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Solidariedade científica: Fiocruz capacita países da América Latina para diagnóstico laboratorial do novo coronavírus

Iniciativa foi resultado de ação integrada da OPAS e do Ministério da Saúde
Por Vinicius Ferreira e Kadu Cayres11/02/2020 - Atualizado em 18/02/2022

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) promoveram, nos dias 6 e 7 de fevereiro, a capacitação de técnicos em saúde de nove países da América Latina para a realização de diagnóstico laboratorial do novo coronavírus (2019-nCoV).

O treinamento foi oferecido pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) como parte da preparação para a resposta à possível introdução do vírus na região. Especialistas de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai participaram da capacitação. “Esta é uma oportunidade de compartilharmos com outros países os protocolos e as discussões necessárias para o diagnóstico laboratorial desse novo coronavírus”, comentou a chefe do Laboratório, Marilda Siqueira.

Durante a capacitação foram abordados temas relacionados à vigilância laboratorial, protocolo para o diagnóstico do novo coronavírus, recomendações sobre biossegurança, transporte de amostras e discussão geral com os países sobre a situação atual de cada local e as perspectivas em relação à vigilância. Além disso, foram formados grupos de trabalho para a realização de práticas laboratoriais, montagem de protocolos e revisão e análise dos resultados obtidos.

Especialistas dos noves países participantes juntamente com autoridades e pesquisadores da Fiocruz. Foto: Gutemberg Brito

A Fiocruz possui larga experiência na cooperação com países da América do Sul, orientada para a construção e a consolidação de estratégias baseadas no princípio da solidariedade internacional e na promoção da equidade em saúde. “Diante dos desafios desta emergência, a cooperação internacional se mostra protagonista. Afinal, a vigilância vem sendo vista em âmbito global, já que para vírus não existe fronteira”, pontuou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Recentemente, o Laboratório realizou o treinamento de profissionais dos Institutos Evandro Chagas, do Pará, e Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, possibilitando a descentralização do diagnóstico no âmbito da rede brasileira na investigação de casos suspeitos. Saiba mais aqui.

Vigilância sem fronteiras

A cerimônia de encerramento, realizada no dia 07/02, contou com a participação do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Wanderson Kléber de Oliveira; da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade; do coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio; da representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross Galiano; do assessor regional para Doenças Virais da OPAS/OMS, Jairo Méndez; do diretor do IOC/Fiocruz, José Paulo Gagliardi Leite; e da chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz, Marilda Siqueira.

Durante a solenidade, Rivaldo Venâncio agradeceu a disponibilidade das demais unidades da Fundação nos preparativos da capacitação. “Gostaria de destacar, também, a presença de todos os nossos vice-presidentes e dos membros do Conselho Deliberativo da instituição neste relevante momento de preparação nacional a uma possível introdução do novo coronavírus (2019-nCoV) no país e na América do Sul como todo”, declarou.

Já o diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, reforçou o protagonismo do Instituto e da Fiocruz em episódios de emergência de saúde pública. “Há 120 anos, iniciamos nossa trajetória científica combatendo situações de emergência sanitária. Mais de um século depois, seguimos com o mesmo propósito”, declarou.

O assessor da OPAS salientou a importância do trabalho conjunto em situações de emergência de saúde pública de importância internacional. “Espero que os participantes da capacitação percebam o impacto desta ação. O que estamos fazendo aqui é um exemplo de como se responde à uma emergência: juntos. Sinto-me honrado por preparar profissionais que irão atuar diretamente na implementação do diagnóstico específico nos países latino-americanos”, disse Jairo Méndez.

Em sua fala, Socorro Gross chamou atenção para a importância do investimento em vigilância por parte do governo brasileiro e destacou que, nunca antes na história, a comunidade internacional se mobilizou tão rapidamente a despeito de solucionar uma emergência global. “Graças à atuação da vigilância em saúde conseguimos tomar decisões certeiras diante de situações como o novo coronavírus. Assim como investir em pesquisa é importante, em vigilância também”, pontuou.

No contexto da vigilância em saúde, Wanderson Oliveira ressaltou que, apesar de a assistência permanecer na linha de frente, aos poucos as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis vão demostrando sua importância. “Por meio da vigilância em saúde, estamos tranquilizando a sociedade. Ainda não temos nenhum caso no Brasil. Mas caso surja, estamos preparados para tratar. O novo coronavírus não deve ser subjugado, nem supervalorizado. O que devemos é fortalecer a vigilância”, sinalizou.

Iniciativa foi resultado de ação integrada da OPAS e do Ministério da Saúde
Por: 
viniciusferreira
kadu

A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o Ministério da Saúde e a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS/OMS) promoveram, nos dias 6 e 7 de fevereiro, a capacitação de técnicos em saúde de nove países da América Latina para a realização de diagnóstico laboratorial do novo coronavírus (2019-nCoV).

