A presidência que dirigirá a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no período 2009-2012 tomou posse em solenidade nesta quinta-feira, 15 de janeiro. O sanitarista Paulo Buss, que liderou a fundação nos últimos oito anos, transmitiu o cargo ao presidente eleito, o médico Paulo Gadelha, que ocupou a vice-presidência de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho durante os dois mandatos da gestão Buss. Entre as autoridades presentes à cerimônia, estavam os ministros de Estado da Saúde, José Gomes Temporão, e do Meio-Ambiente, Carlos Minc.
Marcelo Garcia
Temporão destacou a importânica da Fiocruz no cenário da saúde pública nacional
“Estamos vivendo uma crise no capitalismo mundial, mas temos como desafio ampliar ainda mais o acesso da população à saúde. A luta pela construção do SUS é cotidiana e neste sentido a capacidade da Fiocruz é muito importante. Precisamos de uma Fiocruz forte”, Temporão afirmou em discurso.
Paulo Buss destacou que em seus oito anos à frente da Fundação houve importantes conquistas, como a expansão da Fiocruz para outros estados e a abertura do escritório em Moçambique, na África. Ele frisou ainda o aumento da qualidade da pesquisa e do número de egressos nos cursos da instituição. “Houve um crescimento do número de formandos nestes anos como em nenhum outro período e nossa pesquisa – em todos os campos – também brilhou com importantes conquistas: desde o mapeamento do genoma do bacilo utilizado na vacina brasileira contra a tuberculose até o aumento sustentado da publicação de papers em revistas de grande impacto”.
André Telles
Paulo Gadelha (à direita) participou dos oito anos de gestão de seu antecessor, Paulo Buss (no centro), como vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho
Ao receber o cargo de representante máximo da Fiocruz, Gadelha disse estar sobre um “misto de familiaridade e responsabilidade por estar à frente de uma das mais importantes instituições do país”. O novo presidente destacou entre as suas metas a consolidação da Fiocruz como órgão estratégico para a área de saúde em todo o país, com o crescimento e fortalecimento de novas unidades, o incentivo à ciência, tecnologia e inovação em saúde para a melhoria da saúde do povo brasileiro e a excelência na gestão da Fundação.
Ele declarou que vai buscar a superação da dicotomia entre pesquisa e produção que, segundo ele, existe no país, “articulando uma rede de inovação para as necessidades do setor de saúde”. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao felicitar o novo presidente da Fundação, comentou que “Gadelha circula com muita naturalidade em toda a Fiocruz, a história desta casa já está em seu DNA”.
Vice-presidências também foram anunciadas
Na composição das vice-presidências da Fiocruz, dois nomes permanecem: Maria do Carmo Leal e Carlos Grabois Gadelha continuam à frente das vice-presidências de Ensino, Informação e Comunicação e de Produção e Inovação em Saúde, respectivamente. Claude Pirmez, Rômulo Maciel Filho e Valcler Rangel Fernandes completam a equipe.
A vice-presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência será comandada por Claude Pirmez, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desde 1986 e especialista em leishmanioses. Ela deixa a vice-diretoria de Desenvolvimento Institucional e Gestão do IOC para assumir o cargo. Médica patologista, concluiu o mestrado em Medicina da Anatomia Patológica (1983-1986) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o doutorado em Imunologia pelo Instituto de Biofísica da UFRJ (1988-1991). É pós-doutourada no Robert Koch Institute e no Bernhard Nocht Institute da Alemanha (1992-1994) e tem MBA EXecutivo na Coppead, concluído em 2008. No IOC, foi chefe do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular (2001-2003) e do Laboratório de Imunopatologia (1993-2005) e atuou como coordenadora do Serviço de Referência para o Diagnóstico Histopatológico e Molecular das Leishmanioses.
O vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho é Rômulo Maciel Filho, que foi diretor do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, unidade da Fiocruz em Pernambuco, entre dezembro de 2001 e maio de 2007. Com graduação em Economia pela Faculdade de Economia Bennett (1983), mestrado em Planejamento e Gestão de Políticas de Saúde pela Leeds Metropolitan University (1997) e doutorado em Saúde Coletiva no Instituto de Medicina Social/Uerj (2007), foi diretor do Programa do Gabinete do Ministro da Saúde. Tem experiência na área de Ciência Política, com atuação nos temas de políticas de saúde, recursos humanos em saúde e saúde coletiva.
Valcler Rangel Fernandes, que assume a vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção à Saúde, possui graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense, especialização em Medicina Preventiva e Social pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana pelo Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Fiocruz. Atua na área de gestão e planejamento em saúde, tendo ocupado, entre outros, os cargos de subsecretário de Planejamento e Desenvolvimento da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (1999-2001) e de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde (2003-2004). Foi secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, RJ (2005), e diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no Rio de Janeiro (2005-2007), quando coordenou seis unidades hospitalares do Ministério da Saúde.
No processo eleitoral concluído em outubro, Gadelha foi escolhido com 2.870 votos dos servidores da Fundação, o que corresponde a 91,3% dos votos válidos. O conselho deliberativo da Fiocruz ratificou a escolha, oficializada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Gadelha é cearense, mestre em medicina social pela Uerj e doutor em saúde pública pela Fiocruz. Foi relator geral da 12ª Conferência Nacional de Saúde (2003) e é membro da Comissão Intersetorial de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Saúde. Na Fiocruz, foi responsável pela criação da Casa de Oswaldo Cruz (COC), da qual foi diretor entre 1985 e 1997.
Luis Henrique, Raquel Aguiar e Renata Fontoura
15/01/09
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A presidência que dirigirá a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no período 2009-2012 tomou posse em solenidade nesta quinta-feira, 15 de janeiro. O sanitarista Paulo Buss, que liderou a fundação nos últimos oito anos, transmitiu o cargo ao presidente eleito, o médico Paulo Gadelha, que ocupou a vice-presidência de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho durante os dois mandatos da gestão Buss. Entre as autoridades presentes à cerimônia, estavam os ministros de Estado da Saúde, José Gomes Temporão, e do Meio-Ambiente, Carlos Minc.
Marcelo Garcia
Temporão destacou a importânica da Fiocruz no cenário da saúde pública nacional
“Estamos vivendo uma crise no capitalismo mundial, mas temos como desafio ampliar ainda mais o acesso da população à saúde. A luta pela construção do SUS é cotidiana e neste sentido a capacidade da Fiocruz é muito importante. Precisamos de uma Fiocruz forte”, Temporão afirmou em discurso.
Paulo Buss destacou que em seus oito anos à frente da Fundação houve importantes conquistas, como a expansão da Fiocruz para outros estados e a abertura do escritório em Moçambique, na África. Ele frisou ainda o aumento da qualidade da pesquisa e do número de egressos nos cursos da instituição. “Houve um crescimento do número de formandos nestes anos como em nenhum outro período e nossa pesquisa – em todos os campos – também brilhou com importantes conquistas: desde o mapeamento do genoma do bacilo utilizado na vacina brasileira contra a tuberculose até o aumento sustentado da publicação de papers em revistas de grande impacto”.
André Telles
Paulo Gadelha (à direita) participou dos oito anos de gestão de seu antecessor, Paulo Buss (no centro), como vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho
Ao receber o cargo de representante máximo da Fiocruz, Gadelha disse estar sobre um “misto de familiaridade e responsabilidade por estar à frente de uma das mais importantes instituições do país”. O novo presidente destacou entre as suas metas a consolidação da Fiocruz como órgão estratégico para a área de saúde em todo o país, com o crescimento e fortalecimento de novas unidades, o incentivo à ciência, tecnologia e inovação em saúde para a melhoria da saúde do povo brasileiro e a excelência na gestão da Fundação.
