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Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores

 O Laboratório de Biologia, Controle e Vigilância de Insetos Vetores (LBCVIV) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) estuda aspectos da biologia e genética de mosquitos vetores, e seu foco são os mosquitos dos gêneros Aedes e Anopheles implicados na transmissão de doenças tropicais como a Dengue, Febre amarela urbana e Malária. O Laboratório também conta com equipes de pesquisa para o desenvolvimento de novas tecnologias de vigilância e combate a artrópodes vetores. Estes mesmos pesquisadores e técnicos também investigam vários aspectos dos culicídeos relacionados com a criação e manutenção em laboratório.

É o único laboratório no Brasil que possui colônias das espécies Anopheles albitarsis e Anopheles aquasalis, fornecendo mosquitos para uma rede de laboratórios interessados em pesquisar a biologia desses insetos. Para isto além de pesquisadores e alunos do Laboratório, o grupo conta também com um grupo forte de colaboradores, todos interessados em combater doenças tropicais infecciosas. Além disso, o Laboratório participa e promove eventos, cursos e treinamentos nacionais e internacionais.

O Laboratório obedece a um Sistema de Gestão da Qualidade, fundamental para laboratórios, e conta com um Gestor da Qualidade devidamente qualificado.

ATIVIDADES

Resistência a inseticidas

Resistência a inseticidas é o caso de adaptação evolutiva mais rápido já observado, e documentado. São quatro os principais mecanismos descritos: alterações comportamentais, alterações na permeabilidade da cutícula dos insetos (causando uma penetração reduzida do composto), melhor metabolização dos inseticidas e modificação do sítio alvo do inseticida. Sabemos hoje que a diversidade das famílias gênicas envolvidas no metabolismo de xenobióticos deve ter uma contribuição importante para o aparecimento de resistência aos inseticidas. A resistência a inseticidas em culicídeos vetores é um fenômeno cada vez mais documentado na literatura científica. No Brasil, sabe-se que diversas populações de Ae. aegypti de diferentes regiões geográficas apresentam algum nível de resistência aos inseticidas utilizados em seu controle.

Alternativas de controle
Alternativas atuais de controle de insetos baseiam-se no uso de substâncias que interferem com seu desenvolvimento normal. Substâncias químicas capazes de induzir alterações nesses processos são comumente conhecidas como reguladores do desenvolvimento dos insetos, ou IGR, do inglês "Insect Growth Regulator". Os IGRs atuam principalmente durante o desenvolvimento do inseto, incluindo o desenvolvimento embrionário e larval, prejudicando a muda e/ou a metamorfose, seja por interferência direta com estes processos, seja por alteração do sistema endócrino do inseto. A embriogênese não tem sido usada para o controle de mosquitos vetores, mas é uma fase interessante do ciclo de vida desses animais, já que em diversas espécies os ovos adquirem um alto grau impermeabilidade, isto é, uma resistência à dessecação.

O LBCVIV e a qualidade
O LBCVIV é LRN - Norma adotada é a NIT-DICLA-035. O Laboratório já prestou consultorias para o Ministério da Saúde e Secretarias de Saúde de diversos estados no Brasil e Mercosul para adequação e construção de insetários.

Ferramentas de vigilância e controle
O Projeto armadilhas - A Fiocruz, através do LABIVE, participa dos testes executados pela Fiocruz, de avaliação da utilidade de algumas armadilhas hoje disponíveis.
 
Manutenção e fornecimento de mosquitos
O Laboratório mantém colônias de Aedes aegypti (cepa Rockefeller), de Culex quinquefasciatus (cepa "IBEx") e colônias de dois vetores brasileiros de malária: Anopheles albitarsis e Anopheles aquasalis. Em 2009, foram fornecidos mais de 400.000 culicídeos para 32 laboratórios de 20 Instituições no Brasil e América Latina.

Diversos culicídeos são responsáveis pela transmissão de doenças aos humanos. Aedes aegypti, Culex quinquefasciatus e algumas espécies do gênero Anopheles se destacam em Saúde Pública como vetores de diversas arboviroses e outros agentes patogênicos. O estabelecimento de colônias autônomas de insetos vetores em laboratório é de grande importância já que possibilita o estudo de diversos aspectos da biologia básica do organismo. Além disso, torna viável o estudo de medidas futuras de controle, seja através da avaliação de inseticidas rotineiramente usados ou de métodos alternativos.