Desde suas origens, em 1900, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) tem como foco a tríade pesquisa-ensino-produção.
As atividades de Ensino sempre foram uma prioridade para o próprio Oswaldo Cruz, que acreditava na necessidade de aproveitar o ambiente de pesquisa para ensinar e formar futuros cientistas. O compromisso, que inspira as gerações de pesquisadores que se sucederam no Instituto, faz com que o IOC sustente até hoje um importante papel na formação e aperfeiçoamento de pessoas.
O livro ‘Uma escola para a Ciência e a Saúde - 111 anos de Ensino no Instituto Oswaldo Cruz’, que acaba de ser lançado nas comemorações de 112 anos do IOC, resgata esta trajetória e busca perspectivas para o futuro.
Acesse aqui o PDF do livro.
A obra procura registrar todas as iniciativas de ensino do Instituto desde sua fundação. Em 1900, as portas foram abertas para receber estudantes de medicina em uma iniciativa similar à atual Iniciação Científica.
Já em 1908, o IOC inovou ao criar o Curso de Aplicação, uma das primeiras iniciativas brasileiras equivalentes à Pós-Graduação. O enfoque era a investigação e a experimentação em microscopia, microbiologia, imunologia, física, química biológica e parasitologia.
O leitor pode conferir fotos, imagens de arquivo e até um fac-símile do relatório institucional de 1909.
Outro destaque é o relato de episódios importantes, como o ‘Massacre de Manguinhos’, quando, em 1970, a ditadura militar cassou dez destacados cientistas, interrompendo linhas de pesquisas, fechando laboratórios e extinguindo o Curso de Aplicação.
As atividades retornaram apenas em 1976, com o início do processo de implementação dos cursos de mestrado e doutorado em seu formato atual.
Hoje, o Instituto desenvolve seis programas de pós-graduação Stricto sensu, quatro programas de pós-graduação Lato sensu e dois cursos de nível técnico na área biomédica. Atua na nucleação de cursos de mestrado e doutorado (Minter e Dinter) em universidades e Centros de Pesquisa no Brasil.
Desenvolve, ainda, cursos de pós-graduação em parceria com instituições da América do Sul bem como Cursos de Férias, que têm como discentes os alunos de graduação, em aulas ministradas por doutorandos e mestrandos, sob supervisão geral de docentes das Pós-Graduações.
Também atua fortemente na cooperação internacional: coordena o Programa de Pós-Graduação em Moçambique e recebe alunos de Angola e de outros países da África, sempre com o objetivo de aperfeiçoar os sistemas de saúde locais.
Na trajetória de 111 anos, quase seis mil profissionais participaram de atividades de Ensino no Instituto – e a parte final do livro traz o nome de cada um deles.
“Sonhamos reuni-los e criar uma grande rede de egressos, para saber o que cada um fez e como o IOC influenciou suas carreiras”, explica a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, uma das organizadoras do livro.
“Revisitar o Instituto sob a perspectiva educacional nos deixou muito orgulhosos. É um registro histórico que nos cabia fazer”, completou.
A organização do livro também é assinada pela vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Helene Barbosa, e pelo editor da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e ex-vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ricardo Lourenço. Com tiragem de 500 exemplares, a obra estará disponível em PDF e em ebook para acesso gratuito.
Passado, presente e também o futuro são debatidos na publicação, que traz as diretrizes do ensino para os próximos 20 anos segundo o Plano Nacional de Educação.
“É uma confirmação do nosso posicionamento político, adotado na prática por Oswaldo Cruz e confirmado por Carlos Chagas Filho, que cunhou a célebre frase aqui se ensina porque se pesquisa”, conclui Tania.
Desde suas origens, em 1900, o Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) tem como foco a tríade pesquisa-ensino-produção.
As atividades de Ensino sempre foram uma prioridade para o próprio Oswaldo Cruz, que acreditava na necessidade de aproveitar o ambiente de pesquisa para ensinar e formar futuros cientistas. O compromisso, que inspira as gerações de pesquisadores que se sucederam no Instituto, faz com que o IOC sustente até hoje um importante papel na formação e aperfeiçoamento de pessoas.
O livro ‘Uma escola para a Ciência e a Saúde - 111 anos de Ensino no Instituto Oswaldo Cruz’, que acaba de ser lançado nas comemorações de 112 anos do IOC, resgata esta trajetória e busca perspectivas para o futuro.
Acesse aqui o PDF do livro.
A obra procura registrar todas as iniciativas de ensino do Instituto desde sua fundação. Em 1900, as portas foram abertas para receber estudantes de medicina em uma iniciativa similar à atual Iniciação Científica.
Já em 1908, o IOC inovou ao criar o Curso de Aplicação, uma das primeiras iniciativas brasileiras equivalentes à Pós-Graduação. O enfoque era a investigação e a experimentação em microscopia, microbiologia, imunologia, física, química biológica e parasitologia.
O leitor pode conferir fotos, imagens de arquivo e até um fac-símile do relatório institucional de 1909.
Outro destaque é o relato de episódios importantes, como o ‘Massacre de Manguinhos’, quando, em 1970, a ditadura militar cassou dez destacados cientistas, interrompendo linhas de pesquisas, fechando laboratórios e extinguindo o Curso de Aplicação.
As atividades retornaram apenas em 1976, com o início do processo de implementação dos cursos de mestrado e doutorado em seu formato atual.
Hoje, o Instituto desenvolve seis programas de pós-graduação Stricto sensu, quatro programas de pós-graduação Lato sensu e dois cursos de nível técnico na área biomédica. Atua na nucleação de cursos de mestrado e doutorado (Minter e Dinter) em universidades e Centros de Pesquisa no Brasil.
Desenvolve, ainda, cursos de pós-graduação em parceria com instituições da América do Sul bem como Cursos de Férias, que têm como discentes os alunos de graduação, em aulas ministradas por doutorandos e mestrandos, sob supervisão geral de docentes das Pós-Graduações.
Também atua fortemente na cooperação internacional: coordena o Programa de Pós-Graduação em Moçambique e recebe alunos de Angola e de outros países da África, sempre com o objetivo de aperfeiçoar os sistemas de saúde locais.
Na trajetória de 111 anos, quase seis mil profissionais participaram de atividades de Ensino no Instituto – e a parte final do livro traz o nome de cada um deles.
“Sonhamos reuni-los e criar uma grande rede de egressos, para saber o que cada um fez e como o IOC influenciou suas carreiras”, explica a diretora do IOC, Tania Araújo-Jorge, uma das organizadoras do livro.
“Revisitar o Instituto sob a perspectiva educacional nos deixou muito orgulhosos. É um registro histórico que nos cabia fazer”, completou.
A organização do livro também é assinada pela vice-diretora de Ensino, Informação e Comunicação, Helene Barbosa, e pelo editor da revista científica Memórias do Instituto Oswaldo Cruz e ex-vice-diretor de Ensino, Informação e Comunicação, Ricardo Lourenço. Com tiragem de 500 exemplares, a obra estará disponível em PDF e em ebook para acesso gratuito.
Passado, presente e também o futuro são debatidos na publicação, que traz as diretrizes do ensino para os próximos 20 anos segundo o Plano Nacional de Educação.
“É uma confirmação do nosso posicionamento político, adotado na prática por Oswaldo Cruz e confirmado por Carlos Chagas Filho, que cunhou a célebre frase aqui se ensina porque se pesquisa”, conclui Tania.
Reportagem de Isadora Marinho
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)