O verão de cerca de 60 alunos de graduação de diferentes cidades do Brasil alcançou altas temperaturas de conhecimento durante os Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Em sua 28ª edição, a iniciativa foi marcada pelo retorno das atividades no formato presencial na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, após duas temporadas on-line em razão do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19.
“Migrar as atividades para o ambiente virtual ajudou a manter os Cursos durante um período de incertezas. Com o arrefecimento da pandemia, voltamos à nossa essência de passar conteúdo diferenciado enquanto imergimos esses jovens nas rotinas dos laboratórios do Instituto”, destaca Tatiana Maron-Gutierrez, coordenadora dos Cursos de Férias do IOC.
Ao longo de duas semanas – entre 23 de janeiro e 3 de fevereiro – os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar as pesquisas desenvolvidas no Instituto e de aprofundar conhecimentos em diferentes áreas, a partir de orientação de pós-graduandos e pesquisadores da unidade.
“No presencial, o intercâmbio de experiências e saberes acaba sendo mais abrangente. Cada momento é uma nova chance de interação. O coffee break, por exemplo, é muito mais do que uma pausa para descansar e fazer um lanche. Ele acaba sendo um espaço em que todos se sentem mais à vontade para conversar, trocar experiências pessoais e acadêmicas, e criar vínculo. No on-line, as pessoas apenas desligavam suas câmeras”, descreve Tatiana.
O desejo de estar no campus da Fiocruz e conhecer de perto os Laboratórios do IOC foi um dos fatores que motivou a paulistana Julia Ferreira Waldvogel, de 25 anos, a participar novamente dos Cursos de Férias.
A estudante de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) participou da temporada inverno 2022 na modalidade “Artrópodes vetores e causadores de doenças: Um olhar sob sua diversidade e importância”. Nesta edição, optou pela “Fisiologia dos Insetos Vetores”.
“Quis aprofundar o que aprendi no primeiro curso, focado em morfologia e taxonomia de insetos. Nas duas temporadas, vi muito conteúdo que não vou ter na graduação. Nesta segunda participação, especialmente, tive atividades práticas únicas, como a experiência de dissecar um barbeiro [triatomíneo]. Esse conhecimento vai agregar muito valor na minha carreira, que tem seguido um caminho nos estudos de controle de vetores”, afirmou.
Julia reforçou que o conteúdo ministrado nas aulas a ajudou a ampliar sua visão sobre a área de pesquisa em insetos vetores.
“Participo de vários outros cursos em São Paulo. No entanto, foi muito especial fazer este no IOC com direcionamento para vetores, que é uma das especialidades do Instituto. Foi incrível receber o conhecimento teórico e aplicá-los dentro do Laboratório”, declarou.
O alcance territorial dos Cursos de Férias, que já teve a participação de alunos de todos os estados brasileiros, é um dos pontos de destaque para a coordenadora da iniciativa. Tatiana comemora que, em mais uma temporada, todos os cursos tiveram presença de alunos de diferentes municípios.
“É muito legal poder receber graduandos tanto da cidade do Rio de Janeiro, como de outras regiões do estado e do país. Nossa missão é alcançar o máximo de localidades possível”, garantiu.
Nesta edição, foram ofertados três cursos presenciais: ‘Análise espacial e saúde - aplicação do geoprocessamento em estudos de parasitologia’, ‘Educação ambiental crítica’ e ‘Fisiologia dos insetos vetores’.
Apesar do retorno presencial ter marcado a 28ª edição dos Cursos de Férias do IOC, a manutenção do formato on-line também foi um dos pontos altos da iniciativa.
Visando a acessibilidade e oportunizando ainda mais a participação de alunos de cidades longínquas, a ‘edição verão’ contou com um curso no formato virtual: ‘Artrópodes vetores e causadores de doenças: um olhar sob sua diversidade e importância’.
“Demos liberdade para que os pesquisadores e estudantes da pós-graduação do IOC escolhessem o formato de cada curso. Chegamos a uma configuração interessante com três modalidades presenciais e uma on-line”, lembrou Tatiana.
