A 27ª edição dos Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), temporada inverno 2022, chegou ao fim com um novo marco na trajetória dessa importante iniciativa que alia ensino e pesquisa: no ano em que completa 15 anos, o programa comemora também a ampliação do seu alcance, tendo formado alunos naturais de todos os estados do país.
Ao todo, 1117 estudantes de graduação se interessaram no desafio de trocar o tempo livre das férias por novos aprendizados e concorreram a uma das 115 vagas desta edição. Entre eles, Eduardo Oliveira Guilherme, de 22 anos, que participou do curso “Artrópodes vetores e causadores de doenças: um olhar sob sua diversidade e importância”. O jovem foi o primeiro aluno do Tocantins a ingressar na iniciativa, único estado que faltava no mapa de origem dos participantes.
“Eu me sinto honrado em ser o primeiro aluno do meu estado a participar. Descobri os Cursos através das redes sociais e foi uma oportunidade única de aprendizado, com conteúdo que não tinha visto na faculdade”, compartilhou o estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, na Universidade Federal do Tocantins.
Outros quatro cursos integraram a temporada, realizada entre 18 e 29 de julho: ‘Bioinformática estrutural’; ‘Genética humana’; ‘Saúde Única’; e ‘Técnicas moleculares aplicadas ao estudo dos vírus’.
Eduardo destaca o empenho do corpo docente (composto por alunos de pós-graduação do IOC) em trabalhar assuntos complexos de forma didática.
“Como já havia trabalhado com insetos na iniciação científica, escolhi aprofundar meus conhecimentos em artrópodes vetores. Gostei bastante da experiência de conhecer os pesquisadores e professores, principalmente porque senti que eles são bem acessíveis”, afirmou.
Jovens de diversos estados durante as aulas de “Artrópodes vetores e causadores de doenças: um olhar sob sua diversidade e importância”. Foto: ReproduçãoO contato próximo com profissionais que atuam na pesquisa do IOC foi colocado em foco pelo mineiro Thiago Rodrigues dos Santos, que cursou ‘Técnicas moleculares aplicadas ao estudo dos vírus’.
“Antes de começar o curso, pensei que seria uma relação distante e engessada por serem profissionais de altíssimo nível de um órgão público pioneiro. Porém, durante as aulas, percebi que eram gente como a gente, que estavam bem dispostos a nos ajudar e totalmente abertos a manterem contato profissional pós-curso. Eu me senti bastante acolhido. Para mim, acabou com o pensamento de que pesquisador é aquela pessoa que está no topo e que não tem aproximação com ninguém”, compartilhou o jovem de 25 anos, aluno da Enfermagem, na Universidade Federal de Juiz de Fora.
Thiago lembra que o desejo de integrar uma das turmas dos Cursos de Férias é antigo e que esta foi sua segunda aplicação (a primeira ocorreu em 2019, antes da pandemia da Covid-19, quando as aulas eram totalmente presenciais).
“Queria ter uma experiência presencial em Laboratório, mas fiquei contente com a abordagem online, bem diferente do habitual. Fiquei bem animado pelo curso ser intenso e os professores nos encherem de conteúdo, porque aprendi muito mais do que planejava. O curso me ensinou sobre um assunto que eu já gostava, que sabia pouco, mas achava que sabia muito”, disse o estudante.
Aula da concorrida turma de “Técnicas moleculares aplicadas ao estudo dos vírus”. Foto: ReproduçãoA participação nos Cursos de Férias despertou o interesse de Eduardo e Thiago pelo Ensino no IOC.
“Fiquei interessado na pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e em Biodiversidade e Saúde”, comentou o tocantinense. “A minha meta depois da graduação é concluir todo o ciclo, com mestrado e doutorado. E a pós-graduação do IOC é uma possibilidade”, afirmou o mineiro.
Em 27 edições, realizadas em temporadas de inverno e verão ao longo dos últimos 15 anos, os Cursos de Férias do IOC ofereceram mais de 140 cursos e formaram XXXX alunos oriundos das 27 unidades federativas do Brasil.
A coordenadora da iniciativa, Tatiana Maron Gutierrez, realça a intenção do programa de apresentar a vivência do Instituto para uma ampla diversidade de jovens.
