A produção de conhecimento e a apropriação de valor como fatores essenciais na geração de polÃticas públicas na área de Ciência e Tecnologia. Este foi o eixo central da apresentação do pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sérgio Salles Filho, na tarde desta quinta-feira, 10/06, durante o I Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Utilizando como definição de inovação a 'criação e apropriação social de produtos, serviços e métodos', o conferencista falou sobre o tema Foresight como instrumento de PolÃtica de Ciência e Tecnologia.
De acordo com a apresentação, a expressão em inglês remete ao entendimento completo da forças que moldam o futuro em longo prazo e que devem ser levadas em conta na formulação de polÃticas, planejamento e tomadas de decisão. Se não temos como prever o futuro, precisamos acompanhar as etapas de sua construção, afirmou Salles Filho. Segundo o pesquisador, a agenda das polÃticas públicas para C&T deve priorizar a produção de conhecimento e sua gestão. A produção do conhecimento está fortemente ligada à comunicação, interação e inventividade. Por isso, precisamos formar massa crÃtica e encontrar formas de criar condições ideais para a área de C&T por meio da gestão do conhecimento.
Gutemberg Brito
Salles: "A produção do conhecimento está fortemente ligada à comunicação, interação e inventividade".
A apropriação de valor como fator para gerar inovação na área de C&T foi destacada pelo conferencista. A inovação é o caminho principal para a criação de valor. O que há em comum um aparelho de MP3 e o milho? Os dois produtos, independentemente de mercado, são intensivos em conhecimento e criam valor, comparou Salles Filho, ressaltando que o Brasil deve reter as etapas de produção que geram esse valor. A criação de valor pela inovação é distribuÃda de forma desigual entre indivÃduos e territórios. Por isso, precisamos produzir no paÃs as etapas que realmente tragam valor. Se partirmos desse principio, poderemos elaborar um plano estratégico eficiente para o desenvolvimento da pesquisa e da inovação.
Outros aspecto abordado pelo pesquisador foi a necessidade de avanços relacionados a propriedade intelectual nas instituições de pesquisa. O conhecimento publicado não é necessariamente uma apropriação pública. As instituições de pesquisas precisam ter uma estrutura de propriedade intelectual, avaliou. Aspectos como a função social das organizações de pesquisa, seu relacionamento com a sustentabilidade, os modelos de gestão e o avanço das fronteiras teóricas também foram apontados por Salles Filho como prioridades da agenda de polÃticas na área de C&T.
11/06/10
A produção de conhecimento e a apropriação de valor como fatores essenciais na geração de polÃticas públicas na área de Ciência e Tecnologia. Este foi o eixo central da apresentação do pesquisador da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Sérgio Salles Filho, na tarde desta quinta-feira, 10/06, durante o I Simpósio de Pesquisa e Inovação do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Utilizando como definição de inovação a 'criação e apropriação social de produtos, serviços e métodos', o conferencista falou sobre o tema Foresight como instrumento de PolÃtica de Ciência e Tecnologia.
De acordo com a apresentação, a expressão em inglês remete ao entendimento completo da forças que moldam o futuro em longo prazo e que devem ser levadas em conta na formulação de polÃticas, planejamento e tomadas de decisão. Se não temos como prever o futuro, precisamos acompanhar as etapas de sua construção, afirmou Salles Filho. Segundo o pesquisador, a agenda das polÃticas públicas para C&T deve priorizar a produção de conhecimento e sua gestão. A produção do conhecimento está fortemente ligada à comunicação, interação e inventividade. Por isso, precisamos formar massa crÃtica e encontrar formas de criar condições ideais para a área de C&T por meio da gestão do conhecimento.
Gutemberg Brito
Salles: "A produção do conhecimento está fortemente ligada à comunicação, interação e inventividade".
A apropriação de valor como fator para gerar inovação na área de C&T foi destacada pelo conferencista. A inovação é o caminho principal para a criação de valor. O que há em comum um aparelho de MP3 e o milho? Os dois produtos, independentemente de mercado, são intensivos em conhecimento e criam valor, comparou Salles Filho, ressaltando que o Brasil deve reter as etapas de produção que geram esse valor. A criação de valor pela inovação é distribuÃda de forma desigual entre indivÃduos e territórios. Por isso, precisamos produzir no paÃs as etapas que realmente tragam valor. Se partirmos desse principio, poderemos elaborar um plano estratégico eficiente para o desenvolvimento da pesquisa e da inovação.
Outros aspecto abordado pelo pesquisador foi a necessidade de avanços relacionados a propriedade intelectual nas instituições de pesquisa. O conhecimento publicado não é necessariamente uma apropriação pública. As instituições de pesquisas precisam ter uma estrutura de propriedade intelectual, avaliou. Aspectos como a função social das organizações de pesquisa, seu relacionamento com a sustentabilidade, os modelos de gestão e o avanço das fronteiras teóricas também foram apontados por Salles Filho como prioridades da agenda de polÃticas na área de C&T.
11/06/10
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)