Resgatar e preservar a memória de pessoas, grupos, espaços e estruturas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Essa é a proposta do projeto 'Somos Manguinhos', lançado em sessão especial do Centro de Estudos do IOC, no dia 13 de novembro.
O lançamento ocorreu no Auditório Emmanuel Dias, Pavilhão Arthur Neiva, no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
A primeira sessão homenageou a trajetória e o legado do pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa, que atuou por mais de 50 anos no Instituto e faleceu em junho de 2023.
Confira o vídeo da sessão:
Idealizado pelo Departamento de Jornalismo e Comunicação (Dejor/IOC), o projeto está alinhado à Política de Memória Institucional da Fiocruz e articulado às Políticas de Comunicação e de Divulgação Científica da Fundação. O pré-lançamento da iniciativa foi realizado em agosto, durante a 5ª edição do Fórum Fiocruz de Memória.
Durante o lançamento, a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, destacou a relevância da memória para a identidade institucional.
“Esse projeto vai resgatar histórias. Algumas estão escritas. Outras estão só nas nossas lembranças. Esse será um espaço de reunião e agregação de informações a partir de quem conviveu e de quem estudou a trajetória de pessoas, grupos e espaços do Instituto”, disse Tania.
A vice-diretora de Pesquisa e Educação da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Magali Romero Sá, elogiou a iniciativa no escopo da Política de Memória Institucional da Fiocruz, que tem coordenação executiva da COC.
“O IOC é um grande parceiro nessa política e está lançando um projeto que vai dar muitos frutos”, afirmou Magali, que representou o diretor da Unidade, Marcos José Pinheiro, no evento.
Participantes da primeira edição do projeto 'Somos Manguinhos', que homenageou o pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa. Foto: Ricardo SchmidtIdealizadora do projeto 'Somos Manguinhos,' a chefe do Dejor, Raquel Aguiar, enfatizou a importância do compartilhamento de fatos e afetos.
“Esse projeto não é sobre os pedacinhos que formam o Instituto. É sobre como cada pedaço e o todo dialogam, criando algo muito maior do que cada um de nós. Isso só é possível porque temos pessoas que nos inspiram. O IOC sempre foi casa de ousadia e de resistência. Memória compartilhada é isso”, declarou Raquel, que integrou a relatoria da Política de Memória Institucional da Fiocruz e integra a Coordenação Executiva da Política de Memória da Fiocruz.
O vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Ademir Martins, parabenizou a equipe envolvida no projeto.
“Estamos muito felizes de lançar esse projeto com a homenagem a um dos nossos mestres, Sylvio Celso, e em sessão especial do nosso tradicional Centro de Estudos. Gostaria de parabenizar e agradecer a todos os envolvidos nessa iniciativa”, declarou Ademir.
Primeiro homenageado no projeto 'Somos Manguinhos', Sylvio Celso Gonçalves da Costa formou-se em história natural pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Estado da Guanabara, foi aluno do Curso de Aplicação do IOC e especializou-se em imunologia celular e imunoparasitologia no Instituto Pasteur, na França. Realizou o doutorado em Ciências Veterinárias na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com tese sobre resposta imune na doença de Chagas, sob orientação de Nicolau Maués Serra Freire.
No IOC, Sylvio Celso fundou o Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia e liderou o Departamento de Protozoologia, além de coordenar a Pós-graduação em Biologia Parasitária. Foto: Gutemberg BritoO pesquisador ingressou no IOC em 1959, como estagiário na equipe do helmintologista Lauro Travassos - episódio que relata em projeto de memória anterior, realizado pelo Dejor no contexto das celebrações pelos 110 anos do Instituto, em 2010.
Em mais de 50 anos de atuação no IOC, criou o Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia (atual Laboratório de Protozoologia) e liderou, por dez anos, o Departamento de Protozoologia. Também coordenou, por 12 anos, o Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do IOC.
Publicou mais de cem artigos e formou cerca de 40 alunos na pós-graduação. Durante a ditadura militar, foi um dos responsáveis pela resistência das atividades da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, lançada em 1909.
Orientada no mestrado e doutorado por Sylvio Celso, a chefe do Laboratório de Protozoologia, Katia Calabrese, organizou a homenagem. O evento contou com depoimentos de especialistas formadas pelo imunologista, colegas que dividiram o dia a dia com ele no IOC e familiares.
Entre os participantes, estiveram a diretora do curso de Medicina Veterinária da Universidade do Estado do Maranhão (Uema), Ana Lucia Abreu Silva, que foi orientada por Sylvio Celso no doutorado; os pesquisadores do IOC, Delir Corrêa Gomes Maués da Serra Freire e Leon Rabinovitch, amigos de longa data do imunologista; o atual coordenador do Programa de Biologia Parasitária do Instituto, André Roque; a afilhada do cientista, Deise Miranda Vianna, docente do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC; e o filho do pesquisador, Carlos Irineu da Costa.
Resgatar e preservar a memória de pessoas, grupos, espaços e estruturas do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). Essa é a proposta do projeto 'Somos Manguinhos', lançado em sessão especial do Centro de Estudos do IOC, no dia 13 de novembro.