“O nosso objetivo tem sido fazer com que estudantes de diferentes universidades e diferentes contextos tenham acesso aos Cursos de Férias. Queremos aproximar esses jovens da nossa instituição, apresentando nossas linhas de pesquisa e mostrando como elas são abrangentes e importantes para todos os brasileiros. Ter esse mapa do Brasil completo, com alunos de todos os estados, reflete a importância dos Cursos”, destacou.
Apesar de ser focado no período de recesso, os Cursos de Férias servem também como uma porta de entrada para jovens participarem da pesquisa no IOC ao longo de todo o ano.
“Muitos deles não sabem que é possível realizar iniciação científica aqui, por exemplo. A partir dessa iniciativa, conversando com pesquisadores e pós-graduandos, e conhecendo melhor os nossos laboratórios, eles descobrem essa possibilidade”, explicou Tatiana.
“Institucionalmente, também é importante essa relação com os alunos que estão iniciando no nível superior. Como não oferecemos cursos de graduação no IOC, é difícil captar alunos para fazerem iniciação científica conosco. E precisamos dessas mentes jovens nos Laboratórios”, completou.
Outra qualidade intrínseca dos Cursos de Férias é o aprimoramento de habilidades de docência pelos alunos de pós-graduação do IOC.
“Quando criado em 2007, esse projeto tinha o caráter de estágio para os nossos pós-graduandos. De lá pra cá, tiveram muitas mudanças na grade curricular. Com a adição da disciplina estágio em docência, os Cursos de Férias deixaram de ser uma obrigatoriedade e passaram a ser uma experiência complementar”, conta Tatiana.
Todo semestre os estudantes de pós-graduação do Instituto são convidados a criarem turmas para a iniciativa, sob a coordenação de pesquisadores da unidade. Os pós-graduandos precisam ir além de apenas ensinar uma disciplina em sala de aula e participam ativamente de toda a montagem dos cursos: planejando conteúdo, criando apostilas e desenvolvendo atividades práticas.
A 27ª edição dos Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), temporada inverno 2022, chegou ao fim com um novo marco na trajetória dessa importante iniciativa que alia ensino e pesquisa: no ano em que completa 15 anos, o programa comemora também a ampliação do seu alcance, tendo formado alunos naturais de todos os estados do país.
Ao todo, 1117 estudantes de graduação se interessaram no desafio de trocar o tempo livre das férias por novos aprendizados e concorreram a uma das 115 vagas desta edição. Entre eles, Eduardo Oliveira Guilherme, de 22 anos, que participou do curso “Artrópodes vetores e causadores de doenças: um olhar sob sua diversidade e importância”. O jovem foi o primeiro aluno do Tocantins a ingressar na iniciativa, único estado que faltava no mapa de origem dos participantes.
“Eu me sinto honrado em ser o primeiro aluno do meu estado a participar. Descobri os Cursos através das redes sociais e foi uma oportunidade única de aprendizado, com conteúdo que não tinha visto na faculdade”, compartilhou o estudante de Engenharia de Bioprocessos e Biotecnologia, na Universidade Federal do Tocantins.
Outros quatro cursos integraram a temporada, realizada entre 18 e 29 de julho: ‘Bioinformática estrutural’; ‘Genética humana’; ‘Saúde Única’; e ‘Técnicas moleculares aplicadas ao estudo dos vírus’.
Eduardo destaca o empenho do corpo docente (composto por alunos de pós-graduação do IOC) em trabalhar assuntos complexos de forma didática.
“Como já havia trabalhado com insetos na iniciação científica, escolhi aprofundar meus conhecimentos em artrópodes vetores. Gostei bastante da experiência de conhecer os pesquisadores e professores, principalmente porque senti que eles são bem acessíveis”, afirmou.
Jovens de diversos estados durante as aulas de “Artrópodes vetores e causadores de doenças: um olhar sob sua diversidade e importância”. Foto: ReproduçãoO contato próximo com profissionais que atuam na pesquisa do IOC foi colocado em foco pelo mineiro Thiago Rodrigues dos Santos, que cursou ‘Técnicas moleculares aplicadas ao estudo dos vírus’.
