Duas pesquisas desenvolvidas na pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foram reconhecidas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2022. Promovida pela Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, a honraria destaca teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde nas áreas temáticas de atuação da instituição.
A tese da farmacêutica Priscila Silva Grijó Farani, realizada no Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, foi vencedora da categoria ‘Ciências biológicas aplicadas e biomedicina’. Com foco na análise de mecanismos de ação de fármacos contra a doença de Chagas crônica, a pesquisa foi orientada pelo pesquisador do Laboratório de Virologia Molecular, OtacÃlio Moreira, e pela chefe do Laboratório de Biologia das Interações, Joseli Lannes.
Desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária, o estudo da bióloga Jéssica Vasques Raposo Vedovi recebeu menção honrosa na categoria ‘Medicina’. Orientada pela chefe adjunta do Laboratório de Virologia Molecular, Vanessa de Paula, a tese investigou infecções por herpesvÃrus em pacientes transplantados e analisou a aplicação de um método de edição do genoma para inibir a replicação viral em cultura de células.
Ao todo, 11 estudos foram contemplados na sexta edição do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. A cerimônia de entrega da premiação será realizada no dia 14 de outubro, no âmbito das atividades da semana de educação.
Saiba mais sobre as pesquisas:
O estudo de Priscila Farani investigou os mecanismos de ação de dois fármacos em modelo experimental da doença de Chagas: benznidazol, medicamento que age contra o parasito Trypanosoma cruzi, e pentoxifilina, remédio usado no tratamento de doenças vasculares, que tem efeito anti-inflamatório.
Realizada com camundongos, que são considerados modelo para o estudo da doença de Chagas, a pesquisa mostrou que a infecção pelo T. cruzi afeta diversos mecanismos moleculares, alterando a expressão de genes relacionados à resposta imune no coração. Também altera a expressão de microRNAs, moléculas que agem na regulação de vias de sinalização celular.
As análises mostraram que os fármacos são capazes de regular ou reverter a expressão de alguns genes alterados e modular a expressão de microRNAs.
O estudo contou ainda com experimentos in vitro, para analisar a ação das substâncias em células de músculo cardÃaco infectadas pelo T. cruzi. Dessa forma, o trabalho apontou perspectivas para identificar biomarcadores, novos alvos terapêuticos e terapias complementares para portadores da doença de Chagas crônica.
A tese foi intitulada ‘Regulação de miRNAs em modelo experimental de doença de Chagas frente à terapia com benznidazol e pentoxifilina: relação com a cardiomiopatia chagásica crônica’.
Dividida em duas partes, a pesquisa de Jéssica Vedovi investigou infecções por herpesvÃrus em pacientes transplantados e avaliou a aplicação de uma metodologia de edição do genoma para bloquear a replicação viral em cultura de células.
Analisando amostras de fÃgado de indivÃduos que sofreram insuficiência hepática aguda de causa desconhecida, a pesquisa detectou a presença de herpesvÃrus em 23% dos casos. Em uma das amostras, foi verificada a presença de três tipos diferentes de herpesvÃrus, um achado inédito na literatura.
Segundo os pesquisadores, os dados indicam a necessidade de incluir os herpesvÃrus no diagnóstico diferencial desses casos e reforçam a importância do diagnóstico para aprimorar o tratamento dos pacientes.
A infecção por herpesvÃrus também foi confirmada em pacientes submetidos a transplante de rim. Nestes casos, os pesquisadores analisaram amostras de saliva e apontaram a glândula salivar como um sÃtio importante de replicação viral, o que pode contribuir para o monitoramento da infecção.
Na segunda parte da pesquisa, a metodologia de edição genética chamada de crispr/cas9 foi aplicada com sucesso para inibir a replicação do herspesvÃrus simples 1 (HSV1) em cultura de células.
O trabalho recebeu o tÃtulo ‘BetaherpesvÃrus humano 5, 6 e 7 em pacientes transplantados e atividade antiviral do crispr/cas9 anti- alphaherpesvÃrus humano 1’.