O treinamento foi oferecido pelo Laboratório de Vírus Respiratório e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) como parte da preparação para a resposta à possível introdução do vírus na região. Especialistas de Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Panamá, Paraguai, Peru e Uruguai participaram da capacitação. “Esta é uma oportunidade de compartilharmos com outros países os protocolos e as discussões necessárias para o diagnóstico laboratorial desse novo coronavírus”, comentou a chefe do Laboratório, Marilda Siqueira.

Durante a capacitação foram abordados temas relacionados à vigilância laboratorial, protocolo para o diagnóstico do novo coronavírus, recomendações sobre biossegurança, transporte de amostras e discussão geral com os países sobre a situação atual de cada local e as perspectivas em relação à vigilância. Além disso, foram formados grupos de trabalho para a realização de práticas laboratoriais, montagem de protocolos e revisão e análise dos resultados obtidos.

Especialistas dos noves países participantes juntamente com autoridades e pesquisadores da Fiocruz. Foto: Gutemberg Brito

A Fiocruz possui larga experiência na cooperação com países da América do Sul, orientada para a construção e a consolidação de estratégias baseadas no princípio da solidariedade internacional e na promoção da equidade em saúde. “Diante dos desafios desta emergência, a cooperação internacional se mostra protagonista. Afinal, a vigilância vem sendo vista em âmbito global, já que para vírus não existe fronteira”, pontuou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade Lima.

Recentemente, o Laboratório realizou o treinamento de profissionais dos Institutos Evandro Chagas, do Pará, e Instituto Adolfo Lutz, de São Paulo, possibilitando a descentralização do diagnóstico no âmbito da rede brasileira na investigação de casos suspeitos. Saiba mais aqui.

Vigilância sem fronteiras

A cerimônia de encerramento, realizada no dia 07/02, contou com a participação do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Wanderson Kléber de Oliveira; da presidente da Fiocruz, Nísia Trindade; do coordenador de Vigilância em Saúde e Laboratórios de Referência da Fiocruz, Rivaldo Venâncio; da representante da OPAS/OMS no Brasil, Socorro Gross Galiano; do assessor regional para Doenças Virais da OPAS/OMS, Jairo Méndez; do diretor do IOC/Fiocruz, José Paulo Gagliardi Leite; e da chefe do Laboratório de Vírus Respiratório e Sarampo do IOC/Fiocruz, Marilda Siqueira.

Durante a solenidade, Rivaldo Venâncio agradeceu a disponibilidade das demais unidades da Fundação nos preparativos da capacitação. “Gostaria de destacar, também, a presença de todos os nossos vice-presidentes e dos membros do Conselho Deliberativo da instituição neste relevante momento de preparação nacional a uma possível introdução do novo coronavírus (2019-nCoV) no país e na América do Sul como todo”, declarou.

Já o diretor do IOC, José Paulo Gagliardi Leite, reforçou o protagonismo do Instituto e da Fiocruz em episódios de emergência de saúde pública. “Há 120 anos, iniciamos nossa trajetória científica combatendo situações de emergência sanitária. Mais de um século depois, seguimos com o mesmo propósito”, declarou.

O assessor da OPAS salientou a importância do trabalho conjunto em situações de emergência de saúde pública de importância internacional. “Espero que os participantes da capacitação percebam o impacto desta ação. O que estamos fazendo aqui é um exemplo de como se responde à uma emergência: juntos. Sinto-me honrado por preparar profissionais que irão atuar diretamente na implementação do diagnóstico específico nos países latino-americanos”, disse Jairo Méndez.

Em sua fala, Socorro Gross chamou atenção para a importância do investimento em vigilância por parte do governo brasileiro e destacou que, nunca antes na história, a comunidade internacional se mobilizou tão rapidamente a despeito de solucionar uma emergência global. “Graças à atuação da vigilância em saúde conseguimos tomar decisões certeiras diante de situações como o novo coronavírus. Assim como investir em pesquisa é importante, em vigilância também”, pontuou.

No contexto da vigilância em saúde, Wanderson Oliveira ressaltou que, apesar de a assistência permanecer na linha de frente, aos poucos as ações de vigilância, prevenção e controle de doenças transmissíveis vão demostrando sua importância. “Por meio da vigilância em saúde, estamos tranquilizando a sociedade. Ainda não temos nenhum caso no Brasil. Mas caso surja, estamos preparados para tratar. O novo coronavírus não deve ser subjugado, nem supervalorizado. O que devemos é fortalecer a vigilância”, sinalizou.

Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)