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Saiba mais sobre a esquistossomose

Segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente, infecta mais de 200 milhões de pessoas no mundo
Por Jornalismo IOC11/06/2012 - Atualizado em 12/06/2023

Conhecida popularmente como barriga d'água, a esquistossomose pode evoluir como doença pouco sintomática numa fase inicial, podendo evoluir para formas clínicas mais graves e óbito.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 800 milhões de pessoas vivam em áreas endêmicas, em mais de 70 países, tornando-se a segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente, atrás apenas da malária.

Está presente em 18 estados brasileiros, com maior incidência na região Nordeste e no Estado de Minas Gerais.

Doença crônica causada por parasitos do gênero Schistosoma, a esquistossomose tem maior prevalência em locais de baixa infraestrutura sanitária. Caramujos do gênero Biomphalaria atuam como hospedeiros intermediários, enquanto o homem é seu hospedeiro definitivo.

Caramujos da espécie Biomphalaria glabrata albina são hospedeiros intermediários

Transmissão
Locais de água doce com pouca correnteza ou água parada e presença de caramujos infectados são ambientes propícios para a transmissão da esquistossomose.

O contágio é feito quando a larva penetra na pele do indivíduo que, após infectado, libera ovos do parasita em suas fezes que podem ser depositadas em ambientes de água doce.

Em contato com a água, os ovos eclodem dando origem a novas larvas que se alojam em caramujos, desenvolvem-se em cercárias, são liberadas na água e voltam ao ciclo, podendo infectar outro hospedeiro definitivo.

Sintomas
A doença pode se manifestar em duas fases: aguda e crônica. Na aguda, a mais comum, o indivíduo pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, fraqueza, febre, dor de cabeça, diarreia, enjôos e vômitos.

Na crônica, geralmente assintomática, o agravo pode evoluir para um quadro mais grave com aumento por fibrose do fígado, aumento do baço, podendo, também, causar hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago e barriga d'água (dilatação do abdômen).

As formas graves são as menos frequentes. A grande importância médica e social da endemia é sua magnitude, o número gigantesco de pessoas infectadas e expostas a risco.

De acordo com nova reavaliação e classificação das doenças pela OMS, com base no impacto das doenças, seus sintomas, duração e sequelas, na qualidade de vida das pessoas, a esquistossomose passou para o topo do ranking de importância e impacto das doenças, por conta da espoliação crônica que acarreta, com anemia e comprometimento da capacidade cognitiva das crianças, com efeito direto na capacidade de aprendizado escolar e força de trabalho dos adultos jovens, das população mais afetadas, que vivem nas áreas endêmicas dos países que dependem da saúde e bem estar destas populações para atingir seu pleno desenvolvimento.

Tratamento, controle e prevenção
A doença vem sendo tratada com medicamentos antiparasitários. Evitar a proliferação de caramujos, melhorar o saneamento básico e educação em saúde são ações complementares das tentativas de controle. A prevenção, até o momento, não é alcançadas pelas medidas acima.

A produção e utilização em ampla escala de uma vacina permitirá a interrupção da transmissão da endemia e poderá transformar completamente este cenário.

Segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente, infecta mais de 200 milhões de pessoas no mundo
Por: 
jornalismo

Conhecida popularmente como barriga d'água, a esquistossomose pode evoluir como doença pouco sintomática numa fase inicial, podendo evoluir para formas clínicas mais graves e óbito.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) apontam que mais de 800 milhões de pessoas vivam em áreas endêmicas, em mais de 70 países, tornando-se a segunda doença parasitária mais devastadora socioeconomicamente, atrás apenas da malária.

Está presente em 18 estados brasileiros, com maior incidência na região Nordeste e no Estado de Minas Gerais.

Doença crônica causada por parasitos do gênero Schistosoma, a esquistossomose tem maior prevalência em locais de baixa infraestrutura sanitária. Caramujos do gênero Biomphalaria atuam como hospedeiros intermediários, enquanto o homem é seu hospedeiro definitivo.

Caramujos da espécie Biomphalaria glabrata albina são hospedeiros intermediários

Transmissão
Locais de água doce com pouca correnteza ou água parada e presença de caramujos infectados são ambientes propícios para a transmissão da esquistossomose.

O contágio é feito quando a larva penetra na pele do indivíduo que, após infectado, libera ovos do parasita em suas fezes que podem ser depositadas em ambientes de água doce.

Em contato com a água, os ovos eclodem dando origem a novas larvas que se alojam em caramujos, desenvolvem-se em cercárias, são liberadas na água e voltam ao ciclo, podendo infectar outro hospedeiro definitivo.

Sintomas
A doença pode se manifestar em duas fases: aguda e crônica. Na aguda, a mais comum, o indivíduo pode apresentar manifestações clínicas como coceiras e dermatites, fraqueza, febre, dor de cabeça, diarreia, enjôos e vômitos.

Na crônica, geralmente assintomática, o agravo pode evoluir para um quadro mais grave com aumento por fibrose do fígado, aumento do baço, podendo, também, causar hemorragias provocadas por rompimento de veias do esôfago e barriga d'água (dilatação do abdômen).

As formas graves são as menos frequentes. A grande importância médica e social da endemia é sua magnitude, o número gigantesco de pessoas infectadas e expostas a risco.

De acordo com nova reavaliação e classificação das doenças pela OMS, com base no impacto das doenças, seus sintomas, duração e sequelas, na qualidade de vida das pessoas, a esquistossomose passou para o topo do ranking de importância e impacto das doenças, por conta da espoliação crônica que acarreta, com anemia e comprometimento da capacidade cognitiva das crianças, com efeito direto na capacidade de aprendizado escolar e força de trabalho dos adultos jovens, das população mais afetadas, que vivem nas áreas endêmicas dos países que dependem da saúde e bem estar destas populações para atingir seu pleno desenvolvimento.

Tratamento, controle e prevenção
A doença vem sendo tratada com medicamentos antiparasitários. Evitar a proliferação de caramujos, melhorar o saneamento básico e educação em saúde são ações complementares das tentativas de controle. A prevenção, até o momento, não é alcançadas pelas medidas acima.

A produção e utilização em ampla escala de uma vacina permitirá a interrupção da transmissão da endemia e poderá transformar completamente este cenário.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)