Para o paranaense Marcos Cesar Pochynski Galvão Junior, de 20 anos, a manutenção do formato virtual foi fundamental para que ele conseguisse participar da iniciativa.
Estudante de Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, Marcos procurava, junto com professores da sua faculdade, uma atividade para participar durante o recesso das aulas. Foi por meio das redes sociais da Fiocruz que o jovem encontrou os Cursos de Férias.
“Passei em duas modalidades, uma presencial e outra on-line. Queria ir ao campus da Fiocruz, mas viajar para o Rio de Janeiro neste momento seria complicado. Por isso, optei pelo formato à distância e acabou sendo uma experiência incrível. Se não tivesse o curso on-line, eu não conseguiria fazer nenhuma das modalidades para as quais fui selecionado”, contou.
A adaptação do conteúdo prático para as telas de computadores e celulares foi uma das características que mais chamou atenção do jovem. Marcos Cesar evidencia ainda a disponibilidade dos professores e a interação próxima com os alunos.
“Tive contato com muita informação nova. Como ainda estou no terceiro ano da graduação, ainda tenho um grande caminho a percorrer. O curso me ajudou a entender melhor quais assuntos acho interessante e a linha de pesquisa que pretendo seguir. Além de tudo, foi um privilégio ter aula com profissionais que trabalham com pesquisa na Fiocruz”, concluiu Marcos Cesar, que integra um grupo de pesquisa voltado para ecologia que estuda os besouros na UEPG.
As atividades dos Cursos de Férias do IOC são planejadas e ministradas por estudantes dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu do IOC e coordenadas por pesquisadores do Instituto.
Para a temporada Verão 2023 participaram 25 professores e 7 coordenadores. Ao todo, os Cursos de Férias já tiveram 151 cursos aplicados com 112 coordenadores e 664 professores.
O verão de cerca de 60 alunos de graduação de diferentes cidades do Brasil alcançou altas temperaturas de conhecimento durante os Cursos de Férias do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz).
Em sua 28ª edição, a iniciativa foi marcada pelo retorno das atividades no formato presencial na sede da Fiocruz, no Rio de Janeiro, após duas temporadas on-line em razão do isolamento social provocado pela pandemia da Covid-19.
“Migrar as atividades para o ambiente virtual ajudou a manter os Cursos durante um período de incertezas. Com o arrefecimento da pandemia, voltamos à nossa essência de passar conteúdo diferenciado enquanto imergimos esses jovens nas rotinas dos laboratórios do Instituto”, destaca Tatiana Maron-Gutierrez, coordenadora dos Cursos de Férias do IOC.
Ao longo de duas semanas – entre 23 de janeiro e 3 de fevereiro – os participantes tiveram a oportunidade de acompanhar as pesquisas desenvolvidas no Instituto e de aprofundar conhecimentos em diferentes áreas, a partir de orientação de pós-graduandos e pesquisadores da unidade.
“No presencial, o intercâmbio de experiências e saberes acaba sendo mais abrangente. Cada momento é uma nova chance de interação. O coffee break, por exemplo, é muito mais do que uma pausa para descansar e fazer um lanche. Ele acaba sendo um espaço em que todos se sentem mais à vontade para conversar, trocar experiências pessoais e acadêmicas, e criar vínculo. No on-line, as pessoas apenas desligavam suas câmeras”, descreve Tatiana.
O desejo de estar no campus da Fiocruz e conhecer de perto os Laboratórios do IOC foi um dos fatores que motivou a paulistana Julia Ferreira Waldvogel, de 25 anos, a participar novamente dos Cursos de Férias.
A estudante de Medicina Veterinária da Universidade de São Paulo (USP) participou da temporada inverno 2022 na modalidade “Artrópodes vetores e causadores de doenças: Um olhar sob sua diversidade e importância”. Nesta edição, optou pela “Fisiologia dos Insetos Vetores”.
