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A relação entre pesquisa, inovação e sistema produtivo

Ecoando debates da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, abertura do I Simpósio de Pesquisa e Inovação do IOC contou com a participação do presidente e vices-presidentes da Fiocruz e diretores do Instituto
Por Jornalismo IOC09/06/2010 - Atualizado em 10/12/2019

Nesta quarta-feira, teve início o I Simpósio de Pesquisa e Inovação do IOC, evento comemorativo dos 110 anos do Instituto. A mesa-redonda de abertura reuniu o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e os vice-presidentes de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Claude Pirmez, e de Produção e Inovação em Saúde, Carlos Gadelha. A mesa contou ainda com a participação da diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, e da coordenadora do evento e vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Mariza Morgado.

 Gutemberg Brito

 

 Presidente da Fiocruz destacou momento favorável para
a área de ciência e inovação no país


Instrumentos para inovar

Paulo Gadelha avaliou o simpósio como uma excelente oportunidade para debater o tema inovação. “O aniversário de 110 anos do IOC é o momento para recordarmos os fatos importantes do passado e para buscarmos uma reflexão e debatermos o futuro”, defendeu.

Destacando o papel cada vez mais importante do Brasil no cenário internacional e a recente realização da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, o presidente da Fundação destacou que o momento é bastante favorável à área da ciência. “Como destacado por entidades como SBPC e ABC na 4ª CNCTI, passamos por um momento importante para a ciência e tecnologia brasileira, há políticas nacionais de fomento bem estruturadas e uma grande oferta de recursos”, ressaltou.

Em relação à inovação, a seu ver, a Fiocruz tem vivenciado um grande avanço nos últimos anos, com novos instrumentos e maior percepção geral de sua importância. Há uma relação próxima entre a pesquisa e a inovação, mas elas não são uma cadeia já fechada. "São necessários instrumentos eficientes para se chegar à inovação", pontuou Paulo Gadelha.

O presidente da Fundação defendeu ainda que as discussões do simpósio serão importantes para balizar os debates sobre o tema inovação no VI Congresso Interno da Fiocruz, que acontecerá em agosto.

Brilhantismo individual e redes

Em sua fala, Claude Pirmez lembrou alguns pontos debatidos na 4ª CNCTI, como a dificuldade na criação de uma cultura inovativa nas instituições brasileiras e a formação de quadros para a área. Neste sentido, ela elogiou a realização do evento, afirmando que “o simpósio mostra a preocupação do IOC em se inserir num mundo mais moderno”.

 Gutemberg Brito

 

 Simpósio debate o tema pesquisa e inovação após a Conferência Nacional de CT&I e antes do VI Congresso Interno da Fiocruz


Ela explicou que a ciência, hoje, é apoiada fortemente na cooperação, um dos focos do evento. “Tivemos no passado cientistas individuais brilhantes, como Galileu, Darwin e Einstein, mas hoje a ciência não é feita isoladamente. Um grande exemplo foi a união de Watson e Crick, que há mais de 50 anos se juntaram na descoberta da estrutura do DNA. Mais recentemente, tivemos o projeto genoma, uma rede global de cooperação”, defendeu.

Em sua avaliação, o momento é excelente para a inovação. “Temos que buscar a inovação, mas não somente de forma incremental, podemos inovar radicalmente. Temos competência pra isso e nos últimos dez anos tivemos e temos hoje um quadro de investimentos muito melhor”, avaliou.

Ciência e sistema produtivo

O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Carlos Gadelha, mostrou uma visão convergente com Paulo Gadelha e Claude Pirmez e destacou que o conceito de inovação é uma mudança em produto e processos que sejam incorporados pelo sistema produtivo.

Apesar de enaltecer a importância da inovação, ele criticou os que defendem uma visão totalmente pragmática e utilitarista da ciência, buscando um resultado apenas de curto prazo. “Esta seria a morte da ciência, precisamos da pesquisa básica. O nosso desafio é como fazer com que os nossos pesquisadores, a boa ciência que fazemos, se insira no sistema produtivo”, destacou.

