Oportunidade aguardada por alunos de graduação de diversas regiões do país, os Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) concluíram mais uma edição de imersão nas rotinas de laboratórios e em temas da saúde pública.
A temporada Verão 2025 da iniciativa aconteceu entre os dias 27 de janeiro e 5 de fevereiro, formando 65 alunos em quatro modalidades presenciais no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro e em curso online, desenvolvido no Campus Virtual Fiocruz.
“Finalmente, conheci o Instituto pessoalmente e fiquei encantada não apenas com a estrutura, mas também com os profissionais e estudantes que estão aqui”, relatou a paulistana Ana Karoline de Lima, de 26 anos, graduanda de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP).
Ela participou do curso ‘Técnicas moleculares aplicadas na detecção de Leishmania spp. em seus vetores flebotomíneos’, que contou com atividades de campo para captura dos flebotomíneos, insetos popularmente conhecidos como mosquito-palha, e seu procedimento em laboratório para detecção da presença de protozoários associados às leishmanioses.
“Os professores foram atenciosos e solícitos durante todo o curso e nos ajudaram a entender cada procedimento”, destacou a jovem.
Além do aprendizado teórico e experiências práticas nos laboratórios, a troca de experiências foi um dos destaques para os participantes, que trocaram contatos para manter viva a colaboração iniciada nos corredores do IOC.
"Foi enriquecedor conversar com pessoas de diferentes estados e perceber como as abordagens das universidades variam pelo Brasil. Já nos seguimos nas redes sociais para continuar essa conversa", refletiu Ana Karoline.
Já para a carioca Thamiris Shiva, de 24 anos, a temporada Verão 2025 dos Cursos de Férias teve um gosto especial de conquista.
"Tentei me inscrever na edição passada, mas cometi um erro na documentação. Não desisti e, desta vez, consegui minha vaga no curso 'De fenótipo ao gene: como investigar uma etiologia genética?'", celebrou a estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
O curso escolhido pela estudante abordou conceitos de genética básica, incluindo mutações, herança genética e fatores que influenciam o desenvolvimento de doenças. Os alunos tiveram contato com técnicas de biologia molecular e aprenderam sobre diferentes tecnologias de sequenciamento do material genético.
“Por ser um curso alinhado com a pesquisa da qual já faço parte na faculdade, achei que apenas relembraria alguns conceitos. Porém, aprendi muita coisa nova e vi na prática situações que até então só conhecia na teoria”, contou.
A edição também ofereceu os cursos presenciais ‘Fisiologia dos insetos vetores’ e ‘HIV: aspectos virológicos, imunológicos e genética do hospedeiro’.
O primeiro aprofundou temas sobre a importância médica de insetos transmissores de doenças e aspectos comportamentais e fisiológicos que influenciam suas formas de vida. As atividades práticas contemplaram ensaios envolvendo a alimentação e a locomoção de Aedes aegypti.
Já o curso sobre HIV abordou aspectos epidemiológicos, virológicos e imunológicos do vírus e da Aids, o que compreende técnicas comumente utilizadas no acompanhamento de pessoas vivendo com HIV, percorrendo as técnicas de PCR, carga viral, sequenciamento e genotipagem de vírus resistentes a medicamentos e citometria.
O curso ‘Inclusão, saúde e práticas de Ensino: educação para a diversidade’, ofertado no formato de educação à distância, apresentou metodologias de ensino adaptadas, uso de tecnologias assistivas e práticas colaborativas sobre educação inclusiva, saúde, diversidade e acessibilidade.
Aluna da temporada Inverno 2019 dos Cursos de Férias do IOC, Milena Tavares, de 26 anos, retornou à iniciativa após cinco anos, desta vez como docente do curso sobre HIV.
“Já estive no lugar deles e entendo o brilho no olhar e a animação de estar aqui no campus da Fiocruz. Gostei bastante de ver uma grande diversidade de alunos e é muito bom ter rostos jovens pelas instalações do Instituto”, afirmou a estudante de doutorado da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC.
Para ela, os Cursos de Férias podem ser mais do que uma fonte de novos aprendizados, sendo também um espaço para inspirar alunos de graduação a seguirem na pesquisa científica.
“Este pode ter sido o primeiro contato de muitos desses alunos com o IOC e com a Fiocruz, assim como foi o meu caso. Essa foi uma oportunidade que me fez ver possibilidades que antes não enxergava. Espero que tenha despertado o mesmo nesses participantes”, reforçou.
Junto com Milena, outros 35 estudantes dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC foram responsáveis por oferecer os cursos desta edição, desde o planejamento de conteúdos e elaboração de material didático, até o desenvolvimento de atividades práticas. Os cursos foram supervisionados e coordenados por 10 pesquisadores do Instituto, em diferentes áreas do conhecimento.
Com 32 edições realizadas em temporadas de Verão e Inverno, os Cursos de Férias do IOC já formaram quase 3 mil alunos em mais de 175 modalidades sobre os mais variados temas.
Com foco em atividades práticas, a iniciativa busca aprimorar noções básicas de laboratório e oferecer suporte à conceituação e à contextualização de temas de grande relevância para a área de pesquisa em saúde no Brasil, contudo, pouco discutidos em cursos de graduação.
A próxima temporada está prevista para acontecer no Inverno de 2025.
Oportunidade aguardada por alunos de graduação de diversas regiões do país, os Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) concluíram mais uma edição de imersão nas rotinas de laboratórios e em temas da saúde pública.