“Antes de começar o curso, pensei que seria uma relação distante e engessada por serem profissionais de altíssimo nível de um órgão público pioneiro. Porém, durante as aulas, percebi que eram gente como a gente, que estavam bem dispostos a nos ajudar e totalmente abertos a manterem contato profissional pós-curso. Eu me senti bastante acolhido. Para mim, acabou com o pensamento de que pesquisador é aquela pessoa que está no topo e que não tem aproximação com ninguém”, compartilhou o jovem de 25 anos, aluno da Enfermagem, na Universidade Federal de Juiz de Fora.
Thiago lembra que o desejo de integrar uma das turmas dos Cursos de Férias é antigo e que esta foi sua segunda aplicação (a primeira ocorreu em 2019, antes da pandemia da Covid-19, quando as aulas eram totalmente presenciais).
“Queria ter uma experiência presencial em Laboratório, mas fiquei contente com a abordagem online, bem diferente do habitual. Fiquei bem animado pelo curso ser intenso e os professores nos encherem de conteúdo, porque aprendi muito mais do que planejava. O curso me ensinou sobre um assunto que eu já gostava, que sabia pouco, mas achava que sabia muito”, disse o estudante.
Aula da concorrida turma de “Técnicas moleculares aplicadas ao estudo dos vírus”. Foto: ReproduçãoA participação nos Cursos de Férias despertou o interesse de Eduardo e Thiago pelo Ensino no IOC.
“Fiquei interessado na pós-graduação em Biologia Celular e Molecular e em Biodiversidade e Saúde”, comentou o tocantinense. “A minha meta depois da graduação é concluir todo o ciclo, com mestrado e doutorado. E a pós-graduação do IOC é uma possibilidade”, afirmou o mineiro.
Em 27 edições, realizadas em temporadas de inverno e verão ao longo dos últimos 15 anos, os Cursos de Férias do IOC ofereceram mais de 140 cursos e formaram XXXX alunos oriundos das 27 unidades federativas do Brasil.
A coordenadora da iniciativa, Tatiana Maron Gutierrez, realça a intenção do programa de apresentar a vivência do Instituto para uma ampla diversidade de jovens.
“O nosso objetivo tem sido fazer com que estudantes de diferentes universidades e diferentes contextos tenham acesso aos Cursos de Férias. Queremos aproximar esses jovens da nossa instituição, apresentando nossas linhas de pesquisa e mostrando como elas são abrangentes e importantes para todos os brasileiros. Ter esse mapa do Brasil completo, com alunos de todos os estados, reflete a importância dos Cursos”, destacou.
Apesar de ser focado no período de recesso, os Cursos de Férias servem também como uma porta de entrada para jovens participarem da pesquisa no IOC ao longo de todo o ano.
“Muitos deles não sabem que é possível realizar iniciação científica aqui, por exemplo. A partir dessa iniciativa, conversando com pesquisadores e pós-graduandos, e conhecendo melhor os nossos laboratórios, eles descobrem essa possibilidade”, explicou Tatiana.
“Institucionalmente, também é importante essa relação com os alunos que estão iniciando no nível superior. Como não oferecemos cursos de graduação no IOC, é difícil captar alunos para fazerem iniciação científica conosco. E precisamos dessas mentes jovens nos Laboratórios”, completou.
Outra qualidade intrínseca dos Cursos de Férias é o aprimoramento de habilidades de docência pelos alunos de pós-graduação do IOC.
“Quando criado em 2007, esse projeto tinha o caráter de estágio para os nossos pós-graduandos. De lá pra cá, tiveram muitas mudanças na grade curricular. Com a adição da disciplina estágio em docência, os Cursos de Férias deixaram de ser uma obrigatoriedade e passaram a ser uma experiência complementar”, conta Tatiana.
Todo semestre os estudantes de pós-graduação do Instituto são convidados a criarem turmas para a iniciativa, sob a coordenação de pesquisadores da unidade. Os pós-graduandos precisam ir além de apenas ensinar uma disciplina em sala de aula e participam ativamente de toda a montagem dos cursos: planejando conteúdo, criando apostilas e desenvolvendo atividades práticas.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)