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Laboratório de Flavivírus (vigente até jan/23)

O Laboratório de Flavivírus do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) foi criado em 1986 para atender as necessidades de Saúde Pública relativas a uma doença de grande impacto para a população brasileira: Dengue.

Ao longo das últimas décadas, tem desenvolvido pesquisas visando gerar conhecimentos nesta temática, assim como desenvolver e aplicar novas metodologias para o melhor conhecimento da circulação de outros flavivírus e alphavírus no Estado do Rio de Janeiro.

Através de estudos sorológicos e moleculares, o laboratório evidencia a circulação de vírus de grande importância clínico-epidemiológica como, por exemplo: Vírus do Nilo Ocidental, o vírus da encefalite de São Luis, o vírus Chikungunya e o vírus Zika.

Na área de epidemiologia molecular, o LABFLA atua na análise filogenética de arbovírus circulantes desde o ano 2000 monitorando os genótipos de sorotipos dos vírus dengue. Os estudos foram sendo ampliados de acordo com a emergência de novos arbovírus, como zika e Chikungunya de modo a monitorar estimar a origem de cada genótipo, além de compreender seus padrões de migração no Brasil e no mundo.

A compreensão da variabilidade genética dos vírus em determinada área é fundamental, uma vez que sua epidemiologia é determinada por diversos fatores relacionados ao hospedeiro, ao vetor e ao ambiente.

Nesse contexto, a análise das recentes epidemias de dengue ocorridas no Brasil, associadas, por exemplo, às formas variantes do DENV-2 e DENV-3, tem gerado dados epidemiológicos bastante relevantes, especialmente a partir de 2005, quando métodos moleculares foram incorporados pelo Ministério da Saúde para a confirmação de casos fatais de dengue.

As diversas parcerias do Laboratório com grupos de todo o Brasil também tem possibilitado o estudo mais detalhado dos genótipos atualmente circulantes no país. A vigilância epidemiológica do dengue envolve ações na área de vigilância entomológica e virológica, que devem ser intensificadas principalmente em períodos interepidêmicos. A genotipagem dos vírus isolados pode ainda fornecer informações relevantes na compreensão da sua interação com o vetor transmissor da doença. 

Em 2017, o LABFLA incorporou a tecnologia de sequenciamento genômico de arbovírus por nanoporos (MinIon), trazendo maior robustez e resultados mais rápidos para a vigilância molecular dos arbovírus. Centenas de amostras de dengue, febre amarela, zika e Chikungunya foram sequenciadas durantes as recentes epidemias destas arboviroses e os dados de epidemiologia molecular enviados ao Ministério da Saúde em tempo real. 

Os pesquisadores do laboratório colaboram com outras unidades da Fiocruz e externas nacionais e internacionais, no estudo da patogenia dos arbovírus e das manifestações clínicas, formas atípicas da doença, gravidade da doença e relação com o sorotipo e genótipo envolvido, assim como os fatores associados à resposta imune. Outro aspecto de grande interesse é o estudo das infecções por dengue, zika e chikungunya em gestantes e crianças. 

 A resposta imune inata ao dengue também tem sido alvo de investigação e é realizado em colaboração com o Laboratório de Imunologia Viral, de forma a entender a patogenia da doença através o estudo de citocinas e outros marcadores celulares.

O Laboratório também colabora com pesquisas direcionadas para a vacina de febre amarela e dengue, em parceria com Bio-Manguinhos. Assim como com o Instituto de Biologia Molecular do Paraná no desenvolvimento de testes diagnóstico.