Ele declarou que vai buscar a superação da dicotomia entre pesquisa e produção que, segundo ele, existe no país, “articulando uma rede de inovação para as necessidades do setor de saúde”. O ministro da Saúde, José Gomes Temporão, ao felicitar o novo presidente da Fundação, comentou que “Gadelha circula com muita naturalidade em toda a Fiocruz, a história desta casa já está em seu DNA”.
Vice-presidências também foram anunciadas
Na composição das vice-presidências da Fiocruz, dois nomes permanecem: Maria do Carmo Leal e Carlos Grabois Gadelha continuam à frente das vice-presidências de Ensino, Informação e Comunicação e de Produção e Inovação em Saúde, respectivamente. Claude Pirmez, Rômulo Maciel Filho e Valcler Rangel Fernandes completam a equipe.
A vice-presidência de Pesquisa e Laboratórios de Referência será comandada por Claude Pirmez, pesquisadora do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desde 1986 e especialista em leishmanioses. Ela deixa a vice-diretoria de Desenvolvimento Institucional e Gestão do IOC para assumir o cargo. Médica patologista, concluiu o mestrado em Medicina da Anatomia Patológica (1983-1986) na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o doutorado em Imunologia pelo Instituto de Biofísica da UFRJ (1988-1991). É pós-doutourada no Robert Koch Institute e no Bernhard Nocht Institute da Alemanha (1992-1994) e tem MBA EXecutivo na Coppead, concluído em 2008. No IOC, foi chefe do Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular (2001-2003) e do Laboratório de Imunopatologia (1993-2005) e atuou como coordenadora do Serviço de Referência para o Diagnóstico Histopatológico e Molecular das Leishmanioses.
O vice-presidente de Desenvolvimento Institucional e Gestão do Trabalho é Rômulo Maciel Filho, que foi diretor do Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, unidade da Fiocruz em Pernambuco, entre dezembro de 2001 e maio de 2007. Com graduação em Economia pela Faculdade de Economia Bennett (1983), mestrado em Planejamento e Gestão de Políticas de Saúde pela Leeds Metropolitan University (1997) e doutorado em Saúde Coletiva no Instituto de Medicina Social/Uerj (2007), foi diretor do Programa do Gabinete do Ministro da Saúde. Tem experiência na área de Ciência Política, com atuação nos temas de políticas de saúde, recursos humanos em saúde e saúde coletiva.
Valcler Rangel Fernandes, que assume a vice-presidência de Ambiente, Atenção e Promoção à Saúde, possui graduação em Medicina pela Universidade Federal Fluminense, especialização em Medicina Preventiva e Social pela Escola Nacional de Saúde Pública (Ensp/Fiocruz) e em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana pelo Centro de Estudos em Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana/Fiocruz. Atua na área de gestão e planejamento em saúde, tendo ocupado, entre outros, os cargos de subsecretário de Planejamento e Desenvolvimento da Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro (1999-2001) e de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde (2003-2004). Foi secretário municipal de Saúde de Nova Iguaçu, RJ (2005), e diretor do Departamento de Gestão Hospitalar no Rio de Janeiro (2005-2007), quando coordenou seis unidades hospitalares do Ministério da Saúde.
No processo eleitoral concluído em outubro, Gadelha foi escolhido com 2.870 votos dos servidores da Fundação, o que corresponde a 91,3% dos votos válidos. O conselho deliberativo da Fiocruz ratificou a escolha, oficializada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva. Gadelha é cearense, mestre em medicina social pela Uerj e doutor em saúde pública pela Fiocruz. Foi relator geral da 12ª Conferência Nacional de Saúde (2003) e é membro da Comissão Intersetorial de Ciência e Tecnologia do Conselho Nacional de Saúde. Na Fiocruz, foi responsável pela criação da Casa de Oswaldo Cruz (COC), da qual foi diretor entre 1985 e 1997.
Luis Henrique, Raquel Aguiar e Renata Fontoura
15/01/09
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)