O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o anfitrião da visita do médico Ayurveda, Sukumar Sadanand Sardeshmukh, diretor do Bharatiya Sanskriti Darshan Trust, na Índia. No contexto das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) oferecidas na Unidade, o especialista esteve no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), para promover troca de saberes em plantas medicinais.
O encontro, realizado na última quinta-feira, 25 de agosto, reuniu profissionais em fitoterápicos e terapeutas de PICS de diferentes unidades da Fiocruz, além de estudantes de Ayurveda. A atividade, chamada de '1º Horto do Saber', foi organizada pela pesquisadora do Laboratório de Inovação, Terapia, Ensino e Bioprodutos do IOC, Cristine Maria de Lima Andrade, que é mestre de reiki nível 3B e participante das PICs oferecidas no IOC.
O médico conheceu o horto da Fundação e a sede do projeto Terrapia, que integra o Programa Fiocruz Saudável.
“Tivemos uma palestra do Dr. Sukumar no Centro de Estudos do IOC, em julho, e vimos o interesse da comunidade da Fiocruz e de alunos e terapeutas de PICs em continuar a troca de conhecimentos e saberes. A fitoterapia é alvo de estudos da Fiocruz e já faz parte das práticas oferecidas no SUS [Sistema Único de Saúde]. Trazer o conhecimento da Ayurveda fortalece a política nacional de práticas integrativas e complementares em saúde”, disse Cristine.
No percurso pelo horto, o especialista identificou plantas que são consideradas medicinais na Ayurveda. Algumas, como boldo e capim limão, também têm propriedades medicinas reconhecidas no Brasil. Porém, os usos possuem variações.
Enquanto os brasileiros recorrem ao chá de boldo para problemas digestivos, a Ayurveda identifica que a planta pode ser benéfica para a digestão e o pulmão. Além da infusão, preparações em óleos essenciais e como tempero na comida são utilizadas.
Na formulação fitoterápica ofertada no SUS, o capim-limão pode ser indicado como sedativo leve. Na Ayurveda, o óleo essencial da planta também é reconhecido por acalmar “mentes agitadas”, mas há muitas outras aplicações, isoladamente ou em combinação com outras ervas, recomendadas em casos de febre ou infecções respiratórias com muco.
Sukumar ressaltou que os conhecimentos da medicina ayurvédica foram acumulados ao longo de milhares de anos. “A Ayurveda surgiu há mais dez mil anos na Índia. É a nossa principal medicina tradicional e consideramos que é uma medicina baseada em evidências, porque os medicamentos foram testados por muitos milhares de anos”, comentou.
“No sistema de saúde indiano, a Ayurveda é usada como uma fronteira, porque é um meio natural de tratar as pessoas. Leva mais tempo do que a medicina alopática, mas trata a causa dos problemas, não os sintomas”, completou o médico.
O coordenador do Setor de Plantas Medicinais do Fórum Itaboraí (Campus Fiocruz Petrópolis), Sergio Monteiro, destacou a relevância do intercâmbio de conhecimentos.
“Eles usam plantas que nós temos. Muitas vezes, com mais propriedades do que conhecemos aqui. Isso é importante para fortalecer o uso e o respeito para conservar essas espécies, que, em alguns casos, são consideradas apenas como plantas ornamentais ou mato, no Brasil”, ponderou o especialista em fitomedicamentos.
A visita foi encerrada na sede do projeto Terrapia, onde os participantes também observaram espécies de plantas presentes e foram convidados da tomar um suco preparado com plantas comestíveis e sementes germinadas.
Sobre as PICS
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC) contempla sistemas de saúde complexos e recursos terapêuticos. Denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa, essas práticas envolvem abordagens de baixo custo, voltadas para a recuperação do equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual.
No IOC, as PICS são oferecidas no contexto do compromisso com a valorização das pessoas. As práticas são realizadas por voluntários e estão disponíveis para trabalhadores e estudantes. Atualmente, são oferecidas as atividades de acupuntura, auriculoterapia, meditação, reiki, terapia de florais e yoga.
O Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi o anfitrião da visita do médico Ayurveda, Sukumar Sadanand Sardeshmukh, diretor do Bharatiya Sanskriti Darshan Trust, na Índia. No contexto das Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PICS) oferecidas na Unidade, o especialista esteve no campus da Fiocruz, em Manguinhos (RJ), para promover troca de saberes em plantas medicinais.
O encontro, realizado na última quinta-feira, 25 de agosto, reuniu profissionais em fitoterápicos e terapeutas de PICS de diferentes unidades da Fiocruz, além de estudantes de Ayurveda. A atividade, chamada de '1º Horto do Saber', foi organizada pela pesquisadora do Laboratório de Inovação, Terapia, Ensino e Bioprodutos do IOC, Cristine Maria de Lima Andrade, que é mestre de reiki nível 3B e participante das PICs oferecidas no IOC.
O médico conheceu o horto da Fundação e a sede do projeto Terrapia, que integra o Programa Fiocruz Saudável.
“Tivemos uma palestra do Dr. Sukumar no Centro de Estudos do IOC, em julho, e vimos o interesse da comunidade da Fiocruz e de alunos e terapeutas de PICs em continuar a troca de conhecimentos e saberes. A fitoterapia é alvo de estudos da Fiocruz e já faz parte das práticas oferecidas no SUS [Sistema Único de Saúde]. Trazer o conhecimento da Ayurveda fortalece a política nacional de práticas integrativas e complementares em saúde”, disse Cristine.
No percurso pelo horto, o especialista identificou plantas que são consideradas medicinais na Ayurveda. Algumas, como boldo e capim limão, também têm propriedades medicinas reconhecidas no Brasil. Porém, os usos possuem variações.
Enquanto os brasileiros recorrem ao chá de boldo para problemas digestivos, a Ayurveda identifica que a planta pode ser benéfica para a digestão e o pulmão. Além da infusão, preparações em óleos essenciais e como tempero na comida são utilizadas.
Na formulação fitoterápica ofertada no SUS, o capim-limão pode ser indicado como sedativo leve. Na Ayurveda, o óleo essencial da planta também é reconhecido por acalmar “mentes agitadas”, mas há muitas outras aplicações, isoladamente ou em combinação com outras ervas, recomendadas em casos de febre ou infecções respiratórias com muco.
Sukumar ressaltou que os conhecimentos da medicina ayurvédica foram acumulados ao longo de milhares de anos. “A Ayurveda surgiu há mais dez mil anos na Índia. É a nossa principal medicina tradicional e consideramos que é uma medicina baseada em evidências, porque os medicamentos foram testados por muitos milhares de anos”, comentou.
“No sistema de saúde indiano, a Ayurveda é usada como uma fronteira, porque é um meio natural de tratar as pessoas. Leva mais tempo do que a medicina alopática, mas trata a causa dos problemas, não os sintomas”, completou o médico.
O coordenador do Setor de Plantas Medicinais do Fórum Itaboraí (Campus Fiocruz Petrópolis), Sergio Monteiro, destacou a relevância do intercâmbio de conhecimentos.
“Eles usam plantas que nós temos. Muitas vezes, com mais propriedades do que conhecemos aqui. Isso é importante para fortalecer o uso e o respeito para conservar essas espécies, que, em alguns casos, são consideradas apenas como plantas ornamentais ou mato, no Brasil”, ponderou o especialista em fitomedicamentos.
A visita foi encerrada na sede do projeto Terrapia, onde os participantes também observaram espécies de plantas presentes e foram convidados da tomar um suco preparado com plantas comestíveis e sementes germinadas.
Sobre as PICS
A Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares em Saúde (PNPIC) contempla sistemas de saúde complexos e recursos terapêuticos. Denominados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como Medicina Tradicional e Complementar/Alternativa, essas práticas envolvem abordagens de baixo custo, voltadas para a recuperação do equilíbrio físico, emocional, mental e espiritual.
No IOC, as PICS são oferecidas no contexto do compromisso com a valorização das pessoas. As práticas são realizadas por voluntários e estão disponíveis para trabalhadores e estudantes. Atualmente, são oferecidas as atividades de acupuntura, auriculoterapia, meditação, reiki, terapia de florais e yoga.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)