automatizados: entomológico, referente ao mosquito Aedes aegypti, e epidemiológico, referente aos casos das doenças.

Profissionais de diferentes regiões do país participaram da capacitação e trocaram experiências sobre ações desenvolvidas a partir do Projeto Arboalvo. Foto: Gutemberg Brito 

A partir de dados coletados pelos serviços de vigilância das cidades e informações sobre os territórios, os relatórios automatizados apresentam análises estatísticas realizadas com um software gratuito utilizado pelo projeto. 

Com gráficos, tabelas, mapas e textos, os relatórios traçam um panorama do cenário das arboviroses, facilitando tomadas de decisões pelos gestores.

A capacitação foi organizada pela pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) e coordenadora do Arboalvo, Nildimar Honório, em parceria com os professores do Instituto de Matemática e Estatística da Universidade Federal Fluminense (IME/UFF), Rafael Erbisti, e do Instituto de Matemática da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IM/UFRJ), Mariane Branco Alves.

As atividades ocorreram de 22 a 26 de maio no Laboratório de Estatística, na sede do IME, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio de Janeiro.

Além de Nildimar e Mariane, a mesa de abertura do evento contou com a participação de Luzia Nogueira Pinto, chefe do Laboratório das Interações Vírus Hospedeiros do IOC; Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde; Vagner Ricardo dos Santos, coordenador de Controle de Zoonoses de Campo Grande e representante dos profissionais das cidades sentinela integrantes do projeto, e Alex Farah, chefe de Departamento de Análise e vice-diretor do IME/UFF.

Mesa de abertura do evento destacou importância da colaboração entre Ministério da Saúde, secretarias de Saúde e instituições científicas no combate às arboviroses. Foto: Gutemberg Brito

Ao comentar a nova ferramenta, a coordenadora do Arboalvo ressaltou que os relatórios automatizados podem ser produzidos com a periodicidade desejada pelos gestores, o que contribui para a organização das ações de combate às arboviroses em curto e longo prazo, com custos reduzidos.

“A confecção dos relatórios depende somente da leitura de bases de dados epidemiológicos ou entomológicos atualizados. Os resultados são apresentados de forma imediata, exibindo gráficos, tabelas, mapas e análise textual em diversas escalas espaciais, fornecendo um panorama do cenário entomológico e epidemiológico, com a frequência estipulada pela gestão local. Isso permite a realização de análise retrospectiva e em tempo real”, afirmou Nildimar, que é pesquisadora do Laboratório das Interações Vírus Hospedeiros do IOC e coordenadora o Núcleo Operacional Sentinela de Mosquitos Vetores da Fiocruz (Nosmove/Fiocruz).

Nildimar Honório apontou que estratificação de áreas de risco realizada pelo Projeto Arboalvo potencializa ações de controle e economiza recursos. Foto: Gutemberg Brito

Financiado pelo Ministério da Saúde, desde 2019, o Projeto Arboalvo desenvolveu e implantou metodologias para estratificação de áreas de risco para transmissão de arboviroses nos municípios, com o objetivo de otimizar as ações de controle das doenças.

O programa trabalha com a capacitação das equipes locais para produção e análise de dados na rotina dos serviços de vigilância. As metodologias para a estratificação de risco desenvolvidas no projeto consideram a distribuição espacial e temporal dos registros de dengue, Zika e chikungunya, assim como o monitoramento do Aedes com armadilhas chamadas de ovitrampas, que permitem qualificar e quantificar a presença e a densidade de ovos depositados, respectivamente. Também levam em conta as condições sociais, sanitárias e climáticas dos territórios, que são determinantes para a transmissão das arboviroses.

O Arboalvo é uma iniciativa da Fiocruz, com coordenação geral do IOC e colaboração da Escola Nacional de Saúde Pública Sérgio Arouca (ENSP/Fiocruz), da Escola Politécnica de Saúde Joaquim Venâncio (EPSJV/Fiocruz), do Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (ICICT/Fiocruz), do Programa de Computação Científica (PROCC/Fiocruz) e do Instituto René Rachou (Fiocruz Minas). O programa conta com as parcerias da UFRJ, da UFF e das secretarias municipais de Saúde de Belém, Belo Horizonte, Campo Grande e Natal.

Edição: 
Vinicius Ferreira

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)