A temporada Verão 2025 da iniciativa aconteceu entre os dias 27 de janeiro e 5 de fevereiro, formando 65 alunos em quatro modalidades presenciais no campus da Fiocruz no Rio de Janeiro e em curso online, desenvolvido no Campus Virtual Fiocruz.
“Finalmente, conheci o Instituto pessoalmente e fiquei encantada não apenas com a estrutura, mas também com os profissionais e estudantes que estão aqui”, relatou a paulistana Ana Karoline de Lima, de 26 anos, graduanda de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP).
Ela participou do curso ‘Técnicas moleculares aplicadas na detecção de Leishmania spp. em seus vetores flebotomíneos’, que contou com atividades de campo para captura dos flebotomíneos, insetos popularmente conhecidos como mosquito-palha, e seu procedimento em laboratório para detecção da presença de protozoários associados às leishmanioses.
“Os professores foram atenciosos e solícitos durante todo o curso e nos ajudaram a entender cada procedimento”, destacou a jovem.
Além do aprendizado teórico e experiências práticas nos laboratórios, a troca de experiências foi um dos destaques para os participantes, que trocaram contatos para manter viva a colaboração iniciada nos corredores do IOC.
"Foi enriquecedor conversar com pessoas de diferentes estados e perceber como as abordagens das universidades variam pelo Brasil. Já nos seguimos nas redes sociais para continuar essa conversa", refletiu Ana Karoline.
Já para a carioca Thamiris Shiva, de 24 anos, a temporada Verão 2025 dos Cursos de Férias teve um gosto especial de conquista.
"Tentei me inscrever na edição passada, mas cometi um erro na documentação. Não desisti e, desta vez, consegui minha vaga no curso 'De fenótipo ao gene: como investigar uma etiologia genética?'", celebrou a estudante de Ciências Biológicas da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro.
O curso escolhido pela estudante abordou conceitos de genética básica, incluindo mutações, herança genética e fatores que influenciam o desenvolvimento de doenças. Os alunos tiveram contato com técnicas de biologia molecular e aprenderam sobre diferentes tecnologias de sequenciamento do material genético.
“Por ser um curso alinhado com a pesquisa da qual já faço parte na faculdade, achei que apenas relembraria alguns conceitos. Porém, aprendi muita coisa nova e vi na prática situações que até então só conhecia na teoria”, contou.
A edição também ofereceu os cursos presenciais ‘Fisiologia dos insetos vetores’ e ‘HIV: aspectos virológicos, imunológicos e genética do hospedeiro’.
O primeiro aprofundou temas sobre a importância médica de insetos transmissores de doenças e aspectos comportamentais e fisiológicos que influenciam suas formas de vida. As atividades práticas contemplaram ensaios envolvendo a alimentação e a locomoção de Aedes aegypti.
Já o curso sobre HIV abordou aspectos epidemiológicos, virológicos e imunológicos do vírus e da Aids, o que compreende técnicas comumente utilizadas no acompanhamento de pessoas vivendo com HIV, percorrendo as técnicas de PCR, carga viral, sequenciamento e genotipagem de vírus resistentes a medicamentos e citometria.
O curso ‘Inclusão, saúde e práticas de Ensino: educação para a diversidade’, ofertado no formato de educação à distância, apresentou metodologias de ensino adaptadas, uso de tecnologias assistivas e práticas colaborativas sobre educação inclusiva, saúde, diversidade e acessibilidade.
Aluna da temporada Inverno 2019 dos Cursos de Férias do IOC, Milena Tavares, de 26 anos, retornou à iniciativa após cinco anos, desta vez como docente do curso sobre HIV.
“Já estive no lugar deles e entendo o brilho no olhar e a animação de estar aqui no campus da Fiocruz. Gostei bastante de ver uma grande diversidade de alunos e é muito bom ter rostos jovens pelas instalações do Instituto”, afirmou a estudante de doutorado da Pós-graduação em Biologia Celular e Molecular do IOC.
Para ela, os Cursos de Férias podem ser mais do que uma fonte de novos aprendizados, sendo também um espaço para inspirar alunos de graduação a seguirem na pesquisa científica.
“Este pode ter sido o primeiro contato de muitos desses alunos com o IOC e com a Fiocruz, assim como foi o meu caso. Essa foi uma oportunidade que me fez ver possibilidades que antes não enxergava. Espero que tenha despertado o mesmo nesses participantes”, reforçou.
Junto com Milena, outros 35 estudantes dos Programas de Pós-graduação Stricto sensu do IOC foram responsáveis por oferecer os cursos desta edição, desde o planejamento de conteúdos e elaboração de material didático, até o desenvolvimento de atividades práticas. Os cursos foram supervisionados e coordenados por 10 pesquisadores do Instituto, em diferentes áreas do conhecimento.
Com 32 edições realizadas em temporadas de Verão e Inverno, os Cursos de Férias do IOC já formaram quase 3 mil alunos em mais de 175 modalidades sobre os mais variados temas.
Com foco em atividades práticas, a iniciativa busca aprimorar noções básicas de laboratório e oferecer suporte à conceituação e à contextualização de temas de grande relevância para a área de pesquisa em saúde no Brasil, contudo, pouco discutidos em cursos de graduação.
A próxima temporada está prevista para acontecer no Inverno de 2025.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)