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Laboratório de Simulídeos e Oncocercose (vigente até jan/23)

 

A Coleção de Simulídeos do IOC recebe material para depósito proveniente de intercâmbios colaborativos e testemunho de trabalhos e projetos científicos, teses e monografias desenvolvidos no LSO. Consiste em um acervo voltado para pesquisa/referência, ensino e extensão e prestação de serviços - treinamento de pessoal; identificação e autenticação taxonômica de exemplares; empréstimos e doações.

Contêm exemplares tipos para espécies descritas para a região Neotropical, além de acervos históricos (Coleções de Lutz, César Pinto e Acervo Histórico Testemunho da Determinação dos Vetores da Oncocercose no Brasil).

Breve Histórico
No Brasil os trabalhos pioneiros sobre a diversidade dos simulídeos tiveram início na primeira metade do século XX com as publicações de A. Lutz. Foi somente na década de setenta, com a descoberta da oncocercose em Roraima e com a incriminação de várias espécies de simulídeos como vetores, que o estudo do grupo tornou-se mais significativo.

Visto a importância que a doença assumia no País, em 1976, foi criado o Laboratório de Simulídeos e Oncocercose do Instituto Oswaldo Cruz (LSO/IOC/Fiocruz) e assim com este ato se inicia a Coleção de Simulídeos e Oncocercose. Na fase inicial os exemplares de simulídeos começam a ser coletados principalmente na região amazônica, onde a área endêmica da oncocercose é registrada.

Os conhecimentos acumulados sobre a doença e a descoberta da possibilidade da dispersão da parasitose para outras regiões geográficas, como a região Centro-oeste, fomentaram a necessidade de mapear a Simuliofauna em todo território brasileiro.

Dez anos após sua fundação, o Laboratório começa um amplo projeto de extensivas coletas de simulídeos em todas as regiões do país (CNPq – 150 302242-86.4RJ). Desde então A Coleção de Simulídeos vem incorporando novos exemplares. Em 2008 a Coleção de Simulídeos foi reconhecida como Coleção Institucional pela Fiocruz, passando a ser denominada como Coleção de Simulídeos do IOC - CSIOC.

Caracterização do Acervo
É representado por espécimes da família Simuliidae, insetos comumente conhecidos como borrachudos ou piuns, provenientes da região Neotropical, mas também possui representantes das regiões Holárticas e Australiana.

Desde 2005 a coleção vem incorporando a entomofauna associada aos criadouros de Simulídeos provenientes, principalmente, de áreas impactadas por hidrelétricas no Brasil. Congrega vasta representatividade da diversidade da Simuliofauna brasileira.

Possui aproximadamente 30 mil lotes ainda não catalogados em via úmida e seca. O acervo do LSO consiste atualmente em cerca de 20 mil lotes identificados e cerca de 3500 localidades, ambos catalogados e informatizados em um aplicativo gerenciador (ACESS).

A Coleção está armazenada em uma sala exclusiva, com controle e registro diário de temperatura e umidade, organizada em quatro módulos de armários compactadores deslizantes, contendo material preservado em via seca (montagem dupla em alfinete e em lâminas de vidro) e em via úmida (álcool 80%). O recebimento, triagem e preparação de material são realizados em sala separada, seguindo as normas institucionais de biossegurança.

Principais Atividades Desenvolvidas
A CSIOC é base para identificação de espécimes; conhecimento da distribuição de vetores potenciais ou vetores incriminados da Oncocercose, Mansonelose ou doenças correlatas; demarcação de áreas propensas a criadouros da família e trabalhos de prospecção sobre áreas impactadas no Brasil. Suas atividades perpassam todas as outras atividades desenvolvidas pelo LSO – pesquisa, serviço de referência, capacitação de pessoal, ensino e formação de recursos humanos.

Curador
Arion Tulio Aranda

Curadora Adjunta
Marilza Maia Herzog

:: Acesse a página da Coleção de Simulídeos do IOC