O Laboratório de BioquÃmica e Fisiologia de Insetos (LABFISI) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) desenvolve estudos sobre a fisiologia, bioquÃmica e a biologia molecular de insetos vetores de doenças tropicais, com ênfase no controle de vetores. Para isso, as pesquisas cientÃficas empregam ferramentas tradicionais (identificação taxonômica, rastreamento de produtos com atividade biológica, ensaios bioquÃmicos e de interação, análise de desenvolvimento, infecções experimentais) e técnicas avançadas de genômica funcional (expressão gênica, clonagem, expressão de proteÃnas recombinantes, RNAi, metagenoma, transcriptoma).
Nossos projetos de pesquisa possuem como modelos biológicos diferentes vetores de importância para a saúde pública do Brasil, como barbeiros (triatomÃneos), mosquitos-palha (flebotomÃneos) e mosquitos como o da dengue ou malária (culicÃdeos). Os temas de investigação desses projetos estão relacionados com a fisiologia dos vetores, como o estudo da digestão, a análise das respostas imunológicas, a interação com patógenos, a importância da microbiota, comportamento alimentar e reprodutivo, respostas a potenciais inseticidas e anti-parasitários.
Um tópico central são os fatores relacionados com o desenvolvimento dos patógenos dos gêneros Trypanosoma e Leishmania em seus vetores, com ênfase em Trypanosoma cruzi, Leishmania chagasi e Leishmania braziliensis, causadores da doença de Chagas, Leishmaniose visceral e Leishmaniose cutânea. Entre os recursos utilizados nos estudos de interação, estão bactérias e parasitos geneticamente modificados.
Outros temas de investigação são o controle biológico com microorganismos (bactérias, leveduras ou fungos, naturais ou geneticamente modificadas) e o controle quÃmico com moléculas isoladas ou produtos naturais. O controle visa afetar a sobrevivência, desenvolvimento, comportamento do inseto ou o desenvolvimento do patógeno dentro do inseto, impedindo assim a sua transmissão para vertebrados.
O Laboratório também desenvolve produtos para a vigilância e controle de vetores, como por exemplo armadilhas de captura, iscas açucaradas e web aplicativos para o registro dos dados de coleta das larvas de mosquitos. Além disso, nossa equipe participa de projetos de ciência e arte e divulgação cientÃfica, no quais trabalhamos a criação de obras e publicações que refletem o contexto dos vetores para um público mais amplo.