Em um esforço conjunto para fortalecer a vigilância do vírus influenza, causador da gripe, no continente americano, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) sediou um curso internacional dedicado a técnicas de sequenciamento genético. A iniciativa é um trabalho conjunto entre o Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), com impacto direto na formulação das vacinas usadas no combate à gripe. De 13 a 17 de maio, especialistas de dez países das Américas participaram do treinamento no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Especialistas de dez países das Américas participaram de treinamento. Foto: Gutemberg BritoO curso foi ministrado por especialistas do IOC e do CDC e teve foco nas quatro cepas do vírus influenza que circulam mais frequentemente entre a população humana: Influenza A(H3N2), Influenza A(H1N1)pdm09, Influenza B/Yamagata e Influenza B/Victoria. Para que a vacina contra a gripe seja eficaz, é necessário acompanhar a evolução genética destes vírus, como explicou John Barnes, microbiologista e chefe da equipe de Genômica de Influenza e Diagnóstico de Influenza do CDC. “A vigilância é muito importante porque o vírus sofre mutações e precisamos acompanhar essas mudanças. A Organização Mundial da Saúde [OMS] realiza duas vezes ao ano encontros internacionais para definir a composição das vacinas, de acordo com as características dos vírus que estão circulando em cada região. Com o sequenciamento genético, nós podemos identificar quais as cepas prevalentes nos países e adaptar a composição da vacina”, o especialista destacou.
Os países participantes do curso possuem Centros Nacionais de Influenza (NIC, na sigla em inglês) e integram a Rede Global de Vigilância da Influenza da OMS. “Estamos na era molecular da medicina e o sequenciamento genético é, neste momento, um pilar da vigilância em influenza”, afirmou Rebecca Kondor, líder de análises genômicas e vice-diretora do Centro Colaborador da OMS para Vigilância, Epidemiologia e Controle da Influenza do CDC. Kondor detalhou os motivos para a escolha do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, que integra a rede de vigilância e atua como referência nacional junto ao Ministério da Saúde, para sediar o curso. “A Fiocruz tem sido parceira no enfrentamento da influenza, é conhecida por seus ótimos laboratórios e é uma liderança regional na realização de ensaios moleculares”, opinou.
Promover a autonomia dos países das Américas no uso de técnicas de sequenciamento genético é importante para ampliar o entendimento sobre a presença do vírus na região, explicou a especialista laboratorial em influenza e vírus emergentes da Opas/OMS, Juliana Leite. “Nosso foco é aumentar a capacidade dos países de gerar dados sobre a circulação do vírus”, completou. Chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, a virologista Marilda Siqueira lembrou os avanços na vigilância do vírus influenza desde a pandemia de 2009 e chamou atenção para um benefício adicional comportado neste tipo de treinamento. “Quando se incrementa um laboratório, mesmo que com foco específico para a análise genética do vírus influenza, estamos também criando capacidade para outras doenças que podem usar a mesma metodologia, como as arboviroses, por exemplo. Essa é a fronteira atual em termos de conhecimento e nos permite uma visão mais clara do que está acontecendo em cada país”, finalizou.
*Reportagem: Lucas Rocha e Marina Saraiva
Em um esforço conjunto para fortalecer a vigilância do vírus influenza, causador da gripe, no continente americano, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) sediou um curso internacional dedicado a técnicas de sequenciamento genético. A iniciativa é um trabalho conjunto entre o Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do IOC, a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas/OMS), e os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos Estados Unidos (CDC), com impacto direto na formulação das vacinas usadas no combate à gripe. De 13 a 17 de maio, especialistas de dez países das Américas participaram do treinamento no campus da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
Especialistas de dez países das Américas participaram de treinamento. Foto: Gutemberg BritoO curso foi ministrado por especialistas do IOC e do CDC e teve foco nas quatro cepas do vírus influenza que circulam mais frequentemente entre a população humana: Influenza A(H3N2), Influenza A(H1N1)pdm09, Influenza B/Yamagata e Influenza B/Victoria. Para que a vacina contra a gripe seja eficaz, é necessário acompanhar a evolução genética destes vírus, como explicou John Barnes, microbiologista e chefe da equipe de Genômica de Influenza e Diagnóstico de Influenza do CDC. “A vigilância é muito importante porque o vírus sofre mutações e precisamos acompanhar essas mudanças. A Organização Mundial da Saúde [OMS] realiza duas vezes ao ano encontros internacionais para definir a composição das vacinas, de acordo com as características dos vírus que estão circulando em cada região. Com o sequenciamento genético, nós podemos identificar quais as cepas prevalentes nos países e adaptar a composição da vacina”, o especialista destacou.
Os países participantes do curso possuem Centros Nacionais de Influenza (NIC, na sigla em inglês) e integram a Rede Global de Vigilância da Influenza da OMS. “Estamos na era molecular da medicina e o sequenciamento genético é, neste momento, um pilar da vigilância em influenza”, afirmou Rebecca Kondor, líder de análises genômicas e vice-diretora do Centro Colaborador da OMS para Vigilância, Epidemiologia e Controle da Influenza do CDC. Kondor detalhou os motivos para a escolha do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, que integra a rede de vigilância e atua como referência nacional junto ao Ministério da Saúde, para sediar o curso. “A Fiocruz tem sido parceira no enfrentamento da influenza, é conhecida por seus ótimos laboratórios e é uma liderança regional na realização de ensaios moleculares”, opinou.
Promover a autonomia dos países das Américas no uso de técnicas de sequenciamento genético é importante para ampliar o entendimento sobre a presença do vírus na região, explicou a especialista laboratorial em influenza e vírus emergentes da Opas/OMS, Juliana Leite. “Nosso foco é aumentar a capacidade dos países de gerar dados sobre a circulação do vírus”, completou. Chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC, a virologista Marilda Siqueira lembrou os avanços na vigilância do vírus influenza desde a pandemia de 2009 e chamou atenção para um benefício adicional comportado neste tipo de treinamento. “Quando se incrementa um laboratório, mesmo que com foco específico para a análise genética do vírus influenza, estamos também criando capacidade para outras doenças que podem usar a mesma metodologia, como as arboviroses, por exemplo. Essa é a fronteira atual em termos de conhecimento e nos permite uma visão mais clara do que está acontecendo em cada país”, finalizou.
*Reportagem: Lucas Rocha e Marina Saraiva
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)