Em palestra realizada nesta segunda-feira, 18 de agosto, no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o pesquisador norte-americano David Watkins divulgou os últimos avanços obtidos por sua equipe na Universidade de Wisconsin-Madison para o desenvolvimento pré-clÃnico de uma vacina contra o HIV. Há dez anos, Watkins dedica-se à investigação em primatas de potenciais imunobiológicos anti-HIV/Aids. A apresentação, intitulada T cell responses can control replication of the AIDS virus, reuniu pesquisadores e estudantes de pós-graduação na área.
Monika Barth
A imagem produzida por microscopia eletrônica exibe o HIV (partÃculas pretas) em célula do sistema imune
"A alta variabilidade genética do HIV é um grande desafio, que me leva periodicamente a apresentar resultados negativos sobre desenvolvimento de vacinas anti-HIV/Aids. Mas hoje estou aqui para mostrar alguns avanços", Watkins comemorou, dando inÃcio à palestra. "Normalmente, os esforços para a produção de um imunobiológico anti-HIV/Aids objetivam a interrupção da transmissão do vÃrus. Nosso projeto, baseado na resposta imunológica de linfócitos T, visa reduzir a replicação viral na fase aguda da doença, aliviando os impactos que a infecção pode causar sobre a saúde do paciente e a transmissão viral", o pesquisador comparou. "Outro diferencial é a utilização de um esquema vacinal combinando vacina de DNA e adenovÃrus, carreando diferentes genes estruturais e regulatórios de uma variante do SIV, fazendo-se o desafio subsequente com uma cepa virulenta heteróloga. Esta inovação é importante porque é mais próxima da vida real, em que os indivÃduos serão infectados por variantes virais distintas daquelas usadas nos compostos vacinais", completou.
Os resultados positivos apresentados por Watkins indicam que a resposta imunológica de células de defesa conhecidas como linfócitos T pode controlar a replicação do HIV no organismo humano e contribuir para a manutenção da carga viral do paciente abaixo dos Ãndices detectáveis – quando o vÃrus pára de ser transmitido. As conclusões foram obtidas a partir de testes que avaliaram o efeito do produto sobre macacos rhesus infectados experimentalmente. "Entender por que alguns animais infectados tiveram a carga viral reduzida após a aplicação do produto e outros permaneceram com Ãndices inalterados pode ser a chave para o desenvolvimento futuro de uma vacina", Watkins adiantou.
Bel Levy
20/08/08
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Em palestra realizada nesta segunda-feira, 18 de agosto, no Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), o pesquisador norte-americano David Watkins divulgou os últimos avanços obtidos por sua equipe na Universidade de Wisconsin-Madison para o desenvolvimento pré-clÃnico de uma vacina contra o HIV. Há dez anos, Watkins dedica-se à investigação em primatas de potenciais imunobiológicos anti-HIV/Aids. A apresentação, intitulada T cell responses can control replication of the AIDS virus, reuniu pesquisadores e estudantes de pós-graduação na área.
 Monika Barth
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 A imagem produzida por microscopia eletrônica exibe o HIV (partÃculas pretas) em célula do sistema imune
"A alta variabilidade genética do HIV é um grande desafio, que me leva periodicamente a apresentar resultados negativos sobre desenvolvimento de vacinas anti-HIV/Aids. Mas hoje estou aqui para mostrar alguns avanços", Watkins comemorou, dando inÃcio à palestra. "Normalmente, os esforços para a produção de um imunobiológico anti-HIV/Aids objetivam a interrupção da transmissão do vÃrus. Nosso projeto, baseado na resposta imunológica de linfócitos T, visa reduzir a replicação viral na fase aguda da doença, aliviando os impactos que a infecção pode causar sobre a saúde do paciente e a transmissão viral", o pesquisador comparou. "Outro diferencial é a utilização de um esquema vacinal combinando vacina de DNA e adenovÃrus, carreando diferentes genes estruturais e regulatórios de uma variante do SIV, fazendo-se o desafio subsequente com uma cepa virulenta heteróloga. Esta inovação é importante porque é mais próxima da vida real, em que os indivÃduos serão infectados por variantes virais distintas daquelas usadas nos compostos vacinais", completou.
Os resultados positivos apresentados por Watkins indicam que a resposta imunológica de células de defesa conhecidas como linfócitos T pode controlar a replicação do HIV no organismo humano e contribuir para a manutenção da carga viral do paciente abaixo dos Ãndices detectáveis – quando o vÃrus pára de ser transmitido. As conclusões foram obtidas a partir de testes que avaliaram o efeito do produto sobre macacos rhesus infectados experimentalmente. "Entender por que alguns animais infectados tiveram a carga viral reduzida após a aplicação do produto e outros permaneceram com Ãndices inalterados pode ser a chave para o desenvolvimento futuro de uma vacina", Watkins adiantou.
Bel Levy
20/08/08
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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)