O vice-presidente entende que dentro da pesquisa básica é preciso criar programas estratégicos de médio e longo prazo para fornecer meios para se inovar. “A inovação não é um produto natural da pesquisa científica, ela segue outra lógica e outro tempo, necessita de métodos, avaliação e indicadores diferentes”, opinou.

Como desafios no tema inovação, ele pontuou a necessidade de se conhecer a demanda da sociedade na área de saúde, a criação de uma cultura e de um projeto estratégico de inovação. Carlos Gadelha aproveitou para elogiar a participação do IOC na 4ª CNCTI, destacando que era a maior delegação da Fiocruz no evento. “A participação mostrou a mobilização do Instituto na discussão de políticas públicas para o futuro e o desenvolvimento do país”, comentou.

Debate pós-CNCTI

A diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, comentou que o Simpósio foi planejado justamente para desdobrar os debates pós-4ª CNCTI e embasar o tema inovação para o VI Congresso Interno da Fiocruz. “Faremos nestes três dias uma grande coleta de ideias, perguntas e propostas para pensarmos o IOC nos próximos anos”, comentou.

Ela destacou que serão debatidos durante o evento como o IOC se relaciona com o mercado, como ausculta as necessidades da sociedade e como sensibilizar e capilarizar a comunidade do IOC sobre a importância da relação entre ciência básica e inovação.

A coordenadora do evento, Mariza Morgado, finalizou comentando que o Simpósio foi tema dentro da Câmara Técnica de Pesquisa e da Diretoria. “Até sexta-feira vamos debater diversos temas importantes para o cenário de inovação no IOC, como política científica e tecnológica, produção de vacinas e fármacos, pesquisa translacional, doenças emergente e negligenciadas, entre outros”, comentou.

Mais informações e programação completa no site: http://www.ioc.fiocruz.br/simposiodepesquisa

09/06/10

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Ecoando debates da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, abertura do I Simpósio de Pesquisa e Inovação do IOC contou com a participação do presidente e vices-presidentes da Fiocruz e diretores do Instituto
Por: 
jornalismo

Nesta quarta-feira, teve início o I Simpósio de Pesquisa e Inovação do IOC, evento comemorativo dos 110 anos do Instituto. A mesa-redonda de abertura reuniu o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, e os vice-presidentes de Pesquisa e Laboratórios de Referência, Claude Pirmez, e de Produção e Inovação em Saúde, Carlos Gadelha. A mesa contou ainda com a participação da diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, e da coordenadora do evento e vice-diretora de Pesquisa, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do IOC, Mariza Morgado.


 Gutemberg Brito

 

 Presidente da Fiocruz destacou momento favorável para

a área de ciência e inovação no país



Instrumentos para inovar

Paulo Gadelha avaliou o simpósio como uma excelente oportunidade para debater o tema inovação. “O aniversário de 110 anos do IOC é o momento para recordarmos os fatos importantes do passado e para buscarmos uma reflexão e debatermos o futuro”, defendeu.

Destacando o papel cada vez mais importante do Brasil no cenário internacional e a recente realização da 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, em Brasília, o presidente da Fundação destacou que o momento é bastante favorável à área da ciência. “Como destacado por entidades como SBPC e ABC na 4ª CNCTI, passamos por um momento importante para a ciência e tecnologia brasileira, há políticas nacionais de fomento bem estruturadas e uma grande oferta de recursos”, ressaltou.

Em relação à inovação, a seu ver, a Fiocruz tem vivenciado um grande avanço nos últimos anos, com novos instrumentos e maior percepção geral de sua importância. Há uma relação próxima entre a pesquisa e a inovação, mas elas não são uma cadeia já fechada. "São necessários instrumentos eficientes para se chegar à inovação", pontuou Paulo Gadelha.