“Quis aprofundar o que aprendi no primeiro curso, focado em morfologia e taxonomia de insetos. Nas duas temporadas, vi muito conteúdo que não vou ter na graduação. Nesta segunda participação, especialmente, tive atividades práticas únicas, como a experiência de dissecar um barbeiro [triatomíneo]. Esse conhecimento vai agregar muito valor na minha carreira, que tem seguido um caminho nos estudos de controle de vetores”, afirmou.
Julia reforçou que o conteúdo ministrado nas aulas a ajudou a ampliar sua visão sobre a área de pesquisa em insetos vetores.
“Participo de vários outros cursos em São Paulo. No entanto, foi muito especial fazer este no IOC com direcionamento para vetores, que é uma das especialidades do Instituto. Foi incrível receber o conhecimento teórico e aplicá-los dentro do Laboratório”, declarou.
O alcance territorial dos Cursos de Férias, que já teve a participação de alunos de todos os estados brasileiros, é um dos pontos de destaque para a coordenadora da iniciativa. Tatiana comemora que, em mais uma temporada, todos os cursos tiveram presença de alunos de diferentes municípios.
“É muito legal poder receber graduandos tanto da cidade do Rio de Janeiro, como de outras regiões do estado e do país. Nossa missão é alcançar o máximo de localidades possível”, garantiu.
Nesta edição, foram ofertados três cursos presenciais: ‘Análise espacial e saúde - aplicação do geoprocessamento em estudos de parasitologia’, ‘Educação ambiental crítica’ e ‘Fisiologia dos insetos vetores’.
Apesar do retorno presencial ter marcado a 28ª edição dos Cursos de Férias do IOC, a manutenção do formato on-line também foi um dos pontos altos da iniciativa.
Visando a acessibilidade e oportunizando ainda mais a participação de alunos de cidades longínquas, a ‘edição verão’ contou com um curso no formato virtual: ‘Artrópodes vetores e causadores de doenças: um olhar sob sua diversidade e importância’.
“Demos liberdade para que os pesquisadores e estudantes da pós-graduação do IOC escolhessem o formato de cada curso. Chegamos a uma configuração interessante com três modalidades presenciais e uma on-line”, lembrou Tatiana.
Para o paranaense Marcos Cesar Pochynski Galvão Junior, de 20 anos, a manutenção do formato virtual foi fundamental para que ele conseguisse participar da iniciativa.
Estudante de Ciências Biológicas na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), no Paraná, Marcos procurava, junto com professores da sua faculdade, uma atividade para participar durante o recesso das aulas. Foi por meio das redes sociais da Fiocruz que o jovem encontrou os Cursos de Férias.
“Passei em duas modalidades, uma presencial e outra on-line. Queria ir ao campus da Fiocruz, mas viajar para o Rio de Janeiro neste momento seria complicado. Por isso, optei pelo formato à distância e acabou sendo uma experiência incrível. Se não tivesse o curso on-line, eu não conseguiria fazer nenhuma das modalidades para as quais fui selecionado”, contou.
A adaptação do conteúdo prático para as telas de computadores e celulares foi uma das características que mais chamou atenção do jovem. Marcos Cesar evidencia ainda a disponibilidade dos professores e a interação próxima com os alunos.
“Tive contato com muita informação nova. Como ainda estou no terceiro ano da graduação, ainda tenho um grande caminho a percorrer. O curso me ajudou a entender melhor quais assuntos acho interessante e a linha de pesquisa que pretendo seguir. Além de tudo, foi um privilégio ter aula com profissionais que trabalham com pesquisa na Fiocruz”, concluiu Marcos Cesar, que integra um grupo de pesquisa voltado para ecologia que estuda os besouros na UEPG.
As atividades dos Cursos de Férias do IOC são planejadas e ministradas por estudantes dos cursos de Pós-graduação Stricto sensu do IOC e coordenadas por pesquisadores do Instituto.
Para a temporada Verão 2023 participaram 25 professores e 7 coordenadores. Ao todo, os Cursos de Férias já tiveram 151 cursos aplicados com 112 coordenadores e 664 professores.
Permitida a reprodução sem fins lucrativos do texto desde que citada a fonte (Comunicação / Instituto Oswaldo Cruz)