Criado em 1998, o Laboratório de Biologia das Interações (LBI) do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz) tem como proposta central a geração de conhecimento científico e sua divulgação, visando à promoção da saúde, de modo alinhado aos objetivos do IOC e da Fiocruz.
O nome “Biologia das Interações” reflete a visão do Laboratório sobre o mundo biológico e social como sistemas de interações, para o qual o grupo deseja contribuir com base na produção intelectual e por meio do debate acadêmico advindo das pesquisas.
O Laboratório desenvolve pesquisa científica e contribui para a formação de recursos humanos, buscando a excelência, com abordagens em biomodelos experimentais (in vivo e in vitro), ensaios pré-clínicos, pesquisa clínica, ações de educação e de divulgação científica.
São desenvolvidas pesquisa em biologia experimental nas áreas de imunopatologia e busca de terapias (e estratégias de multiterapia) em infecções parasitárias e bacterianas, doenças crônicas e degenerativas. Em particular, na contribuição de forma diferenciada para o entendimento de aspectos da patogenia da doença de Chagas, focando na cardiomiopatia crônica e nas alterações comportamentais, neurocognitivas e neurodegenerativas, abordando também aspectos de neurobiologia da interação parasita células da glia.
O LBI visa entender a relação patógeno/hospedeiro e identificar novos alvos terapêuticos de modo a contribuir para melhor prognósticos para as expressões clínicas da doença de Chagas. Também participa da identificação de novos candidatos vacinais e do delineamento e teste de vacinas multigênicas e teste de vias de imunização para o controle da infecção e desfecho clínico de doenças parasitárias, como parte de colaboração no INCTVacinas.
O Laboratório tem rede de colaboradores nacionais e internacionais e, tradicionalmente, atua em projetos em redes de colaboração. Também, em colaboração com colegas do IOC e de outras instituições, organiza disciplinas (como: Vacinas – estado da arte, reflexões e desafios; Tópicos de Neurociências: pavimentando caminhos e novas conexões) e eventos científicos (como: Ciclo Carlos Chagas de Palestras e Simpósio de Neuroinfecções).
Promove iniciativas ligadas à divulgação da ciência voltada para educação básica e sociedade em geral. Em 2007, criou, em parceria com a presidência da Fiocruz e outras instituições, o Portal Doença de Chagas (http://chagas.fiocruz.br/), que reúne conhecimento científico atual e aborda aspectos histórico e tem como foco a educação sobre doença de Chagas, divulgação de dados da pesquisa científica e de material didático, educativo e de divulgação. A partir de 2018, o portal passou a ser mais voltado a portadores da doença de Chagas.
O LBI criou e coordenou 10 Edições (2013-2022) do Ciclo Carlos Chagas de Palestras (versões online em 2020, 2021 e 2022), que visa estimular a participação de estudantes e jovens pesquisadores na discussão de temáticas atuais e desafios na pesquisa e saúde pública em doença de Chagas, contando com parcerias com pessoas atingidas por este agravo, pesquisadores e agências de enfrentamento.