A Coleção de SimulÃdeos do IOC recebe material para depósito proveniente de intercâmbios colaborativos e testemunho de trabalhos e projetos cientÃficos, teses e monografias desenvolvidos no LSO. Consiste em um acervo voltado para pesquisa/referência, ensino e extensão e prestação de serviços - treinamento de pessoal; identificação e autenticação taxonômica de exemplares; empréstimos e doações.
Contêm exemplares tipos para espécies descritas para a região Neotropical, além de acervos históricos (Coleções de Lutz, César Pinto e Acervo Histórico Testemunho da Determinação dos Vetores da Oncocercose no Brasil).
Breve Histórico
No Brasil os trabalhos pioneiros sobre a diversidade dos simulÃdeos tiveram inÃcio na primeira metade do século XX com as publicações de A. Lutz. Foi somente na década de setenta, com a descoberta da oncocercose em Roraima e com a incriminação de várias espécies de simulÃdeos como vetores, que o estudo do grupo tornou-se mais significativo.
Visto a importância que a doença assumia no PaÃs, em 1976, foi criado o Laboratório de SimulÃdeos e Oncocercose do Instituto Oswaldo Cruz (LSO/IOC/Fiocruz) e assim com este ato se inicia a Coleção de SimulÃdeos e Oncocercose. Na fase inicial os exemplares de simulÃdeos começam a ser coletados principalmente na região amazônica, onde a área endêmica da oncocercose é registrada.
Os conhecimentos acumulados sobre a doença e a descoberta da possibilidade da dispersão da parasitose para outras regiões geográficas, como a região Centro-oeste, fomentaram a necessidade de mapear a Simuliofauna em todo território brasileiro.
Dez anos após sua fundação, o Laboratório começa um amplo projeto de extensivas coletas de simulÃdeos em todas as regiões do paÃs (CNPq – 150 302242-86.4RJ). Desde então A Coleção de SimulÃdeos vem incorporando novos exemplares. Em 2008 a Coleção de SimulÃdeos foi reconhecida como Coleção Institucional pela Fiocruz, passando a ser denominada como Coleção de SimulÃdeos do IOC - CSIOC.
Caracterização do Acervo
É representado por espécimes da famÃlia Simuliidae, insetos comumente conhecidos como borrachudos ou piuns, provenientes da região Neotropical, mas também possui representantes das regiões Holárticas e Australiana.
Desde 2005 a coleção vem incorporando a entomofauna associada aos criadouros de SimulÃdeos provenientes, principalmente, de áreas impactadas por hidrelétricas no Brasil. Congrega vasta representatividade da diversidade da Simuliofauna brasileira.
Possui aproximadamente 30 mil lotes ainda não catalogados em via úmida e seca. O acervo do LSO consiste atualmente em cerca de 20 mil lotes identificados e cerca de 3500 localidades, ambos catalogados e informatizados em um aplicativo gerenciador (ACESS).
A Coleção está armazenada em uma sala exclusiva, com controle e registro diário de temperatura e umidade, organizada em quatro módulos de armários compactadores deslizantes, contendo material preservado em via seca (montagem dupla em alfinete e em lâminas de vidro) e em via úmida (álcool 80%). O recebimento, triagem e preparação de material são realizados em sala separada, seguindo as normas institucionais de biossegurança.
Principais Atividades Desenvolvidas
A CSIOC é base para identificação de espécimes; conhecimento da distribuição de vetores potenciais ou vetores incriminados da Oncocercose, Mansonelose ou doenças correlatas; demarcação de áreas propensas a criadouros da famÃlia e trabalhos de prospecção sobre áreas impactadas no Brasil. Suas atividades perpassam todas as outras atividades desenvolvidas pelo LSO – pesquisa, serviço de referência, capacitação de pessoal, ensino e formação de recursos humanos.
Curador
Arion Tulio Aranda
Curadora Adjunta
Marilza Maia Herzog