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Visão multidisciplinar sobre esquistossomose é tema de livro

Lançamento da publicação, que conta com a participação de 78 pesquisadores, fez parte das comemorações do centenário da descoberta da doença no Brasil
Por Jornalismo IOC25/08/2008 - Atualizado em 10/12/2019

Co-organizado pelo pesquisador do Laboratório de Patologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Henrique Leonel Lenzi, o livro Schistosoma mansoni e esquistossomose: uma visão multidisciplinar, que conta com a participação de 78 pesquisadores, sendo 43 da Fiocruz, foi lançado durante o 11º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose, realizado de 20 a 22 de agosto em Salvador. A edição deste ano do evento comemorou o centenário da descoberta do Schistosoma mansoni no Brasil pelo pesquisador baiano Manuel Augusto Pirajá da Silva.

Co-organizado pelo pesquisador do IOC Henrique Leonel Lenzi, o livro foi lançado durante o 11º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose

Além de Lenzi, também são organizadores da publicação da Editora Fiocruz os pesquisadores Paulo Marcos Zech Coelho e Omar dos Santos, ambos do Centro de Pesquisa René Rachou .(CPqRR/Fiocruz).Um selo, um carimbo comemorativo e dois livros sobre a vida de Pirajá da Silva também foram lançados no evento, que reuniu 600 pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

Conhecida popularmente como barriga-d'água e transmitida principalmente em açudes e pequenos córregos, a esquistossomose atualmente é encontrada em todas as regiões do Brasil. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 2,5 milhões de portadores da doença no país, além de 25 milhões de brasileiros expostos ao risco de contrair a doença. O parasito Schistosoma mansoni, que tem como hospedeiro intermediário caramujos de água doce, alcança 12 milímetros de comprimento por 0,44 milímetros de diâmetro em sua fase adulta, vivendo dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem, seu hospedeiro definitivo.

A descoberta do Shistossoma mansoni no Brasil

Publicado em 1908 na revista científica Brazil Médico, o trabalho Contribuição para o estudo da schistosomiase na Bahia do médico e pesquisador baiano Manuel Augusto Pirajá da Silva, marcou a descoberta e a identificação do Schistosoma mansoni agente etiológico da esquistossomose intestinal no Brasil. No artigo, o autor relata que havia observado a presença de ovos do parasito em amostras de pacientes baianos quatro anos antes da publicação.

No mesmo ano, o pesquisador foi o autor de mais dois artigos na mesma revista e outro na revista Archives de Parasitologie. Pirajá da Silva também foi responsável pela descrição do ciclo evolutivo da doença, em 1912, apontando caramujos de água doce como hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni, introduzido no Brasil ainda no período colonial, com o tráfico de escravos africanos.

Renata Fontoura
25/08/08

Foto de capa: Arnon Dias Jurberg, Laboratório de Patologia do IOC

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Lançamento da publicação, que conta com a participação de 78 pesquisadores, fez parte das comemorações do centenário da descoberta da doença no Brasil
Por: 
jornalismo

Co-organizado pelo pesquisador do Laboratório de Patologia do Instituto Oswaldo Cruz (IOC), Henrique Leonel Lenzi, o livro Schistosoma mansoni e esquistossomose: uma visão multidisciplinar, que conta com a participação de 78 pesquisadores, sendo 43 da Fiocruz, foi lançado durante o 11º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose, realizado de 20 a 22 de agosto em Salvador. A edição deste ano do evento comemorou o centenário da descoberta do Schistosoma mansoni no Brasil pelo pesquisador baiano Manuel Augusto Pirajá da Silva.


Co-organizado pelo pesquisador do IOC Henrique Leonel Lenzi, o livro foi lançado durante o 11º Simpósio Internacional sobre Esquistossomose

Além de Lenzi, também são organizadores da publicação da Editora Fiocruz os pesquisadores Paulo Marcos Zech Coelho e Omar dos Santos, ambos do Centro de Pesquisa René Rachou .(CPqRR/Fiocruz).Um selo, um carimbo comemorativo e dois livros sobre a vida de Pirajá da Silva também foram lançados no evento, que reuniu 600 pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

Conhecida popularmente como barriga-d'água e transmitida principalmente em açudes e pequenos córregos, a esquistossomose atualmente é encontrada em todas as regiões do Brasil. Segundo estimativas do Ministério da Saúde, cerca de 2,5 milhões de portadores da doença no país, além de 25 milhões de brasileiros expostos ao risco de contrair a doença. O parasito Schistosoma mansoni, que tem como hospedeiro intermediário caramujos de água doce, alcança 12 milímetros de comprimento por 0,44 milímetros de diâmetro em sua fase adulta, vivendo dentro de pequenas veias do intestino e do fígado do homem, seu hospedeiro definitivo.

A descoberta do Shistossoma mansoni no Brasil

Publicado em 1908 na revista científica Brazil Médico, o trabalho Contribuição para o estudo da schistosomiase na Bahia do médico e pesquisador baiano Manuel Augusto Pirajá da Silva, marcou a descoberta e a identificação do Schistosoma mansoni agente etiológico da esquistossomose intestinal no Brasil. No artigo, o autor relata que havia observado a presença de ovos do parasito em amostras de pacientes baianos quatro anos antes da publicação.

No mesmo ano, o pesquisador foi o autor de mais dois artigos na mesma revista e outro na revista Archives de Parasitologie. Pirajá da Silva também foi responsável pela descrição do ciclo evolutivo da doença, em 1912, apontando caramujos de água doce como hospedeiros intermediários do Schistosoma mansoni, introduzido no Brasil ainda no período colonial, com o tráfico de escravos africanos.

Renata Fontoura

25/08/08

Foto de capa: Arnon Dias Jurberg, Laboratório de Patologia do IOC

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Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)