O presidente da Fundação defendeu ainda que as discussões do simpósio serão importantes para balizar os debates sobre o tema inovação no VI Congresso Interno da Fiocruz, que acontecerá em agosto.

Brilhantismo individual e redes

Em sua fala, Claude Pirmez lembrou alguns pontos debatidos na 4ª CNCTI, como a dificuldade na criação de uma cultura inovativa nas instituições brasileiras e a formação de quadros para a área. Neste sentido, ela elogiou a realização do evento, afirmando que “o simpósio mostra a preocupação do IOC em se inserir num mundo mais moderno”.


 Gutemberg Brito

 

 Simpósio debate o tema pesquisa e inovação após a Conferência Nacional de CT&I e antes do VI Congresso Interno da Fiocruz



Ela explicou que a ciência, hoje, é apoiada fortemente na cooperação, um dos focos do evento. “Tivemos no passado cientistas individuais brilhantes, como Galileu, Darwin e Einstein, mas hoje a ciência não é feita isoladamente. Um grande exemplo foi a união de Watson e Crick, que há mais de 50 anos se juntaram na descoberta da estrutura do DNA. Mais recentemente, tivemos o projeto genoma, uma rede global de cooperação”, defendeu.

Em sua avaliação, o momento é excelente para a inovação. “Temos que buscar a inovação, mas não somente de forma incremental, podemos inovar radicalmente. Temos competência pra isso e nos últimos dez anos tivemos e temos hoje um quadro de investimentos muito melhor”, avaliou.

Ciência e sistema produtivo

O vice-presidente de Produção e Inovação em Saúde, Carlos Gadelha, mostrou uma visão convergente com Paulo Gadelha e Claude Pirmez e destacou que o conceito de inovação é uma mudança em produto e processos que sejam incorporados pelo sistema produtivo.

Apesar de enaltecer a importância da inovação, ele criticou os que defendem uma visão totalmente pragmática e utilitarista da ciência, buscando um resultado apenas de curto prazo. “Esta seria a morte da ciência, precisamos da pesquisa básica. O nosso desafio é como fazer com que os nossos pesquisadores, a boa ciência que fazemos, se insira no sistema produtivo”, destacou.

O vice-presidente entende que dentro da pesquisa básica é preciso criar programas estratégicos de médio e longo prazo para fornecer meios para se inovar. “A inovação não é um produto natural da pesquisa científica, ela segue outra lógica e outro tempo, necessita de métodos, avaliação e indicadores diferentes”, opinou.

Como desafios no tema inovação, ele pontuou a necessidade de se conhecer a demanda da sociedade na área de saúde, a criação de uma cultura e de um projeto estratégico de inovação. Carlos Gadelha aproveitou para elogiar a participação do IOC na 4ª CNCTI, destacando que era a maior delegação da Fiocruz no evento. “A participação mostrou a mobilização do Instituto na discussão de políticas públicas para o futuro e o desenvolvimento do país”, comentou.

Debate pós-CNCTI

A diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, comentou que o Simpósio foi planejado justamente para desdobrar os debates pós-4ª CNCTI e embasar o tema inovação para o VI Congresso Interno da Fiocruz. “Faremos nestes três dias uma grande coleta de ideias, perguntas e propostas para pensarmos o IOC nos próximos anos”, comentou.

Ela destacou que serão debatidos durante o evento como o IOC se relaciona com o mercado, como ausculta as necessidades da sociedade e como sensibilizar e capilarizar a comunidade do IOC sobre a importância da relação entre ciência básica e inovação.

A coordenadora do evento, Mariza Morgado, finalizou comentando que o Simpósio foi tema dentro da Câmara Técnica de Pesquisa e da Diretoria. “Até sexta-feira vamos debater diversos temas importantes para o cenário de inovação no IOC, como política científica e tecnológica, produção de vacinas e fármacos, pesquisa translacional, doenças emergente e negligenciadas, entre outros”, comentou.

Mais informações e programação completa no site: http://www.ioc.fiocruz.br/simposiodepesquisa

09/06/10



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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)