Reconhecer pesquisas desenvolvidas no Brasil que contribuam para a qualificação das políticas públicas nacionais destinadas à primeira infância, que abrange crianças de até 6 anos.

Este é o mote do Prêmio Ciência pela Primeira Infância, que reconheceu o estudo de Mônica Maria Sousa de Oliveira, do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). 

Vencedora na categoria 'Mestrado', Monica apresentou pesquisa sobre aprendizagem infantil ao ar livre. A pedagoga criou um curso de formação virtual-vivencial para profissionais da educação infantil do estado do Rio de Janeiro, que, além de contribuir com a formação das participantes, busca promover a conexão criança-natureza para o neurodesenvolvimento integral saudável na infância.

De acordo com o estudo, as etapas da aprendizagem da criança podem ser potencializadas no brincar ao ar livre, com e na natureza, em um ambiente natural no qual a criança aciona todos os sentidos somatossensoriais e proprioceptivo/cinestésico, como cheiros, sabores, sons, cores, texturas, temperatura, posição do corpo no espaço – que formarão memórias corporais, sensoriais e afetivas por toda a vida.

O projeto é orientado por Maria de Fátima Alves de Oliveira, do Laboratório de Avaliação e Promoção da Saúde Ambiental do IOC, e Michele Waltz Comarú, do Instituto Federal do Rio de Janeiro (IFRJ).

A premiação é concedida pelo Núcleo Ciência Pela Infância (NCPI), uma coalizão que trabalha para sensibilizar, mobilizar e capacitar lideranças para fortalecer e qualificar programas e políticas públicas direcionadas ao enfrentamento das desigualdades que afetam as crianças.

O NCPI é composto, atualmente, por cinco organizações: Fundação Van Leer, David Rockefeller Center for Latin American Studies da Universidade de Harvard, Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, Insper e Porticus América Latina.