Duas pesquisas desenvolvidas na pós-graduação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foram reconhecidas no Prêmio Oswaldo Cruz de Teses 2022. Promovida pela Presidência da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), por meio da Vice-Presidência de Educação, Informação e Comunicação, a honraria destaca teses de elevado valor para o avanço do campo da saúde nas áreas temáticas de atuação da instituição.
A tese da farmacêutica Priscila Silva Grijó Farani, realizada no Programa de Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular, foi vencedora da categoria ‘Ciências biológicas aplicadas e biomedicina’. Com foco na análise de mecanismos de ação de fármacos contra a doença de Chagas crônica, a pesquisa foi orientada pelo pesquisador do Laboratório de Virologia Molecular, OtacÃlio Moreira, e pela chefe do Laboratório de Biologia das Interações, Joseli Lannes.
Desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária, o estudo da bióloga Jéssica Vasques Raposo Vedovi recebeu menção honrosa na categoria ‘Medicina’. Orientada pela chefe adjunta do Laboratório de Virologia Molecular, Vanessa de Paula, a tese investigou infecções por herpesvÃrus em pacientes transplantados e analisou a aplicação de um método de edição do genoma para inibir a replicação viral em cultura de células.
Ao todo, 11 estudos foram contemplados na sexta edição do Prêmio Oswaldo Cruz de Teses. A cerimônia de entrega da premiação será realizada no dia 14 de outubro, no âmbito das atividades da semana de educação.  Â
Saiba mais sobre as pesquisas:
O estudo de Priscila Farani investigou os mecanismos de ação de dois fármacos em modelo experimental da doença de Chagas: benznidazol, medicamento que age contra o parasito Trypanosoma cruzi, e pentoxifilina, remédio usado no tratamento de doenças vasculares, que tem efeito anti-inflamatório.
Realizada com camundongos, que são considerados modelo para o estudo da doença de Chagas, a pesquisa mostrou que a infecção pelo T. cruzi afeta diversos mecanismos moleculares, alterando a expressão de genes relacionados à resposta imune no coração. Também altera a expressão de microRNAs, moléculas que agem na regulação de vias de sinalização celular.
As análises mostraram que os fármacos são capazes de regular ou reverter a expressão de alguns genes alterados e modular a expressão de microRNAs.Â
O estudo contou ainda com experimentos in vitro, para analisar a ação das substâncias em células de músculo cardÃaco infectadas pelo T. cruzi. Dessa forma, o trabalho apontou perspectivas para identificar biomarcadores, novos alvos terapêuticos e terapias complementares para portadores da doença de Chagas crônica.
A tese foi intitulada ‘Regulação de miRNAs em modelo experimental de doença de Chagas frente à terapia com benznidazol e pentoxifilina: relação com a cardiomiopatia chagásica crônica’.
Dividida em duas partes, a pesquisa de Jéssica Vedovi investigou infecções por herpesvÃrus em pacientes transplantados e avaliou a aplicação de uma metodologia de edição do genoma para bloquear a replicação viral em cultura de células.
Analisando amostras de fÃgado de indivÃduos que sofreram insuficiência hepática aguda de causa desconhecida, a pesquisa detectou a presença de herpesvÃrus em 23% dos casos. Em uma das amostras, foi verificada a presença de três tipos diferentes de herpesvÃrus, um achado inédito na literatura.
Segundo os pesquisadores, os dados indicam a necessidade de incluir os herpesvÃrus no diagnóstico diferencial desses casos e reforçam a importância do diagnóstico para aprimorar o tratamento dos pacientes.
A infecção por herpesvÃrus também foi confirmada em pacientes submetidos a transplante de rim. Nestes casos, os pesquisadores analisaram amostras de saliva e apontaram a glândula salivar como um sÃtio importante de replicação viral, o que pode contribuir para o monitoramento da infecção.
Na segunda parte da pesquisa, a metodologia de edição genética chamada de crispr/cas9 foi aplicada com sucesso para inibir a replicação do herspesvÃrus simples 1 (HSV1) em cultura de células.
O trabalho recebeu o tÃtulo ‘BetaherpesvÃrus humano 5, 6 e 7 em pacientes transplantados e atividade antiviral do crispr/cas9 anti- alphaherpesvÃrus humano 1’.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)