O lançamento ocorreu no Auditório Emmanuel Dias, Pavilhão Arthur Neiva, no campus Manguinhos-Maré da Fiocruz, no Rio de Janeiro.
A primeira sessão homenageou a trajetória e o legado do pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa, que atuou por mais de 50 anos no Instituto e faleceu em junho de 2023.
Confira o vídeo da sessão:
Idealizado pelo Departamento de Jornalismo e Comunicação (Dejor/IOC), o projeto está alinhado à Política de Memória Institucional da Fiocruz e articulado às Políticas de Comunicação e de Divulgação Científica da Fundação. O pré-lançamento da iniciativa foi realizado em agosto, durante a 5ª edição do Fórum Fiocruz de Memória.
Durante o lançamento, a diretora do IOC, Tania Cremonini de Araujo-Jorge, destacou a relevância da memória para a identidade institucional.
“Esse projeto vai resgatar histórias. Algumas estão escritas. Outras estão só nas nossas lembranças. Esse será um espaço de reunião e agregação de informações a partir de quem conviveu e de quem estudou a trajetória de pessoas, grupos e espaços do Instituto”, disse Tania.
A vice-diretora de Pesquisa e Educação da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Magali Romero Sá, elogiou a iniciativa no escopo da Política de Memória Institucional da Fiocruz, que tem coordenação executiva da COC.
“O IOC é um grande parceiro nessa política e está lançando um projeto que vai dar muitos frutos”, afirmou Magali, que representou o diretor da Unidade, Marcos José Pinheiro, no evento.
Participantes da primeira edição do projeto 'Somos Manguinhos', que homenageou o pesquisador Sylvio Celso Gonçalves da Costa. Foto: Ricardo SchmidtIdealizadora do projeto 'Somos Manguinhos,' a chefe do Dejor, Raquel Aguiar, enfatizou a importância do compartilhamento de fatos e afetos.
“Esse projeto não é sobre os pedacinhos que formam o Instituto. É sobre como cada pedaço e o todo dialogam, criando algo muito maior do que cada um de nós. Isso só é possível porque temos pessoas que nos inspiram. O IOC sempre foi casa de ousadia e de resistência. Memória compartilhada é isso”, declarou Raquel, que integrou a relatoria da Política de Memória Institucional da Fiocruz e integra a Coordenação Executiva da Política de Memória da Fiocruz.
O vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação do IOC, Ademir Martins, parabenizou a equipe envolvida no projeto.
“Estamos muito felizes de lançar esse projeto com a homenagem a um dos nossos mestres, Sylvio Celso, e em sessão especial do nosso tradicional Centro de Estudos. Gostaria de parabenizar e agradecer a todos os envolvidos nessa iniciativa”, declarou Ademir.
Primeiro homenageado no projeto 'Somos Manguinhos', Sylvio Celso Gonçalves da Costa formou-se em história natural pela Faculdade de Filosofia Ciências e Letras do Estado da Guanabara, foi aluno do Curso de Aplicação do IOC e especializou-se em imunologia celular e imunoparasitologia no Instituto Pasteur, na França. Realizou o doutorado em Ciências Veterinárias na Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), com tese sobre resposta imune na doença de Chagas, sob orientação de Nicolau Maués Serra Freire.
No IOC, Sylvio Celso fundou o Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia e liderou o Departamento de Protozoologia, além de coordenar a Pós-graduação em Biologia Parasitária. Foto: Gutemberg BritoO pesquisador ingressou no IOC em 1959, como estagiário na equipe do helmintologista Lauro Travassos - episódio que relata em projeto de memória anterior, realizado pelo Dejor no contexto das celebrações pelos 110 anos do Instituto, em 2010.
Em mais de 50 anos de atuação no IOC, criou o Laboratório de Imunomodulação e Protozoologia (atual Laboratório de Protozoologia) e liderou, por dez anos, o Departamento de Protozoologia. Também coordenou, por 12 anos, o Programa de Pós-graduação em Biologia Parasitária do IOC.
Publicou mais de cem artigos e formou cerca de 40 alunos na pós-graduação. Durante a ditadura militar, foi um dos responsáveis pela resistência das atividades da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, lançada em 1909.
Orientada no mestrado e doutorado por Sylvio Celso, a chefe do Laboratório de Protozoologia, Katia Calabrese, organizou a homenagem. O evento contou com depoimentos de especialistas formadas pelo imunologista, colegas que dividiram o dia a dia com ele no IOC e familiares.
Entre os participantes, estiveram a diretora do curso de Medicina Veterinária da Universidade do Estado do Maranhão (Uema), Ana Lucia Abreu Silva, que foi orientada por Sylvio Celso no doutorado; os pesquisadores do IOC, Delir Corrêa Gomes Maués da Serra Freire e Leon Rabinovitch, amigos de longa data do imunologista; o atual coordenador do Programa de Biologia Parasitária do Instituto, André Roque; a afilhada do cientista, Deise Miranda Vianna, docente do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e do Programa de Pós-graduação em Ensino em Biociências e Saúde do IOC; e o filho do pesquisador, Carlos Irineu da Costa.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)